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Foto: AD |
O Japão anunciou hoje que vai
regressar às águas da Antárctida, a partir de dezembro, para caçar baleias. Mas
desta vez, a frota baleeira terá uma escolta nipónica para a proteger dos
navios ecologistas da Sea Shepherd.
A notícia foi dada em
conferência de imprensa pelo ministro japonês das Pescas, Michihiko Kano,
segundo o qual um navio patrulha da Agência de Pescas nipónica vai acompanhar a
frota baleeira. Desta vez, a caça à baleia “será realizada com maior protecção
contra obstruções”, citou a estação de televisão japonesa, NHK.
Nos últimos anos, a caça à
baleia tem vindo a tornar-se mais tensa por causa dos confrontos entre
caçadores e ecologistas. No ano passado, em Fevereiro, as perturbações nas
águas da Antárctida terão levado, pela primeira vez, Tóquio a suspender a sua
campanha na Antárctida. O Sea Shepherd mobilizou várias embarcações para seguir
a frota japonesa, utilizando cordas para bloquear as hélices dos navios
nipónicos e colocando-se entre estes e as baleias. A organização garante ter conseguido
evitar a morte de 800 animais.
Pouco depois, o Japão anunciou
que iria ponderar o fim da caça “científica” à baleia, uma prática tolerada
pela Comissão Baleeira Internacional, que proíbe desde 1986 a caça comercial
aos cetáceos. Os países defensores das baleias e ambientalistas denunciam esta
prática como uma caça comercial disfarçada.
Mas hoje, o ministro japonês acabou com as dúvidas e afirmou que o seu objectivo é conseguir a retoma da caça comercial e que, por isso, precisa continuar a investigação científica na Antárctida.
Mas hoje, o ministro japonês acabou com as dúvidas e afirmou que o seu objectivo é conseguir a retoma da caça comercial e que, por isso, precisa continuar a investigação científica na Antárctida.
Por seu lado, a Sea Shepherd
criticou a decisão do Governo japonês e disse que este ano vai reforçar os
meios para travar a frota nipónica, com a operação “Operation Divine Wind”. No âmbito desta operação, serão mobilizados
cem activistas voluntários para a Antárctida.
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Foto: AD |
Paul Watson, o responsável da
Sea Shepherd, acusa o Japão de “estar, simplesmente, obcecado por matar baleias
não por necessidade mas por lucro, porque acredita que tem o direito de fazer
aquilo que quer num santuário para baleias, reconhecido internacionalmente,
apenas para defender a sua honra”.
Título e Texto: Helena
Geraldes, Público, 04-10-2011
Edição: JP
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http://www.seashepherd.org |
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