segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A ordem criminosa do mundo/El orden criminal del mundo


Ari
Trata-se de um vídeo de 43' 36", cuidadosamente produzido pela TVE espanhola, com legendas em português. Coisa de profissionais, destinado à formação de opinião. Ação positiva de ocupação de espaço nas mentes, de venda de uma mensagem. Marketing, portanto, embora devam considerar um insulto essa definição.
Começa com o incensamento prévio dos palestrantes e avança com uma edição muito bem feita, com ritmo, cortes precisos, associação de imagens, sequenciamento e alternância de vozes; técnica impecável, enfim. Perfeito para ser engolido inteiro.
Não falta nem o tártaro (artificial?) nos dentes do Eduardo Galeano, canastrão consumado. Não falta também a participação do juiz Baltazar Garzon.
Mas, voltando, a tal ordem criminosa do mundo é atribuída a um invisível conluio de poderes privados que adquiriram força suficiente para sobrepor-se a todo e qualquer poder emanado do povo, composto "pelos suspeitos de sempre".
Não me é possível discorrer sobre todo o conteúdo e variedade do filme. Apesar de inúmeras vezes utilizarem-se de argumentos que caberiam à perfeição contra eles mesmos e os resultados de seus métodos, e de ficarmos até estupefatos ao assistirmos o exercício da máxima de Lênin - acuse-os do que você faz -, vejo que também eles se ancoram na realidade, embora a interpretem distorcidamente. O que, afinal, em algum grau, todos fazemos; pelo menos os que não alimentamos a pretensão de sermos os detentores das chaves de sua explicação...
Quem puder, assista, de preferência com um saquinho de vômito ao lado.
Os caras não falam absolutamente nada "das Chinas", cuja entrada no mercado com um peso específico bem maior do que os componentes originais detinham, simplesmente é o principal fator a constar em qualquer análise política e econômica, penso eu.
Finalizo transcrevendo o que vai no cabeçalho do site Projecto Nova Comunidade, que é citado nos créditos finais do vídeo:

Como é que qualquer pessoa no seu perfeito juízo pode pensar que um mundo equilibrado, pacífico, sustentável e produtivo alguma vez poderá sair da concorrência aberta, ou seja, uma guerra aberta desde indivíduos a competir uns contra os outros para o trabalho das empresas, que lutam umas contra as outras pela quota de mercado, até aos governos que competem uns contra os outros pelo domínio económico global?
Peter Joseph


Ou seja, eles têm, sim, uma base humanista em sua concepção, o que aliás é o denominador comum que possibilita-lhes a adesão de intelectuais e religiosos ao seu ideário e ao seu sonho de edificar a Cidade Humana.
Título e Texto: Ari


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-