sábado, 29 de outubro de 2011

Qantas decidiu manter em terra toda a sua frota áerea

AFP/Público
A companhia aérea australiana Qantas Airways decidiu hoje manter em terra toda a sua frota aérea, suspendendo todos os voos domésticos e internacionais, enquanto tenta resolver o conflito laboral vivido na empresa e que está a afectar a normal actividade da empresa há já algumas semanas.

Foto: Daniel Munoz/Reuters
Os técnicos da empresa, o pessoal de terra e os pilotos reclamam aumentos salariais e contestam o plano de reestruturação da Qantas, que quer concentrar as suas actividades internacionais na região do Pacífico.

Nas últimas semanas, os trabalhadores têm diminuído voluntariamente o ritmo de trabalho e as equipas de manutenção têm-se recusado a fazer horas extraordinárias, causando atrasos consecutivos.
“Os aparelhos actualmente em voo seguirão até ao destino. Depois disso não haverá um único novo voo doméstico ou internacional, onde quer que seja, em todo o mundo”, indicou a empresa há algumas horas atrás.

“Os aviões permanecerão no solo o tempo que for preciso para que a actual situação termine”, indicou o patrão da Qantas, Alan Joyce, durante uma conferência de impresa convocada de emergência, acrescentando que não poderá optar por uma “saída fácil” acedendo às exigências dos sindicatos. “Isso destruiria a Qantas a longo prazo”, afirmou o responsável.

“Eu tomo esta decisão inacreditável (...), a decisão muito difícil de manter em terra os aviões desta companhia aérea”, declarou Alan Joyce.

Cerca de 70 mil passageiros serão afectados e cerca de 600 voos serão anulados, uma decisão que afecta 108 aeronaves e 22 aeroportos, precisou ainda a Qantas.

O ministro australiano dos Transportes, Anthony Albanese, declarou-se hoje “muito inquieto” com esta decisão, afirmando aos jornalistas que o seu governo fará de tudo para resolver o conflito.

Ontem, durante uma assembleia geral de accionistas, a companhia aérea tinha indicado que os movimentos grevistas das últimas semanas já custaram à Qantas 68 milhões de dólares australianos (51,2 milhões de euros).
Fonte: Público, 29-10-2011

Um comentário:

  1. Gentil leitor, você se apercebeu do alcance (e força) da decisão "patronal"?? Inédita no mundo!

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