1. Ficou evidente na reunião
do G-20, em Cannes, o destaque que Obama e Sarkozy deram a Cristina Kirchner e
um certo esfriamento com Dilma. A começar pela localização de ambas na foto,
Obama com Cristina ao lado e Dilma em quinta posição. Antes, nas reuniões e
almoço/jantar, outra vez com local de destaque ao lado de Obama e Sarkozy.
2. As explicações dadas sobre
a recente vitória de Cristina e os cumprimentos relativos não são suficientes.
Nem explica a tentativa de reintegrar a Argentina após os conflitos com carga
de avião militar dos EUA e declarações sempre chavistas do esposo, que presidia
a Unasur até sua morte.
3. A maior surpresa - e
contundência - veio do discurso de Sarkozy que citou explicitamente Cristina
como defensora da taxa Tobin (que se aprovada seria uma espécie de CPMF
internacional). O Brasil tem defendido essa mesma taxa a tanto ou mais tempo
que a Argentina.
4. As sondagens deste Ex-Blog
junto a partidos irmãos do DEM indicaram que o objetivo foi claramente esvaziar
a arrogância brasileira que - na palavra de Dilma, pré G-20 - ditou cátedra aos
líderes dos países desenvolvidos ("falta vontade política e liderança para
enfrentar a crise", "a solução não é essa que estão propondo na UE de
recessão e cortes fiscais, mas ao contrário, de estimular o crescimento").
5. Seja por tática, seja por
prudência para evitar declarações na contramão de Dilma, o fato é que o Brasil,
nessa reunião do G-20, ocupou a posição que a Argentina ocupava e a Argentina
ocupou a posição que o Brasil ocupava.
Ex-Blog do Cesar Maia,
07-11-2011
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Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
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