terça-feira, 12 de novembro de 2013

OCDE mantém perspectiva de recuperação da economia portuguesa e europeia


Eva Gaspar
Indicador avançado da OCDE acelerou em Setembro, continuando a apontar para uma recuperação da economia portuguesa e da Zona Euro.
Pelo 16º mês consecutivo, o indicador avançado da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), concebido para antecipar pontos de viragem na actividade económica em relação à tendência, voltou a subir em Setembro (último para o qual há dados), e numa amplitude superior à registada nos dois meses anteriores, cujas leituras foram, no entanto, revistas em baixa.

O indicador subiu de 101,16 pontos em Agosto (leitura revista em baixa face aos anteriores 101,37) para 101,33 em Setembro, o que traduz uma subida em cadeia de 0,17% e uma variação homóloga de 3,37%, superiores, em ambos os casos, às observadas nos dois meses anteriores, o que sugere um reforço das expectativas de recuperação. É o décimo mês consecutivo em que o indicador apresenta uma leitura acima de 100 pontos, que corresponde à média de longo prazo.

A actualização dos indicadores avançados da OCDE aponta ainda para uma melhoria das expectativas relativamente à Irlanda, Espanha, Alemanha e França que, pela primeira vez em longos meses, apresenta um indicador acima da linha de 100 pontos.

O PIB português cresceu no segundo trimestre face anterior, o que não acontecia desde finais de 2010, embora a variação homóloga (por comparação com o segundo trimestre de 2012) se tenha mantido negativa. Nesta quinta-feira, o INE publica a primeira estimativa sobre o comportamento do PIB no terceiro trimestre, depois de ontem ter divulgado números positivos para as exportações.

Segundo a previsão do Banco de Portugal, a actividade económica cairá neste ano menos do que o esperado (-1,6%, em vez de 2%, o que compara com uma previsão de -1,8% do Governo e da troika) e a taxa de variação do PIB, em cadeia mas também em termos homólogos, será positiva no terceiro trimestre. Para 2014, a previsão do Governo e da troika aponta para um crescimento de 0,8%. Já a Zona Euro deverá crescer 1,1% no próximo ano, uma décima a menos do que se esperava, segundo as mais recentes previsões da Comissão Europeia.
Título e Texto: Eva Gaspar, Jornal de Negócios, 12-11-2013

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