segunda-feira, 3 de março de 2014

Felipão revela que costuma conversar com os jogadores sobre os protestos

O treinador da seleção garantiu que as manifestações não vão atrapalhar a equipe – e disse que ela poderá ser aplaudida mesmo se não for a campeã

Em entrevista publicada na passada sexta-feira pela Fifa Weekly, revista semanal da entidade, Luiz Felipe Scolari falou sobre os protestos contra a realização da Copa do Mundo no país. O treinador da seleção brasileira revelou que conversa sobre o assunto com os atletas, uma tentativa de garantir que o clima instável não atrapalhe a preparação para o Mundial. “Cada um tem sua opinião, mas agora cada jogador deve se concentrar e focar apenas naquilo que tiver que fazer em campo. Os jogadores reagem emocionalmente às vezes. Nós falamos abertamente sobre isso e eles podem expressar suas opiniões pelas redes sociais, mas nós temos regras e estamos atentos a isso.”

O treinador contou que tenta blindar os atletas desde que as manifestações ocorridas durante a Copa das Confederações do ano passado eclodiram no país. Felipão quer evitar ao máximo que os protestos influenciem no trabalho da seleção. "Tenho certeza de que nós não seremos afetados por qualquer uma dessas circunstâncias. Com certeza, somos afetados como pessoas e cidadãos brasileiros, mas precisamos ser capazes de nos desconectarmos disso e falar para nossos jogadores fazerem o mesmo. Então, devemos estar focados inteiramente no que acontece no campo de jogo”, disse. 

Na entrevista, Felipão também falou das expectativas para a Copa do Mundo e garantiu que, se a seleção não conquistar o título em 2014, a derrota não significará um fracasso – um discurso diferente do que tem adotado quando fala sobre o assunto no Brasil. "Eu tenho muita experiência e já estive em algumas situações em que os times são aplaudidos pelos seus torcedores mesmo sem serem campeões, finalistas ou terceiros colocados. É muito mais uma questão de como o time joga", disse, apostando que a seleção será reconhecida se mostrar bom futebol.
Título e Texto: Veja, edição nº 2363, 5 de março de 2014

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