segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Descobri que a mãe do António Costa nunca teve instinto maternal

Vitor Cunha
A selecção nacional de futebol, a que venceu o título europeu, não tem mulheres. Segundo a doutrina vigente, há duas hipóteses para isto acontecer: dominância social do heteropatriarcado e as suas noções rígidas de género e/ou prevalência da misógina ordem pré-estabelecida por cânones de representação não igualitária das múltiplas identidades divergentes.

O instinto maternal não existe, diz uma criatura fêmea, que se identifica como fêmea, e que consegue ser mais feia do que um homem a fingir que é uma fêmea. Muito parecida com um colega que tive na preparatória, a que carinhosamente chamávamos “saco de batatas”, Orna Donath é socióloga (coitada) e, como se isso não bastasse, conseguiu encontrar mais vinte e três amarguradas na secura que corrobora a sua tese anti-canônes-do-heteropatriarcado-opressor.

O Observador, em 6175 caracteres, dá espaço a esta coisa e a sua tese como se de ciência se tratasse. Têm razão: é mesmo ciência, é a ciência dos afectos, a que faz com que sondagens saiam ao lado, a que justifica as redacções de jornais carregadas de marxistas bondosos portadores de lastos de culpa do homem branco, a que permite sentimentos de normalidade perante geringonças, a que não compreende a eleição de Trump, a que culpa o homem branco “não instruído”, a que recebe a guerra cultural com os braços abertos da deserção e a que, devagar, devagarinho, há de criar a geração mais intelectualmente regressiva da história recente.


Ao contrário das pessoas que estão fartas disto, estou optimista. O excesso de estupidez é o maior catalisador para o laissez-faire futuro. E, convenhamos, é bonito ver a esquerda a assumir em definitivo o papel que sempre lhe esteve destinado, o do moralismo que decide o que as pessoas devem ou não pensar. 
Título e Texto: Vitor Cunha, Blasfémias, 11-12-2016

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