Vitor Cunha
A selecção nacional de
futebol, a que venceu o título europeu, não tem mulheres. Segundo a doutrina
vigente, há duas hipóteses para isto acontecer: dominância social do
heteropatriarcado e as suas noções rígidas de género e/ou prevalência da
misógina ordem pré-estabelecida por cânones de representação não igualitária
das múltiplas identidades divergentes.
O instinto maternal não
existe, diz uma criatura fêmea, que se identifica como fêmea, e que consegue
ser mais feia do que um homem a fingir que é uma fêmea. Muito parecida com um
colega que tive na preparatória, a que carinhosamente chamávamos “saco de
batatas”, Orna Donath é socióloga (coitada) e, como se isso não bastasse,
conseguiu encontrar mais vinte e três amarguradas na secura que corrobora a sua
tese anti-canônes-do-heteropatriarcado-opressor.
O Observador, em 6175 caracteres, dá espaço a esta coisa e a sua tese como se de ciência
se tratasse. Têm razão: é mesmo ciência, é a ciência dos afectos, a que faz com
que sondagens saiam ao lado, a que justifica as redacções de jornais carregadas
de marxistas bondosos portadores de lastos de culpa do homem branco, a que
permite sentimentos de normalidade perante geringonças, a que não compreende a
eleição de Trump, a que culpa o homem branco “não instruído”, a que recebe a
guerra cultural com os braços abertos da deserção e a que, devagar,
devagarinho, há de criar a geração mais intelectualmente regressiva da história
recente.
Orna Donath: “O instinto materno não existe” https://t.co/YbJabulhGJ pic.twitter.com/l3GzGSlLSi— SIGO DEVOLTA#TIMBETA (@OthelinoSilva) 27 de outubro de 2016
Ao contrário das pessoas que
estão fartas disto, estou optimista. O excesso de estupidez é o maior
catalisador para o laissez-faire futuro. E, convenhamos, é
bonito ver a esquerda a assumir em definitivo o papel que sempre lhe esteve
destinado, o do moralismo que decide o que as pessoas devem ou não pensar.
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