Luciano Ayan
Creio que todos se lembram dos
meses de maio a junho – quando quase todos os brasileiros estavam envolvidos em
pedir o impeachment de Dilma. Marina Silva e sua linha auxiliar do PT, REDE,
insistiam na narrativa de “novas eleições”.
Pois foi só o impeachment de
Dilma acontecer e o governo Temer começar – um tanto atrapalhado, é verdade, e
complicado por algumas delações – para que uma das políticas mais oportunistas
da história recente surgisse de novo com o papo-furado de costume.
O irônico de tudo é que os
petistas esperam utilizar Marina Silva basicamente como ouro de tolo mais uma
vez. Esperam que ela seja demolida no curso da campanha, como aconteceu em
2014, pois não saber adentrar de vez à guerra de narrativas.
Claro que as coisas não
estarão fáceis para o PT, mas é aí que entra outra parte da estratégia.
Utilizar a direita na campanha “fora todos” – na qual várias pessoas de direita
caíram – para que isso faça com que muitos digam “ah, todos são iguais mesmo”
e, no fim, isso recupere a imagem do PT.
O risco para essa estratégia
entre PT e Marina é que a direita comece a perceber que o jogo do “fora todos”
é apenas uma armação daqueles que sofreram impeachment em 31 de agosto.
Título, Imagem e Texto: Luciano Ayan, Ceticismo Político, 19-12-2016
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-