sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Toca a viver sem medo!

Quem não tem medo está mais predisposto à intuição, à sensibilidade, ao prazer. Faz-nos olhar o Mundo com um sorriso desbragado.

(Esta foto/imagem está em vários blogues; não consegui identificar a autoria)

Isabel Pôncio Monteiro
Os medos instalam-se nas pessoas, tornam-se muito próximos e é muito difícil combatê-los. Por vezes sento-me em qualquer sitio a pensar nos medos de quase toda a gente. Há medos muito normais, muito convencionais; medos que toda a gente conhece mas ninguém assume. Tão normais como continuar casada com o homem errado, que já não tem admiração por nós, que nos maltrata psiquicamente e por vezes corporalmente. O medo de o deixar, por isto ou por aquilo, medo do divórcio, de falta de bens materiais e da solidão. O medo de deixar o emprego que oprime, de começar de novo. Porque nem sempre é verdade que " mais vale só do que mal acompanhada". Conheço tanta gente que prefere não estar só e aguenta um imenso sofrimento. E não as julgo...
Temos que ter coragem para deixar que algo ou alguém, entre nas nossas vidas, não devemos fechar portas. Temos à mão as coisas que nos proporcionariam felicidade e não as vemos e depois é tarde. Muitas vezes choramos lágrimas amargas de revolta por ter faltado coragem para tomar atitudes imaginando que podíamos ser felizes e não somos por temos tido medo e acabamos numa solidão atroz. O que irá ser de nós? As coisas, o pensamento, as atitudes, definem o espírito do tempo. Quem não tem medo está mais predisposto à intuição, à sensibilidade, ao prazer. Faz-nos olhar o mundo com um sorriso desbragado. As tais lágrimas caiem-nos por estarmos cansados de tudo e de todos. Ficamos emocionalmente gastos, não somos fortes, nem estamos disponíveis para dar força a ninguém. Essa força misteriosa que tanta falta nos faz, mas que só se tem se não dermos tréguas ao medo.
O medo corrói, aprisiona, condiciona, limita, até à saúde faz mal. Ficamos severos, antipáticos, depressivos, tristes, falta a calma e a serenidade para tudo. Na vida há altos e baixos, há voos curtos, há deslumbramentos e quedas. Mas sem medo tudo se vence. Temos que nos libertar dos pesadelos e dos fantasmas do passado. Em vez de caçadores tornamo-nos perseguidos. Alguém disse que a justiça não é imune ao medo. O medo de apontar o dedo, por causa de retaliações, o medo de que aconteça qualquer coisa mal, porque infelizmente vê-se e ouve-se tanta coisa, que o nosso subconsciente armazena e automaticamente a pessoa fica com tais medos. Eu, infelizmente, por vezes sofro por antecipação e isso só é suprido pela Fé que tenho em Deus Pai Todo Poderoso, no seu Filho e em nossa Senhora, nos Anjos e Arcanjos. A eles tudo entrego não me descartando de minhas responsabilidades. Já disse noutro artigo que se não tivesse fé, era uma desgraçada. Espiritualmente entrego-lhes tudo, massacro-os com pedidos e sempre que sou atendida louvo imenso a Deus e agradeço. É que sofrer por antecipação é mau porque atrai as energias negativas. A cautela e prevenção são importantes, mas não as confundamos com medo. Esse medo que não nos deixa dormir sossegados, tranquilos. Por que os nossos problemas não são nada. Pensem, reflictam, afinal, de que temos medo?
Se fizermos as coisas com paixão, com prazer, pequeninas que sejam essas coisas, esqueceremos o medo. Viver com alegria e disciplina, é certo, mas a disciplina de sentidos não quer dizer anulação da alegria.
Por isso, toca a viver sem medo.
A fé ajuda; muito mais do que todos os livros de auto-ajuda que existem por aí!
Isabel Pôncio Monteiro, in Revista "Focus", edição 578, de 10 a 16-11-2010
Digitado by JP

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