Valmir Fonseca Azevedo Pereira
Os sinos badalam para informar as horas, para chamar os fiéis para os serviços religiosos, para assinalar as efemérides, para lembrar os entes queridos, para saudar os heróis, e para... lamentar.
Recordamos o filme de sucesso. O “best-seller” do afamado Ernest Hemingway mostra cruamente o lado mais desumano da guerra civil espanhola, e aborda, acima de tudo, a condição humana e...
Para nós, diante de malévolas incertezas, repercute fundo o título contundente, inexorável e perquiridor “Por quem os sinos dobram?”.
Por nós, respondemos. Não somos muitos, talvez os que votaram no Serra, os votos nulos, sem contar os que não votaram.
Sim, a outra parte, apenas escuta o badalar do sino que o PT toca, ruidosa e festivamente.
Os sinos dobram por que antevemos que a liberdade será maculada, violentada, conspurcada sob os aplausos daqueles que não pensam, não questionam, não se importam.
Os sinos dobram pelos ANALFABETOS, pois prosseguirão na sua ignorância a vender o seu voto.
Os sinos dobram pelos APOSENTADOS, que viverão à margem de qualquer melhoria.
Os sinos dobram pelos DOENTES, que padecerão no inferno crepitante do SUS.
Os sinos dobram pelos MISERÁVEIS, que após anos de desgoverno populista e demagogo, viram piorar o seu Índice de Decadência Humana (IDH).
Os sinos dobram pelos ESTUDANTES, jovens mentes deturpadas por ensinamentos inconseqüentes que desvirtuam virtudes, que ridicularizam valores e distorcem a história.
Os sinos dobram pelos PROFISSIONAIS DA IMPRENSA, pelos jornalistas imparciais que serão tolhidos no seu livre exercício profissional.
Os sinos dobram pelos MILITARES, desalentados, desorientados e atrelados às inconseqüências de um desgoverno revanchista.
Os sinos dobram por aqueles que trabalharam, economizaram, compraram suas casas, e pagaram com sacrifício, e poderão perder tudo.
Os sinos dobram por aqueles que plantaram, com suor colheram, e que poderão ter invadidas e confiscadas as suas terras.
Os sinos dobram pelos que trabalham muito, e que trabalharão muito mais para manter um padrão digno de vida, pois os impostos abarcarão grande parte dos seus salários.
Os sinos dobram pelos que usam jornal para ler ou para higiene corporal, pois todos, independentemente do tipo de uso, comeremos o pão que a inconseqüência dos que não lêem, amassou para os demais.
Os sinos dobram pela desmoralização do TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, pela leniência do TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL e pelo claudicante SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
Os sinos dobram pela danosa influência política que gerencia a ocupação de cargos de direção e favores aos amigos, que lidera as práticas de corrupção, os negócios nocivos aos cofres estatais e os benefícios a pessoas ou partidos políticos.
Os sinos dobram pelas minorias raciais, sociais, sexuais, joguetes úteis na criação de dicotomias que enfraquecem a grandeza da nação.
Os sinos dobram pelo pífio crescimento dos últimos anos, período em que se perdeu o bonde de desenvolvimento que o mundo propiciou.
Os sinos dobram pelo tremendo aumento da DÍVIDA INTERNA e da DÍVIDA EXTERNA.
Os sinos dobram pela covarde oposição, privilegiada assistente da derrocada nacional, e incompetente para se contrapor ao que virá.
Os sinos dobram pela morte da imparcialidade, da meritocracia, pela falta de perspectivas, pelas inconseqüências, pelas mentiras descaradas, pela ausência de vergonha, pela falta de ética e pela falência dos padrões morais que se perderam no desvão dos interesses pessoais.
Os sinos dobram para lamentar a democracia que se esvai lenta, mas inexoravelmente.
Os sinos dobram pelo BRASIL, parque de diversões de uma camarilha disposta a transformar esta soberana nação em pária internacional.
Os sinos dobram para cantar que, apesar de tudo, um novo futuro poderá ocorrer se tivermos a coragem de vazar o lixo fora.
Por derradeiro, os sinos dobram, para alertar, para sacudir, e para saudar os verdadeiros brasileiros, que por certo surgirão neste momento tão difícil.
General-de-brigada Reformado Valmir Fonseca Azevedo Pereira
Brasília, DF, 14 de novembro de 2010
Imagens do autor, extraídas do arquivo original em power point
Enviado por Peter Wilm Rosenfeld
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