A matéria (a opinião) está no Correio da Manhã. É uma opinião de um
deputado do Partido Socialista, oposição.
Como sempre, a desonestidade intelectual
campeia: o senhor deputado sabe melhor (e antes) do que eu, que a “proposta” não
é do inefável Álvaro (Ministro da Economia), mas de um Grupo de Trabalho.
Grupos de Trabalho e Comissões que tanto o Partido Socialista, quando no
governo, muito patrocinou. Aliás, neste momento, vejo na SIC um “comentador”,
mais um dos arautos do naufrágio deste pequeno país, Pedro Adão Silva. Que, na
SIC, como eu já disse, aparece lá embaixo na telinha como “Comentador da SIC”.
Não, não é! É militante graduado de um partido político. E não sei porque me veio à mente um outro comentador, Pedro Lains... (?)
Ah, sobre a “proposta” do
inefável Álvaro, confira, por favor, no vídeo que se segue à opinião do senhor
deputado do PS, o que o ministro disse, no dia 04 de novembro de 2011.
A pé ou de burro?
As propostas do inefável Álvaro assentam na ideia tacanha
de que o transporte público é coisa para pobres.
Eduardo Cabrita, Deputado do PS
A mobilidade é essencial para
a competitividade e para o crescimento. O défice externo é o grande problema da
economia portuguesa, levando ao insustentável endividamento das empresas, das
famílias e do Estado. A maior causa do défice externo é a balança energética,
devido à importação de petróleo rodoviário (gasolina e gasóleo). A emissão de
carbono pelos automóveis tem de ser drasticamente reduzida e vai custar cada
vez mais caro.
Portugal tem mais automóveis
por habitante do que a Alemanha e uma rede de auto-estradas superior à média
europeia.
A qualidade dos transportes
públicos melhorou substancialmente nas áreas metropolitanas com a ligação
ferroviária pela ponte 25 de Abril, o Metro do Porto, as extensões do Metro em
Lisboa, os autocarros amigos do ambiente e com informação útil ou a nova frota
fluvial. Mas os preconceitos relativamente ao transporte público num País em
que o automóvel é um símbolo do desenvolvimento tardio e a não criação de
regras claras de financiamento do setor abriram a porta para uma estratégia de
governação baseada no chauvinismo social e na mobilidade terceiro-mundista.
O problema dos transportes nas
cidades não é de oferta é de défice de procura, de financiamento e de regras
claras para os gestores. As propostas do inefável Álvaro assentam na ideia
tacanha de que o transporte público é uma coisa para pobres, que atrapalha o
trânsito e que os automobilistas têm de pagar os prejuízos sem a intenção de os
utilizar. Daí a rutura social iminente que poderá ser provocada por um retrocesso
de décadas na mobilidade, sobretudo na grande Lisboa, impedindo o emprego,
proibindo a circulação depois do anoitecer, para além de ser ambientalmente
criminosa e suicida para a balança energética. Procura-se alguém lúcido no
Governo que promova a eficiência dos transportes própria de cidades
cosmopolitas, que reduza o uso do veículo individual, que financie a rede com
as receitas dos impostos sobre os combustíveis e o imobiliário, que olhe para a
Europa e não para a América Latina para que a opção não seja para a maioria
andar de cavalo para burro ou a pé…
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