quinta-feira, 10 de maio de 2012

Anthony Bourdain: retrato sobre Lisboa

Miguel Pires
Foto: Rui Soares/Público
Quando passou por Lisboa em Dezembro de 2011, Anthony Bourdain, autor do programa de viagens e gastronomia No Reservations (que os canais SIC Radical e 24Kitchen, ambos no cabo, emitem) deixou o aviso de que não estava na cidade para a retratar como um bilhete postal.
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Bourdain é fiel ao seu estilo e coerente com o seu percurso. Procura o testemunho de pessoas de vários quadrantes – que sejam emblemáticas, ou que tenham vivido certos momentos da história da cidade ou do país –, busca lugares pitorescos e, geralmente, fora dos roteiros turísticos habituais. Por último, no que diz respeito à gastronomia, rodeia-se de quem intervém no panorama local. Pode ser um artista, um jornalista da área, ou um chef. No caso do episódio de Lisboa, Bourdain aparece conduzido por chefes de cozinha nossos conhecidos embora fique subjacente que as sugestões serão deles mas as opções são suas.
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O episódio começa bem, na Cervejaria Ramiro. Na companhia de José Avillez e Henrique Sá Pessoa, a conversa vai discorrendo sobre os predicados do local e sobre o que Portugal tem de bom. A sequência passa-se entre imperiais, percebes, camarões “de morrer”, lagostins “de fazer chorar”, amêijoas, búzios, santolas e pregos (“a sobremesa”). A partir deste momento Bourdain parece deixar-se envolver numa atmosfera introspectiva e uma cidade mais sombria aparece. Sobretudo na parte com Lobo Antunes e Carminho, na Tasca do Chico, mas, também, com os Dead Combo, no Sol e Pesca, ou com Tozé Brito no Cantinho do Avillez. Mas Bourdain dá também alguma cor à cidade e mostra uma Lisboa diferente e pitoresca pautada pela presença de pessoas simples – como nas cenas do grupo do jogo de chinquilho, na pesca de polvo, ou o no almoço com o os pescadores).
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A reportagem é de Miguel Pires, Público, 09-05-2012

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