Estupidez... que até "magoa"

Alberto de Freitas

Como é possível que uma estação de televisão tenha uma editora de política chamada Constança Cunha e Sá? A não ser que a TVI24 procure conquistar o nicho de mercado dos debilóides?

A nossa Constança não está só, pois uma fauna de jornalistas, mostra enorme capacidade em igualar, ou mesmo ultrapassar, o raciocínio estereotipado de taxista.

Todo o comentário é repleto de propostas e soluções simples para a crise, em que a austeridade é motivada pela má vontade dos alemães. Além de mostrar a falsidade sobre termos vivido acima das nossas possibilidades… e com razão, pois não podemos esquecer da frase do ex-presidente e guru socialista Sampaio: “Há vida para além do défice”. E há! É a que temos. Uma boa merda, diga-se de passagem.

Teria sido mais interessante e responsável, a frase: “Há vida sem défice” -, algo politicamente incorreto, razão para só à “força” chegarmos lá.

Mas o alto coeficiente do “olha p’ra mim como sou inteligente”, chegou com o brilhante raciocínio da contradição entre Paulo Portas e Passos. Portas, com a imensa ironia que o caracteriza, perante pressão dos jornalistas, declarou que como português achava os eurobonds interessantes, mas se fosse alemão… talvez não.

A querida Constança, em vez de encontrar na frase a alusão ao “piri-piri no rabo dos outros…”, constatou que Portas é português e, como tal, fervoroso defensor dos eurobonds. E que Passos por não o ser… parece alemão.

Conclusões da querida Constança levam-nos a entender que o défice é um direito de alguns povos, assim como a contribuição para tal facto, é obrigação de outros.

Se é o melhor que a TVI tem… aconselham-se “os malucos do riso”.

Título e Texto: Alberto de Freitas, 06-06-2012

 

«Não existe coordenação política no Governo»

Constança Cunha e Sá dá nota negativa ao executivo de Passos Coelho

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