terça-feira, 5 de junho de 2012

O jornalismo necessita ser fiel aos fatos e mais que isso, necessita de liberdade

Gerhard Erich Boehme
O termo fato tem alguns significados distintos, um de origem duvidosa, talvez do árabe hatu, que em Portugal significa a indumentária completa, geralmente do mesmo tecido, composto de casaco, paletó, colete e calças. Ou para as mulheres fato é um conjunto formado por saia e casaco, geralmente do mesmo tecido. Mas significa lá também, entre outras coisas, um bando, quadrilha ou pandilha. E tanto para eles, lá em Portugal, como aqui, tem o significado de acontecimento. E no campo do Direito, temos o fato jurídico: acontecimento que pode criar, modificar ou extinguir um direito.
Para os que hoje se posicionam como ideologicamente estressados, os fatos são uma ameaça, tanto é fato que até mesmo criaram um partido que ainda carece de registro junto à justiça eleitoral, o tal do PIG. Eles se pelam de medo de que os fatos reportados tomem o caminho e sejam de fato um fato jurídico, e lhes retire o que nunca deveriam ter alcançado, o direito de roubar, corromper, ou melhor, serem corrompidos, de se apropriar de um Estado criado a imagem e semelhança deles: clientelista, com seu capitalismo de comparsas e seu socialismo de privilegiados.
Eles já foram pegos com tanta grana escondida em seus fatos, no melhor estilo português de se dizer a verdade. Mas hoje o que mais lhes assustam é que a imprensa de fato aponte as razões pelas quais eles são, de fato um fato, tal qual os portugueses também definem o termo.
Mas felizmente ainda temos uma uma imprensa livre, que continua a nos apresentar fatos, com destaque agora aos fatos gerados por um desesperado em busca da difícil arte de salvar a própria pele, de se salvar do mensalão, pois o personagem principal do bestseller de Ivo Patarra sabe que na medida em que a justiça for feita, a sua espada irá alcançá-lo, de forma que ela, com a balança que segura na outra mão não perca o equilíbrio.
Teremos então fatos que nos conduzirão ao destino da democracia, pois ela se fundamenta também pelo fato de termos uma imprensa livre, sem que seja subjugada a poderes políticos ou econômicos.
Quem sabe assim a nossa imprensa possa nos premiar com a verdade vinda dos tribunais.
Enquanto isso teremos ainda muitos outros fatos revelados, de como o personagem principal do best-seller de Ivo Patarrra se desligar completamente da noção de que há uma medida e uma verdade acima de nós, que devem ser respeitadas.
De minha parte concordo com muitos que acreditam que a popularidade que este sindicalista ladrão, oportunista, demagogo, ignorante e grosseiro indevidamente ganhou, acarreta um grande mal à democracia e ao futuro de nosso país.
De minha parte espero que sejam revelados fatos e que estes sejam observados pela justiça, para então extinguir um direito que a estes também não pertence: o direito de mentir, de corromper pessoas e instituições, de subornar, de se apropriar de recursos que pertencem de fato aos brasileiros e deveriam ser destinados a bens e serviços públicos.
Título e Texto: Gerhard Erich Boehme, 05-06-2012

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