Assim o é, Otacílio. A Eliana, me parece, teve a virtude de sintetizar - quase sem perda do(s) conteúdo(s)
essencial(ais) – duas ensinantes obras recentes que tenho sobre o tema: "A Riqueza do Homem", de Peter Jay (1999), e "A Riqueza e a Pobreza das
Nações", de David Landes (2000).
A Geografia, por certo, exerce
influência - "Bandeirantes e Pioneiros", de Vianna Moog -, mas pode
ser "domada", que o digam, entre outros, hoje, Israel, Japão e até
mesmo os escandinavos. As Instituições, sim, são fundamentais! São as
instituições que criam os valores culturais de uma nação; até 1800, todos eram
pobres, para mais ou para menos. E por que a partir de 1820 a Inglaterra
deslanchou? Porque nela, reuniu-se, numa feliz coincidência, todos os requisitos
necessários para que os homens pudessem desenvolver, livremente, os seus
instintos naturais de curiosidade, engenhosidade e competitividade; então,
estavam garantidos o direito à propriedade e ao pleno usufruto dos lucros; na
verdade, não houve uma única causa, nem duas, mas o que ocorreu foi que, uma
vez estabelecido o ambiente adequado, o resto veio por conseqüência,
espontaneamente, em decorrência da tal propensão natural do ser humano a
progredir desde que lhe sejam dadas as mínimas chances para isso.
Na Inglaterra da época, havia um governo moderado, que garantia a estabilidade econômica, estimulava a livre concorrência, assegurava o fiel cumprimento dos contratos, promovia a dita igualdade de oportunidades e não tinha pretensões de apropriar-se das riquezas de seus súditos; mais tarde, nos USA, a mesma coisa e de forma aperfeiçoada; embora ainda não inteiramente, a China e a Índia já estão percebendo isso e, a Coréia do Sul antecipou-se a ambas. A Polônia, como uma "fênix", mudando as instituições, está renascendo das cinzas de destruição deixadas pelo ex-império soviético que, com a economia centralizada estatalmente, suprimia os citados "instintos naturais".
Na Inglaterra da época, havia um governo moderado, que garantia a estabilidade econômica, estimulava a livre concorrência, assegurava o fiel cumprimento dos contratos, promovia a dita igualdade de oportunidades e não tinha pretensões de apropriar-se das riquezas de seus súditos; mais tarde, nos USA, a mesma coisa e de forma aperfeiçoada; embora ainda não inteiramente, a China e a Índia já estão percebendo isso e, a Coréia do Sul antecipou-se a ambas. A Polônia, como uma "fênix", mudando as instituições, está renascendo das cinzas de destruição deixadas pelo ex-império soviético que, com a economia centralizada estatalmente, suprimia os citados "instintos naturais".
De outra face, por estas
bandas, com exceção dos Governos Castelo Branco e Médici, inventaram os falsos
canalhas: neoliberalismo e globalização. Depois, as caducas estatizações
voltaram à toda (embora amenizadas com FHC) e, com a "Cidadã"
ulissiana, tudo piorou. Mas os verdadeiros canalhas foram paridos aqui dentro,
a saber: Estado impenitentemente dirigista; 93º terceiro lugar em liberdade
econômica (entre 124, estamos entre o Marrocos e Gabão); 40 mecanismos de
intervenção que sancionam monopólios; inflação em 30 anos de 1,143 quatrilhão;
educação básica uma das piores do planeta; seguridade social com ambições
suecas mas com recursos moçambicanos; sociologia da corrupção
institucionalizada e impune; sistema fiscal punitivo e voraz; Carta Magna
risível, com 331 artigos (247+74) e que só aludem a "direitos",
"garantias", "controles", "ficalização" e,
somente duas vezes em "eficiência" e, uma só vez em
"produtividade". Em síntese, vez que o tema vai longe, eis aí as
nossas "Instituições"! Infelizmente, digo isso em relação aos
brasileiros (as) conscientes e corretos, o "ovo da serpente" já está
maduro, pronto para explodir. - Abraço
Benê
Meu caro Benê,
Seus escritos sempre me deixam
de queixo caído e este excedeu-se. Estou mil por cento de acordo, até com os
pontos e vírgulas.
Acabei de lhe enviar um texto
que produzi há instantes versando sobre o mesmo assunto. Cada vez me convenço
mais de que a pobreza é decorrente de dois defeitos sérios dos seres humanos: a
incompetência e a preguiça. E o povo brasileiro, de modo geral, é preguiçoso e
incompetente. Não é necessário pensar muito para descobrir qual será o seu
destino.
O problema maior é que países
assim terminam por se transformar em problemas para os que lutam e trabalham
pelo progresso e evolução da humanidade como um todo. Ao final, o que produzem
são guerras profiláticas pois a ninguém é permitido parar o progresso da
humanidade que presta. O Brasil, em particular, é muito importante para o resto
da humanidade que presta. A Amazônia, por exemplo, é hoje uma das regiões mais
importantes do planeta e o mundo todo está de olho nela. Talvez o Brasil tome
vergonha na cara no dia em que perdê-la. Pois vai perdê-la um dia.
Sabe, Benê, o Brasil não tem
lideranças, tem vagabundos liderando outros vagabundos. Tenho muita pena da
minoria consciente da qual você faz parte.
É sempre muito gratificante
receber seus escritos.
Um forte abraço,
Otacílio
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Pessoas Boas deixou um novo comentário sobre a sua postagem "O mestre e o samurai":
ResponderExcluirConcordo com vc em tudo, menos a respeito onde diz que essa nação nunca será uma grande nação, pois o estrago do DNA se sai na base da oração e sim sairá. Mas o resto cara, ta perfeito. Vou até copiar para guardar as suas palavras que nada mais são se não que a mais pura verdade. Parabéns! Até que enfim li palavras de alguém que não pensa como brasileiros.