sábado, 16 de junho de 2012

O mestre e o samurai

Otacílio Guimarães

Naomi me contou uma história fascinante. 

No antigo Japão um samurai viajou de muito longe para consultar um mestre que se notabilizara por possuir a sabedoria de responder a qualquer pergunta que lhe fizessem. Depois de muitos dias de viagem, o samurai finalmente encontrou o mestre e lhe fez a seguinte pergunta:
- Mestre, o inferno e o paraíso existem? Onde estão?

O mestre ficou calado, nada lhe respondeu e continuou fazendo o seu trabalho. O samurai insistiu na pergunta e o mestre continuou calado. Então o samurai, irritado, disse ao mestre:

- Mestre, eu vim de tão longe para lhe consultar sobre uma dúvida que está me consumindo e o senhor não me dá a menor importância?

O mestre então cuspiu-lhe no rosto. O samurai, fora de si, puxou a espada longa, curva e afiada e levantou o braço para decepar a cabeça do mestre. O mestre saiu correndo e o samurai atrás brandindo a espada. Até que de repente o mestre parou, se voltou para o samurai e exclamou, apontando para ele:

- Eis ai o inferno, está bem dentro de ti!

O samurai entendeu, embainhou a espada, ajoelhou-se e pediu perdão. O mestre então lhe disse:
- Eis ai o paraíso, também está bem dentro de ti! 

Moral da história: o inferno ou o paraíso nós construímos dentro de nós mesmos. Ambos se materializam em nossas atitudes, ações e pensamentos. Afinal, tudo no Universo é energia, positiva ou negativa. Se pensamos e agimos positivamente, atraímos as energias positivas do Universo. Da mesma forma, se pensamos e agimos negativamente, atraímos as energias negativas.

O mais importante é que isto não ocorre apenas de forma individualizada na vida de uma pessoa, mas coletivamente numa comunidade a até e principalmente numa nação. Neste caso, temos diante de nós o chamado pensamento coletivo, com o mesmo poder multiplicado. Surge dai a importância de uma filosofia coletiva, ou seja, povos que pensam unidos permanecem unidos e produzem os resultados de seu pensamento coletivo. Isto é resultado de energias intercambiadas.

Quando terminou a 2ª Guerra Mundial o Japão estava literalmente arrasado e falido. País pequeno e pobre em recursos naturais, só lhe restou o seu povo empobrecido e humilhado pela derrota na guerra. Para completar o estado de desgraças, o Japão está situado numa área do planeta sujeita a terremotos e furacões violentos. Como se explica que, apenas vinte anos depois da guerra, o Japão era a segunda potência econômica do mundo e hoje ostenta um padrão de vida invejável para a maioria nas nações do planeta?
 
Não foi somente a ajuda dos Estados Unidos, vencedores da guerra contra o Japão, que explica isto, mas sim, a filosofia de seu extraordinário povo que conseguiu extrair das cinzas de Hiroshima e Nagasaki as energias suficientes para se soerguer bem de acordo com a filosofia dessa história que a Naomi me contou. O povo japonês entendeu que o inferno que se abateu sobre ele foi uma decorrência do ataque traiçoeiro a Pearl Harbor.  

Pear Harbor, 07-12-1941
Terminada a guerra, ao invés do ódio dos norte-americanos, estes lhes estenderam mãos amigas que os japoneses humildemente aceitaram. Os japoneses, por sua vez, poderiam ter cultivado o ódio contra os norte-americanos pelos horrores que estes lhes causaram. Preferiram usar, assim como os norte-americanos, a arma do perdão e se tornaram grandes amigos e parceiros comerciais, em benefício de ambos os países e da humanidade como um todo.

Japão e Estados Unidos usaram a mesma filosofia do samurai e do mestre ilustrada nessa singela história da Naomi.
Observando o panorama mundial atual é bem fácil descobrir por que alguns países estão vivendo seu inferno. No caso do país em que nasci por azar, é mais fácil ainda. Perdão não é sentimento assimilável pela maioria dos brasileiros, a vingança, sim. Uma lei de anistia que foi generosamente oferecida pelo lado que venceu a guerra contra os comunistas só foi aceita esperta e desonestamente pelo lado dos vencidos como uma pausa até que tivessem a oportunidade de ganhar o poder. Este, tão logo conquistado pelos votos dos incautos, partiram logo para o revanchismo e ai está o resultado: a famigerada Comissão da Verdade.

Povo assim, sem uma filosofia de vida tipo o mestre e o samurai, tem o inferno dentro de si e dele jamais se livrará. Muito pelo contrário, o inferno que conserva dentro de si povos assim só tende a crescer. O Brasil atual é o país onde mais se mata, depois da Venezuela. São mais de 50 mil assassinatos todos os anos e crescendo. É um país que conserva carinhosamente um quarto da sua população vivendo abaixo da linha da pobreza e da indignidade humana. É um país que ostenta orgulhosamente a condição de um dos mais corruptos do mundo. É um país onde os serviços públicos de saúde, educação e segurança são uma vergonha para o gênero humano.  
Eis ai onde está o inferno. O inferno brasileiro foi cultivado no seio do seu próprio povo.  
Título e Texto: Otacílio Guimarães, 16-04-2012
Edição (e destaques): JP

3 comentários:

  1. Os brasileiros já tiveram 500 anos pra mostrar a que vieram. E só fizeram merda.



    Eu não acho que o PT em particular ou a Esquerda em geral tenham tornado o povo brasileiro melhor ou pior. Não. Apenas libertou as últimas forças subterrâneas de degenerescência, barbárie e selvageria, deixando a massa de degenerados, bárbaros e selvagens bem solta e ainda mais á vontade para escancarar toda a podridão popular brasileira.



    A malandragem, o desrespeito, a desonestidade, a baixaria, o mau gosto, a ilegalidade, a imundície, a promiscuidade, a violência, a maldade, a perversão, os baixos instintos e a sem-vergonhice estão no DNA deste povo desde que Cabral deixou por aqui como os primeiros imigrantes aqueles criminosos degredados saídos das prisões; a ESCÓRIA de todas as piores culturas do planeta, das quais Portugal queria se livrar, mandando todos os excrementos sociais para bem longe, do outro lado do oceano, criando um país-esgoto.



    Já vieram pra cá com as piores intenções possíveis: roubar, matar, escravizar, destruir, estuprar. Não podia vir boa coisa disso. Pelos frutos se conhece a árvore. De um abacateiro, não se pode esperar uma jaca. Nunca houve um projeto de nação para o Brasil. Taí o resultado: um povo servil, covarde, pervertido, cagão, falso, vazio, superficial, brega, cafona, inapelavelmente burro, sem caráter, sem princípios, sem educação, sem personalidade, sem noção e sem cérebro.



    Essa Revolução Cultural Socialista pode dominar TODOS os espaços formadores de opinião — a mídia, a imprensa, as novelas, os livros, as salas de aula, os tribunais, etc. Mas não alterou no mais mínimo que seja a própria essência da brasilidade, que é a falta de caráter, de moral, de escrúpulos, de civilidade.



    Nisso, o povo brasileiro permanece exatamente aquilo que sempre foi. E sempre será. Uma multidão de bestas. Uma gente estúpida, violenta, traiçoeira, bestializada. Essa é a única palavra que encontro para definir a natureza tupiniquim: Bestial.



    JAMAIS o Brasil será uma nação desenvolvida, porque esse povo animalizado nem sequer consegue constituir uma Civilização.


    É como bem resumiu o Diogo Mainardi: A única grande contribuição brasileira para a História da Humanidade foi a total, completa, absoluta e ilimitada esculhambação.


    Um país não é um lugar — são as pessoas. É de tijolos que se faz uma casa.


    Se a matéria-prima é uma bosta, não podemos esperar nada melhor senão um belo, grande e imponente castelo de cocô.

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  2. Concordo com vc em tudo, menos a respeito onde diz que essa nação nunca será uma grande nação, pois o estrago do DNA se sai na base da oração e sim sairá. Mas o resto cara, ta perfeito. Vou até copiar para guardar as suas palavras que nada mais são se não que a mais pura verdade. Parabéns! Até que enfim li palavras de alguém que não pensa como brasileiros.

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  3. Se oração, reza e promessas resolvessem alguma coisa a Bahia era o melhor estado brasileiro, e todo ano no futebol todos os times estariam empatados.
    Oração não modifica o DNA.
    E como diz o autor da retórica, animais não possuem almas.
    Tivemos mais de 50 anos para aprender, e continuamos culpando os portugueses.
    Tivemos a escravidão negra, a escravidão dos imigrantes, a escravidão dos nordestinos, agora temos a escravidão dos imbecis, do tráfico e do imigrantes latinos. Nosso jovens escravos do crime, famílias destruídas e o povo morrendo no crime, no trânsito e nas filas do SUS.
    Deus e o diabo na terra do sol
    O sol morreu, deus está morto e o diabo nos fodendo.

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