Christine Lagarde sublinhou o bom trabalho desenvolvido por Portugal na
redução do défice, mas sublinha que “ainda há trabalho a fazer”.
Numa conferência de imprensa
em Washington, a directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse
que Portugal tem feito um bom trabalho, mas que ainda é necessária maior consolidação
orçamental.
As declarações da responsável
foram proferidas na conferência de imprensa de "Ano Novo" e surgem um
dia depois do FMI ter desbloqueado mais uma tranche da ajuda a Portugal. Após a
reunião que decorreu na quarta-feira, o FMI decidiu aprovar o desembolso da
sétima tranche da ajuda, no valor de 838,8 milhões de euros.
Num comunicado publicado na
quarta-feira, o FMI considera que "as autoridades [portuguesas] devem
prosseguir os esforços para (...) impulsionar o crescimento a longo prazo, e
reforçar a consolidação orçamental". O FMI adiantou ainda que Portugal
precisa de um "debate público sobre a melhor forma de dividir o fardo do
considerável ajuste" e salientou que já foram “feitos progressos
significativos” no que respeita à consolidação orçamental.
Lagarde sublinhou ainda que se
conseguiu evitar o colapso em muitas partes do mundo, mas que esta não é altura
de relaxar. “Devemos evitar uma recaída”, salientou a responsável do FMI. Os
países “não devem relaxar. Devem evitar uma recaída”, reiterou.
A directora-geral do fundo
considera que a sustentabilidade orçamental é necessária nas economias mais
desenvolvidas e demonstrou-se especialmente preocupada com a necessidade de se
reduzir a dívida desses países, no médio prazo. Lagarde defendeu ainda a
implementação de medidas que fomentem a criação de emprego.
Lagarde admitiu também que
seja necessário um maior alívio da política monetária na Europa. “Manter o
alívio monetário, ou aumentá-lo, será apropriado de forma a sustentar a procura.”
A responsável considera que já se conseguiu fazer muito na região, mas que
ainda há muita coisa a fazer, nomeadamente no que se refere à união bancária.
Em relação aos EUA, Lagarde
apela a um consenso entre republicanos e democratas, de forma a que “juntos”
consigam chegar a um acordo sobre medidas que permitam uma redução da dívida a
médio prazo.
Título e Texto: Sara Antunes, Jornal de Negócios, 17-01-2013, 17h05
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