Quando estava nos meus 32 anos
vivenciei durante uma passeata na Rio Branco, o movimento para as Diretas Já, um sopro de
esperança de viver em uma grande nação.
Candelária, Rio de Janeiro, 10 de abril de 1984 |
Minha visão não era de uma libertação do país de uma ditadura, mas sim
da continuidade de um novo projeto para o país iniciado pelo Regime militar
para uma nova sociedade livre da ameaça comunista e preparado para o grande
salto que nos colocaria no círculo das grandes potências mundiais.
Começava a curtir uma outra
vida com uma nova perspectiva de democracia, lindos momentos de novas
esperanças de viver em um país rejuvenescido pela liberdade e pela justiça
prometidas pela Abertura Democrática.
Perdi a conta de meus dias de
luta como profissional e como formador de opinião por uma esperada meritocracia
que valorizasse o empenho de cada um fundamentado na honestidade, na dignidade,
na honra e no patriotismo.
Fiz muitos projetos, sonhos
que aos poucos foram se dissipando no reconhecimento que meu país estava sendo
destruído e degenerado por desgovernos civis ladrões e estelionatários que aos
poucos iam destruindo as bases do Brasil como grande nação, construídas ao
custo de muitas vidas durante o Regime Militar.
Não me esqueço que quando
trabalhava em um banco multinacional, ao estranhar a presença de políticos em
corredores reservados a clientes VIP, fui informado que os negócios de lavagem
de dinheiro iam muito bem obrigado.
Pouco depois recomecei minha
carreira em outro lugar deixando de lado um ambiente que me deixava enojado com
a desonestidade daqueles que eram eleitos para ajudar o país a superar seus
desafios.
As fundações de minhas
esperanças de viver em um democracia plena, e com uma justa crença no
cumprimento das leis e na honestidade de propósitos de governos que sempre
acabavam demonstrando sua verdadeira face calhorda, foram, ao longo do tempo se
dissipando a cada derrota do sonho de democracia para a ignorância gerada pela
premeditada falência da educação e para a cumplicidade sórdida de esclarecidos
canalhas que, na verdade, nunca pensaram a não ser no desfrute irresponsável e lesa-pátria
das sobras monetárias das mentiras plantadas por desgovernos
corruptos-estelionatários, que os faziam cada vez mais ricos usando o ilícito
como padrão de formação patrimonial dando como reciprocidade suas alianças para
a implantação do totalitarismo fascista.
Agora estamos ficando perdidos com um destino cada vez mais definido na rota desse regime genocida, resultado final de desgovernos petistas que estão enterrando de vez nossas esperanças que nasceram com os sonhos gerados no início da Abertura Democrática.
Minha mente e meus olhos
vasculham uma explicação racional de como uma sociedade pode ser feita de
idiota durante tanto tempo e porque as burguesias e oligarquias públicas e
privadas se uniram para destruir seu próprio país ao serem fiadoras de
desgovernos que fizeram do Brasil um Paraíso de Patifes e o poder público um
Covil de Bandidos.
Meu coração está preso à minha
pátria que tem suas estruturas sociais sendo corrompidas durante mais duas
décadas por fraudes humanas que ficam milionários a cada dia que passa roubando
o dinheiro público.
A luta de minha geração por
uma verdadeira democracia, regida pelo mérito do estudo continuado e do
trabalho honesto e digno, vem sendo sistematicamente destruída por traidores de
minha pátria que utilizaram o poder político para fraudar o sonho de liberdade
e democracia de uma nação.
Ao me deparar diariamente com
uma majoritária omissão e covardia daqueles que poderiam reverter o triste
destino que nos espera, começo a me sentir ofegante com o cheiro de uma
sociedade apodrecida pela degeneração moral, dificultando minha respiração na
luta para sensibilizar as pessoas de que estamos sob o manto de um Covil de Bandidos
e que, se continuarmos sem fazer o que precisa ser feito, seremos destruídos
pela barbárie humana da corrupção no seio de um projeto de poder
fascista-totalitário.
Tento a todo instante ignorar
a podridão que tomou conta de nosso sonho em virtude da Fraude da Abertura
Democrática e procuro sentir o sopro de novas esperanças em um novo futuro, o
mesmo que pensei que estivesse sendo construído na minha caminhada na Av. Rio
Branco anos atrás.
Esse sopro de esperança está
ficando cada vez mais fraco diante do silêncio daqueles que nos livraram do
comunismo em 1964 mas que parecem agora estar na fronteira de pularem o muro do
patriotismo para o lado negro de um regime totalitário fascista.
Por que não estamos todos
lutando nas ruas para destituir esse Covil de Bandidos?
Por que as casernas não abrem
seus portões para que os soldados se unam aos civis para salvar nosso país do
controle de um Estado controlado por corruptos e estelionatários da política?
Os mais de 50 000 mortos por
ano por responsabilidade direta de um poder público omisso e degenerado não é
suficiente para que todos tomem a decisão de salvar o futuro de seus filhos e
de suas famílias?
Título e Texto: Geraldo Almendra, 23-7-2013
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