Dialética é uma coisa,
falsidade é outra, sobretudo a hegeliana:
“O verdadeiro e o falso
pertencem aos pensamentos determinados que, privados do movimento, valem como
essências próprias que permanecem cada uma no seu lugar, isoladas e fixas, sem se
comunicar uma com a outra. [...] Assim como não há um mal, assim também não há
um falso.” HEGEL (Georg Wilhelm Friedrich Hegel - 1770-1831). In “A Fenomenologia do Espírito”
E, por essa porta
(hegeliana) entra Marx (Karl Heinrich Marx - 1818-1883)
seguido pelo relativismo (a) (i) moral que é uma nova espécie de tumor
maligno que se instala no intelecto humano corroendo certezas, ideias, valores,
princípios e projetos, que pode ser resumido as frases como:
- existe minha verdade e tua
verdade, mas não a verdade’.
- tudo depende do cristal com
que se olhe’.
Ou como diz o velho
Chico:
"Entre Sócrates e os
sofistas havia um diálogo, uma discussão, porque um e outro admitiam valores
comuns, pelo menos um valor, - o valor da verdade. A sofística de hoje,
continuando embora a empregar a linguagem dos valores tradicionais, eliminou a
substância de qualquer valor, até o valor da verdade, pois a sua significação
passou a ser exatamente o contrário, o valor da verdade não consistindo a rigor
na verdade, mas naquilo que, não sendo a verdade, funciona, entretanto, como
verdade (...) A idéia de Marx não é verdadeira, mas, aceitada como verdade,
constitui o único instrumento capaz de conduzir a grande revolução. Convém,
portanto, cultivar a idéia de luta de classes e forjar um instrumento
intelectual ou, antes, uma imagem dotada de grande carga emocional, destinada a
servir de polarizador das idéias ou, melhor, dos sentimentos de luta e de
violência, tão profundamente ancorados na natureza humana. Essa imagem é um
mito. Não tem sentido indagar, a propósito de um mito, do seu valor de verdade.
O seu valor é de ação. O seu valor prático, porém, depende, de certa maneira,
da crença no seu valor teórico, pois um
mito que se sabe não ser verdadeiro deixa de ser mito para ser mentira. Na
medida, pois, em que o mito tem um valor de verdade, é que ele possui um valor
de ação, ou um valor pragmático." FRANCISCO CAMPOS (Francisco Luís da Silva Campos, político,
jurista,1891-1968), como se vê, percebeu com lucidez a barbárie fundada no marxismo.
Título e Texto: Rivadávia Rosa, 29-7-2013
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