quarta-feira, 31 de julho de 2013

O poder da mídia e o poder do Herói

Jonathas R. A. Filho
Segundo os sábios, o homem é fruto do ambiente e do meio em que vive.
Falemos de caráter e personalidade:
Caráter do indivíduo (é adquirido): se origina durante a vida de um indivíduo em meio ao ambiente.
Personalidade do indivíduo (é adquirida): conjunto de características psicológicas aprendidas desde o nascimento e que determinam a individualidade pessoal e social.

Falemos da comunicação:
A mídia brasileira atribuiu títulos de Reis e Rainhas a um sem número de celebridades. Rei do Futebol, Rei do Iê Iê Iê, Rei do Baião, Rei da Voz, Rainha do Rádio, Rainha do Axé, Rainha dos Baixinhos, Rainha do Basquete, Rei disso, Rainha daquilo etc.., para artistas, jogadores de futebol, apresentadores de televisão, esportistas em geral, políticos e por aí vai.

Só não conferiu a ninguém o título de HERÓI!
Nem um, que eu saiba.
Um Herói, aquele herói, um “baita” herói... infundiria na consciência dos menos conscientes, que atitudes dignas, honradas, honestas, justas, corajosas e éticas deveriam ser COPIADAS, GRAVADAS e EXERCITADAS por toda uma vida, “per semper”.

Algumas sociedades bem mais esclarecidas, nos anos 20 e 30 do século passado, se utilizaram desse “expediente” tornando o “universo da petizada” muito mais voltado para essas práticas, do que para outras menos pedagógicas, valorizando cada vez mais as virtudes humanas.
Me lembro, quando dos primeiros períodos escolares, do ensino das matérias como Língua Portuguesa, Matemática, Geografia, História, Ciências e Educação Física. Sempre fui bom aluno e sempre gostei de estudar, principalmente o nosso idioma. Também me interessava por gibis, as revistas em quadrinhos daquela época. Apreciava o lado “do bem” que os heróis praticavam, cultivando em mim, uma espécie de vontade de imitá-los. Quem não quis ser como o Superman, Batman, Zorro, Capitão América, Príncipe Submarino ou outro ícone dessa legião.


Infelizmente não foi “criado” nenhum Herói brasileiro e acredito hoje, que um Herói da nossa própria língua, da nossa própria sociedade, da nossa pátria amada salve, salve, teria sido fundamental para a formação do caráter e da personalidade daqueles que ainda estavam na formação dessas características pessoais. Não foram criados os heróis que tanto precisávamos mas, foram criados o “jeitinho brasileiro” (o famoso recurso chamado de“gatilho”), a “lei de Gerson” (onde só se pensa em tirar vantagem em qualquer situação), o “paternalismo com o erro” (a proteção do filho, do aliado, do amigo, mesmos que reincidentes), o “abafa o caso” (não tornando conhecido o erro cometido), o “gol de placa” etecetera e tal. Incluindo até o “Deus é brasileiro” induzindo os menos esclarecidos a acreditar que Ele sempre estará a nosso favor mesmo sem nosso mérito.
Ledo engano. A sociedade se distorceu mais ainda porque perdeu o foco no certo, no direito, na legitimidade, na cooperação, na legalidade, no respeito e na fraternidade.
Seria fantástico, ver e ouvir diariamente, notícias de seriedade, de respeito, de correção, de altruísmo, de coragem, de Justiça e de tranquilidade.
Será que ainda há tempo, para se forjar no aço das nossas esperanças, um HERÓI BRASILEIRO?
Título e Texto: Jonathas R.A. Filho, 31-7-2013

Via José Manuel da Rocha Costa

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-