Não basta assassinar
reputações. A canalhada não sossega enquanto não calar de vez as vozes
discordantes. Está difícil de aturar o sucesso do filósofo Olavo de Carvalho,
depois que o nosso best-seller “O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota” bateu a marca dos 60
mil exemplares vendidos. Na incapacidade de argumentar e debater, os invejosos
de plantão querem é derrubar a página em que ele escreve para impedir que sua
imensa “legião” de alunos, leitores e fãs tenham acesso às suas palavras. Assim
como já aconteceu com outras páginas de teor conservador, como “Meu professor
de História mentiu pra mim”, seu perfil do Facebook saiu do ar nesta manhã e
segue indisponível. Eis a mensagem que recebi do autor por e-mail:
Prezado Felipe,
Tão logo o deputado Marco
Feliciano denunciou na Câmara a campanha de assassinato de reputação que eu
vinha sofrendo, a militância do crime, decerto mobilizada por alguma Excelência
em pânico, mudou de tática e passou a tentar bloquear a minha conta no Facebook
para que, diante do assalto multitudinário à minha pessoa e à minha honra, não
me restasse nem mesmo este miserável e último recurso de defesa que é espernear
na internet.
O ardil consiste simplesmente
em entrar na minha conta desde um IP qualquer que não seja o meu, acionando
automaticamente o Facebook para que bloqueie a conta e inicie um procedimento
de verificação.
Tentaram isso ontem usando um
IP registrado numa cidade da Índia.
Como eu conseguisse restaurar
a conta, aperfeiçoaram o sistema. Fornecem ao Facebook, não sei como, um número
de telefone falso ou imaginário (hoje foi +33 7 87 16 56 82), de modo que o
código para restauração da conta é enviado a esse número e não chega jamais a
mim. Assim, torna-se impossível reativar o acesso à minha página.
A coisa é de uma sordidez que
desafia a imaginação. Se quer saber, nem mesmo me surpreende que apelem a esse
recurso, ou talvez, mais tarde, a outros mais abjetos ainda. A mentalidade
dessa gente faria os porcos vomitarem, se lhes fosse servida no cocho.
Ainda não sei bem o que fazer
diante desse descalabro, mas creio que solicitar um inquérito à Polícia Federal
não seria má idéia. Tentarei fazer isso.
Se você puder divulgar o episódio
pela sua coluna, ficarei grato. Estou pedindo o mesmo a outros articulistas.
Obrigado desde já e um abraço
do
Olavo de Carvalho
Felipe Moura Brasil, Veja,
28-02-2014
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