quinta-feira, 10 de abril de 2014

Ridiculite abrilesca

Vitor Cunha
A minha opinião está dividida entre a do José Manuel Fernandes e a da Helena Matos. Se, por um lado, seria extremamente útil televisionar o pior da portugalidade abrilesca, com comentário da Anabela Neves e flash interviews de penduras sistémicos como sindicalistas com função única de sacar uma quota ao sindicalizado para a “luta, camarada, a luta”, isto enquanto avançam mais um a dois centímetros na barriga de proto-enfarte; por outro, seria interessante explicar à jarretada abrilesca que, já no próximo ano, a duração do Estado Novo (1933–1974) será igual à do período pós–1974. Começa a ser tão maçador ouvir o “não foi para isto que fizemos o 25 de Abril” como seria ridículo ouvir algures em Baden-Württemberg no ano de 1974 o discurso de Hitler em Berlim (1933) sobre “não foi para isto que fizemos a nação germânica”.
Título e Texto: Vitor Cunha, Blasfémias, 10-04-2014

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