Confirma-se que o Bloco de Esquerda é o
partido mais xenófobo e racista do sistema político português em sentido amplo
João Lemos Esteves
1. Quando julgávamos que a política portuguesa já atingira o seu
grau mínimo de decência e honestidade, eis que o Bloco de Esquerda (com a
conivência – nunca é demais salientar – de uma parte hoje significativa do PS)
consegue bater um novo recorde. Ainda se revela apto a deixar-nos perplexos com
o seu radicalismo, fanatismo e ódio.
Ódio contra povos, ódio contra
pessoas – ódio, enfim, pela diferença. Desta feita, o Bloco de Esquerda – que
já não esconde que é um aliado convicto e incondicional do movimento BDS
(Boicote, Desinvestimento e Sanções) que pretende aniquilar o Estado de Israel
e o seu povo – resolveu andar a distribuir panfletos, no exterior do recinto do
Festival da Eurovisão, apelando ao boicote à canção de Israel, interpretada por
Netta Barzilai [foto]. O nome desta causa, sempre muito nobre, dos meninos do Bloco é
mesmo “Israel, Zero Points”.
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Foto: João Porfírio/Observador |
Direitos das mulheres?
Fascismo! Igualdade de oportunidades? Direitolas!
Até porque é uma cantora
israelita: por conseguinte, um cidadão ou uma cidadã israelita não pode lutar
pelos direitos humanos, nem pela afirmação das mulheres – se é de Israel, só
pode ser congenitamente pecaminosa! Se é de Israel, é para abater – eis a
lógica dos nossos radicais vermelhos-júniores do Bloco de Esquerda.
Ora, confirma-se que o Bloco
de Esquerda é o partido mais xenófobo e racista do sistema político português
em sentido amplo (abrangendo quer os partidos com representação parlamentar,
quer aqueles que não lograram representação institucional). (Ué? Existe alguém que ainda tenha dúvida??)
3. Porquê? Fácil: odeiam um povo, odeiam pessoas concretas (de
carne e osso, não meras abstrações de que falam os teóricos políticos
revolucionários de que tanto gostam), odeiam uma cultura – apenas pela sua
proveniência geográfica. O Bloco odeia apenas porque provém de Israel.
O Bloco quer discriminar
apenas em função da origem geográfica: dúvidas não subsistem, destarte, sobre o
discurso racista, xenófobo e de apelo à discriminação do Bloco de Esquerda.
Moralmente, o Bloco de Esquerda e a extrema-direita, de inspiração nazi (nacional-socialista),
são almas gémeas – ambos professam o ódio, ambos incitam à discriminação e à
xenofobia, ambos vivem da exploração de narrativas perversas que criam para
sustentação própria.
A razão avançada pelo Bloco de
Esquerda – a mando, porque o Bloco de Esquerda é um partido com muitos
“patrões”, embora o negue, do movimento BDS – é que uma eventual (e provável)
vitória da canção de Israel significará “branquear a violência e o ataque aos
direitos das mulheres de Israel, porque Israel é um Estado discriminatório”.
Discriminatório? Israel dispõe
de uma Tribunal Constitucional que muitos reputam ser o mais ativista do mundo
na defesa dos direitos humanos (tendo sido seu Presidente uma das mentes
jurídicas mais brilhantes à escala global, Aharon Barack); inclui, no
respectivo ordenamento jurídico, leis contra a discriminação, ao nível das mais
progressistas do mundo; garante liberdade de imprensa, liberdade de pensamento
e expressão, o que contribui para a formação de uma opinião pública ativa,
exigente e deveras crítica; é uma democracia, sendo os titulares dos cargos
políticos eleitos pelo povo; os direitos dos homossexuais são garantidos e efetivamente
protegidos, as mulheres têm um estatuto de igualdade jurídica face aos homens.
Se a preocupação dos radicais
do Bloco de Esquerda é, de facto, os direitos das mulheres – então, por que
razão não defendem os direitos das mulheres palestinianas que são oprimidas no
seu pais? Que têm um estatuto jurídico de inferioridade? Pois, isso já não
interessa…
4. Na verdade, o que anima o Bloco de Esquerda é o seu sectarismo
radical, o seu fanatismo xenófobo, o seu antissemitismo que o equipara
moralmente à extrema-direita nazi. Por coincidência, escrevemos no “i” da
passada terça-feira que o antissemitismo é o “Mein Kampf da esquerda
portuguesa” – mal sabíamos nós o quão atual o referido texto se acabaria por
revelar! O Bloco de Esquerda voltou a marcar pontos no campeonato do ódio, do
apelo à discriminação e do antissemitismo primário, próprio dos tempos que marcaram
o período mais negro da história europeia.
Pior: tudo isto se sucede no
mesmo dia em que a Caixa Geral de Depósitos vai patrocinar, através da
Culturgest, uma iniciativa da BDS e de grupos de apoio à Palestina que foram
criados à sombra do Bloco de Esquerda e da ala mais radical do PS (que hoje é
maioritária). O objetivo da conferência é, tão somente, o de reiterar o ódio a
Israel – apelando ao boicote económico, social, cultural e científico a Israel.
Reiterando que Israel não
passa de uma criação capitalista diabólica, feita de gente que só pensa em
dinheiro e em explorar os outros. Adolf Hitler não diria melhor. O Bloco de
Esquerda marcará presença em peso na Culturgest – no entanto, a administração
da Culturgest, que só pode ser, numa interpretação benévola, muito ingénua,
continua a achar que o encontro é meramente científico e cultural.
5. Ora, convidamos os caríssimos leitores – e, já agora, a
administração da Fundação Caixa Geral de Depósitos – a ler o artigo 13.º, n.º
2, da Constituição da República Portuguesa: “ ninguém pode ser privilegiado,
beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer
dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem,
religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica ou
condição social”.
O que é que o Bloco de
Esquerda faz? Apela ao ódio, à discriminação a Israel e a todos os cidadãos
provenientes de Israel, apenas baseada na proveniência geográfica – donde o
Bloco de Esquerda apela à violação do princípio constitucional fundamental da
igualdade. E a Caixa Geral de Depósitos acolhe hoje uma iniciativa que tem como
mote o apelo ao desrespeito da Lei Fundamental da República Portuguesa.
Onde é que estão as
autoridades? O que vão fazer as autoridades administrativas e judiciárias
portuguesas? Provavelmente, nada – afinal, trata-se do Bloco de Esquerda. E ao
Bloco de Esquerda, tudo - mas mesmo tudo! – é permitido. Para o Bloco, não há
leis…
6. É curioso aqui recordar que o André Ventura por defender que a
lei se deve aplicar a todos, inclusive à comunidade cigana, teve de ir depor ao
Ministério Público. E a Comissão para a Cidadania e Igualdade apresentou queixa
contra o candidato do PSD à Câmara Municipal de Loures por incitamento ao ódio.
E agora? Apelar à
discriminação contra cidadãos apenas por provirem de Israel não é incitamento à
discriminação? Os meninos do Bloco de Esquerda estão a cometer um crime
(porque, neste caso, o que pretendem é uma verdadeira discriminação, sem
qualquer fundamentação racional, apenas o ódio e o preconceito contra Israel) e
um atentado a um princípio fundamental da Constituição da República Portuguesa.
Vamos aguardar com serenidade
a reação da Comissão para a Igualdade e contra a Discriminação Racial sobre
este discurso de ódio do Bloco de Esquerda, em conluio com o movimento BDS
(que, aliás, o Presidente Macron prometeu criminalizar e já tem a sua atividade
interdita em alguns estados dos EUA, precisamente, pelo incitamento ao ódio que
patrocinam).
7. Uma coisa é certa: a Comissão para a Igualdade e contra a
Discriminação Racial terá que agir. Não mais poderá ficar calada, impávida e
serena, como se nada fosse com ela. Temos de acabar de vez com esta bandalheira
que é um país para o Bloco de Esquerda e para o PS – e outro país, mais
limitativo e exigente, para os outros.
Já agora: o Presidente da
República, que citou o artigo 13.º da Constituição no Parlamento, na
segunda-feira, não tem nada a dizer?
Ele que até vai ao balneário
do Estoril Open (mal o atleta tinha acabado de tomar banho!), que coloca no
site oficial da Presidência uma foto com o atleta de toalha à cintura (caso
único no mundo, por certo!) – não tem nada a dizer sobre o crescente discurso
de ódio, antissemita, em Portugal? Patrocinado, aliás, por um partido que é
preponderante na atual solução governativa?
Caro Presidente Marcelo, já
agora, conviria que se pronunciasse sobre assuntos que
verdadeiramente…interessam!
8. Por último, resta-nos, com a nossa conhecida benevolência e
crença nas capacidades humanas, desejar que o Bloco de Esquerda se regenere.
Que possa deixar de estar refém do discurso da extrema-direita mais pura e
dura.
Meus caros esquerdistas
radicais, que Israel (o exemplo de democracia no Médio Oriente) deixe de ser o
“Toy” dos vossos jogos de ódio, não sejam “stupid boys!”.
P.S – Já que não podemos votar
em Portugal, votemos na Netta, até para dar uma lição de moderação e equilíbrio
aos “boys” do Bloco de Esquerda e à ala do PS que é conivente com o ódio e a
xenofobia!
Se é Eurovision que merda tem a ver isso com país ASIATICO chamado Israel??? Por acaso Israel é um país europeu???!!! Qual é o "partido nazi" que boicota Israel??? Bloco Esquerda é uma merda comunista caviar de idiotas úteis do fundador do comunismo o judeu Kissel Mordekay, batizado de "filósofo alemão Karl Marx"! Israel deve fazer um ASIAVISION e lá concorrer com os seus irmãos asiáticos! Fora com Israel da Eurovision!
ResponderExcluirCurioso que sou ,fui pesquisar sobre o acima escrito e pasmem não só Karl Marx era judeu como Fidel Castro também e Mihail Gorbachev , Trostki etc...etc...
ResponderExcluirÉ uma confusão só!
Paizote
Israel VENCEU o Festival da Eurovisão, apesar do único voto que recebeu de Portugal!
ResponderExcluirHeim!!! Como se explica?
ExcluirMatéria muito bem escrita. Parabéns! Define exatamente a realidade dos fatos.
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