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No último domingo, o jornal “O Estado de
São Paulo” publicou uma reportagem em que referia algumas palavras críticas do
General Augusto Heleno em relação ao Sínodo da Amazônia, convocado pelo Papa
Francisco para celebrar-se em Roma, no próximo mês de outubro.
Segundo o jornal, o governo estaria preocupado com o fato de que o “clero progressista” aproveitará a ocasião do Sínodo para alavancar a agenda de esquerda, angariando apoio internacional e ingerindo em assuntos de segurança interna do país. “Estamos preocupados e queremos neutralizar isso aí”, teria dito o General Heleno.
Embora alguns comentaristas
tenham querido minimizar o assunto, o alvoroço criado pela reportagem foi
imediato. O cardeal Cláudio Hummes, cuja atuação com vistas à ordenação de homens casados é tão intensa quanto silenciosa, reagiu prontamente, assim como Dom Erwin Kräutler. Mas não parou por aí!
O ex-seminarista, amigo
pessoal de Dom Leonardo Steiner e Ministro do Governo Dilma, Gilberto Carvalho,
um dos figurões do PT, também veio em defesa dos bispos, preocupado com o monitoramento dos mesmos, e
afirmou que “o Sínodo é uma iniciativa da Santa Sé que articula bispos de toda
a Amazônia que vai muito além do Brasil”. Devoto, não?!
O próprio PT publicou uma nota em que declara veementemente que
“espionar Igreja é volta à repressão”. O partido acusa o General Heleno de
intolerância, autoritarismo, espionagem, pois “ataca politicamente a Igreja,
por debater em alto nível a realidade da Amazônia” e conclui dizendo que “o
Sínodo da Amazônia é uma grande oportunidade de trazer esses temas à evidência.
É um espaço qualificado de informação, debate e mobilização. Tratá-lo como
ameaça à soberania ou à segurança nacional é sintoma de ignorância e
preconceito”.
O candidato derrotado na
eleição de 2018, Fernando Haddad, também comentou o assunto: “Vaticano comuna: Bolsonaro vê Igreja Católica como opositora, por discutir temas
considerados de esquerda”. Comentando que “Bolsonaro quer que Itália pressione
Vaticano a censurar bispos sobre pauta ambiental”, Haddad diz: “estive com o Papa discutindo a encíclica Laudato Sì. Acho
difícil ele abrir mão das suas convicções para adotar as de Bolsonaro”. A conjectura de que o Planalto atuaria junto ao Vaticano através da Embaixada da Itália é, também, do “Estadão”.
A reação chegou a níveis tão
altos que o Deputado Marcio Jerry, do PCdoB, apresentou requerimento para convocação do General Heleno à Câmara, a fim de que explique a alegada espionagem do
clero progressista quanto ao Sínodo da Amazônia.
Por que tanto medo de uma
eventual investigação? O que os bispos têm a esconder?
Ainda ontem, o jornalista
Cristian Derosa publicou um artigo intitulado “Fundações estrangeiras doaram US$ 52 milhões às pautas do Sínodo da Amazônia”. O
autor afirma que “com base no banco de dados das fundações internacionais, só
em 2014, o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) recebeu 450 mil dólares
somente da Fundação Ford, entidade que financia outras centenas de pautas,
indigenistas, quilombolas, questão racial, identidade de gênero, aborto,
audiência de custódia e desarmamento no Brasil. Já a Pastoral Carcerária,
também ligada à Igreja Católica, recebeu 420 mil dólares entre 2016 e 2018, da
mesma fundação. O mesmo dinheiro que organiza eventos LGBT é doado a entidades
albergadas na estrutura da Igreja Católica no Brasil. Segundo o mesmo
levantamento, pautas relacionadas ao território nacional receberam, de outras
grandes fundações internacionais, 52 milhões de dólares entre 2013 e 2018”.
Será que, por trás da cortina de fumaça da ordenação dos homens casados, na verdade,
esconde-se um grande esquema financeiro respaldado pelo dinheiro de fundações
internacionais, que visam a internacionalização da Amazônia como meio de
subtraí-la do governo brasileiro? Estaria o serviço de inteligência brasileiro
mais bem informado do que parece? A reação desproporcional da esquerda não é
sintoma de que podemos estar debaixo de uma impostura histórica absurda, a cuja
agenda o Papa Francisco submeteu a Igreja Católica, com o apoio devoto dos
bispos vermelhos?
O frenesi foi tamanho que até
Dom Steiner fez um vídeo,
dizendo que o “Sínodo é da Igreja e para a Igreja”. Mas, onde está sua Igreja
inclusiva, Dom Leonardo?! Precisamos criar pontos, não muros!…
Que a Igreja Católica tenha se
tornado o quintal da Alemanha, todos já sabem. Assim foi com a agenda da
comunhão aos recasados e assim será com a agenda da ordenação de homens casados
e de mulheres. Só os patrícios de Lutero se empolgam com essas invencionices!
Mas que tudo isso seja usado como capa para esconder um esquema internacional de
poder, para nós, é uma grande surpresa – e tudo em nome de “uma Igreja pobre e
para os pobres!” – Quanta mentira!
Já dissemos anos atrás que a última esperança do PT era a CNBB e, agora,
após a eleição de Bolsonaro, publicamos um editorial mostrando como os bispos vermelhos, aliados ao Papa
Francisco, tentariam criar um novo eixo para a esquerda internacional.
Em nota à imprensa, o Gabinete de Segurança Institucional separou muito bem as
coisas: de um lado, a Igreja Católica não está sob nenhum tipo de ação do
governo, mas, de outro, as pautas do Sínodo da Amazônia preocupam, sim, a
estabilidade da segurança nacional.
Parece, realmente, que a
prioridade do papa argentino é chefiar a esquerda internacional!
Título, Imagem e Texto: FratresInUnum.com,
12-2-2019
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