segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

O plano da Lufthansa para salvar a Varig


Carlos Martins, AeroIN

O ano era 2005. A Varig, a maior estrela brasileira, estava no seu pior momento: dívidas bilionárias e uma imensa confusão institucional. A companhia já tinha passado por inúmeras administrações nos últimos meses, mas nenhuma chegou perto de resolver o problema da empresa.


E é aí que entra a Lufthansa Consulting, renomada empresa de consultoria subsidiária da companhia aérea alemã. A empresa fez um plano para salvar a aérea brasileira, que nunca foi posto em prática, mas que revelava os principais problemas da Varig, e como seria possível solucioná-los.

As informações a seguir foram todas extraídas do “VARIG Recovery Plan – Operational Restructuring Plan” da Lufthansa Consulting, concluído no dia 9 de setembro de 2005. São mais de duzentas páginas elencando diversos pontos problemáticos da empresa e as práticas para reverter a situação. Selecionamos os principais pontos.

O ponto de partida
Toda a estratégia do plano era para um prazo de cinco anos, com meta de aumentar a margem operacional da companhia de 0,7% para 5,2% no primeiro ano e 12% nos quatro anos seguintes.

Para isso a Lufthansa elencou os principais problemas e ameaças na Varig na época:

o    Dívidas de $4 bilhões de dólares sem condições de serem pagas (falta de liquidez);
o    14 aeronaves paralisadas que causavam prejuízos e constantes reajustes na malha;
o    Frota diversificada com os Boeing 727F, 737-300, -400, -500, -700 e -800, 757, 767, 777 e McDonnell Douglas MD-11, além de problemas de falta de padronização em aeronaves do mesmo modelo que possuíam motores diferentes e configuração interna distinta;
o    Excesso de pessoal: em torno de 1650 pilotos e copilotos, sendo que o número necessário era bem abaixo disso;
o    Falta de consciência da situação delicada da empresa pelos empregados e sindicatos. Pedidos e demandas eram realizados sem considerar o risco que isso traria para a empresa.

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Via Heitor Volkart

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