Carlos Martins, AeroIN
O ano era 2005. A Varig, a
maior estrela brasileira, estava no seu pior momento: dívidas bilionárias e uma
imensa confusão institucional. A companhia já tinha passado por inúmeras
administrações nos últimos meses, mas nenhuma chegou perto de resolver o
problema da empresa.
E é aí que entra a Lufthansa
Consulting, renomada empresa de consultoria subsidiária da companhia aérea
alemã. A empresa fez um plano para salvar a aérea brasileira, que nunca foi
posto em prática, mas que revelava os principais problemas da Varig, e como seria
possível solucioná-los.
As informações a seguir foram
todas extraídas do “VARIG Recovery Plan – Operational Restructuring Plan” da
Lufthansa Consulting, concluído no dia 9 de setembro de 2005. São mais de duzentas
páginas elencando diversos pontos problemáticos da empresa e as práticas para
reverter a situação. Selecionamos os principais pontos.
O ponto de partida
Toda a estratégia do plano era
para um prazo de cinco anos, com meta de aumentar a margem operacional da
companhia de 0,7% para 5,2% no primeiro ano e 12% nos quatro anos seguintes.
Para isso a Lufthansa elencou
os principais problemas e ameaças na Varig na época:
o Dívidas
de $4 bilhões de dólares sem condições de serem pagas (falta de liquidez);
o 14
aeronaves paralisadas que causavam prejuízos e constantes reajustes na malha;
o Frota
diversificada com os Boeing 727F, 737-300, -400, -500, -700 e -800, 757, 767,
777 e McDonnell Douglas MD-11, além de problemas de falta de padronização em
aeronaves do mesmo modelo que possuíam motores diferentes e configuração
interna distinta;
o Excesso
de pessoal: em torno de 1650 pilotos e copilotos, sendo que o número necessário
era bem abaixo disso;
o Falta
de consciência da situação delicada da empresa pelos empregados e sindicatos.
Pedidos e demandas eram realizados sem considerar o risco que isso traria para
a empresa.
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Via Heitor Volkart
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