José António Rodrigues Carmo
Cuspir para o ar não é uma atividade
cool e, por vezes, quando não vemos
de que lado sopra o vento, pode cair-nos a lostra na testa.
Durante meses, nos EUA, os "liberals" (nos EUA, o termo designa a esquerda), atacaram contundentemente Kavanaugh, por alegadamente ter, algures na sua adolescência, assediado uma mulher. Nada se provou, mas isso não impediu que os media da corda condenassem, insultassem e, de um modo geral, tratassem o juiz como um pária, racista, xenófobo, machista, fascista, e tudo o mais que é costume.
Bill Mahler, uma vedeta televisiva da moda, não teve quaisquer pruridos em derramar definitivas sentenças e avaliações morais sobre o facínora.
Mas isso foi com Kavanaugh,
que não é da malta amiga, isto é, não é "progressista".
Nos últimos dias, Biden, que
foi vice-presidente com Obama, deu a entender que poderá ser candidato à
presidência.
Várias mulheres vieram a público dar conta de que Biden as assediou e vários vídeos foram apresentados. É o tal cuspo que se atira para o ar e nos cai mais tarde na testa.
Mas como Biden é
"progressista", já não é machista, nem fascista, nem xenófobo, nem
racista, etc, assim de caras.
Segundo Mahler, que o convidou
para o seu programa, a culpa seria das mulheres, que se deviam ter queixado na
altura.
É tão bela, a hipocrisia...
Título e Texto: José António Rodrigues Carmo, Facebook, 6-4-2019
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