Aparecido Raimundo de Souza
O RAPAZ à moça dentro do ônibus lotado:
— Nossa, minha linda! Você aqui com tanta carne e eu lá em casa comendo arroz com ovo!
No restaurante, o namorado querendo fazer bonito, se declara à sua amada:
— Você é como caspa!
— Como assim? Ta louco? Bebeu?
— Calma, amor. Caspa no bom sentido.
— Não entendi...
— Sua pessoa, como um todo, não sai da minha cabeça.
Sem nexo.
Sujeito chato, trepado por cima do muro, joga conversa fora com à vizinha deliciosa metida num chorinho de lycra enterrado no bumbum:
— Você me lembra a nossa antiga presidenta!
— Quê?
— Aquela que aliás, foi a primeira e última...
— Ta louco? Precisa usar óculos. Nada a ver...
— Tudo a ver.
— Como assim? Eu não sou ela!...
— Eu sei. Mas que fique entre nós o que vou lhe dizer. Você é “dilma” beleza inconfundível e estonteante.
Inconveniente.
Na padaria, o rapaz se aproxima da atendente e puxa conversa:
— Por acaso a senhorita é diabética?
— Não que eu saiba...
— Gosta de chocolate?
— Amo!
Primeira vez.
Ele
— Fofinha, gosta de fritura?
Ela
— Claro que não. Engorda.
Ele
— Não tem problema. Tenho para você uma banana light.
Chumbos trocados.
Na saída do cinema, o cidadão ao ver uma jovem sozinha, não perde tempo. Fala:
— Posso convidá-la à me acompanhar ao pagode? É logo ali...
— Desculpe. Não gosto. Convide a sua mãe...
— Sendo assim, me emprestaria o seu pandeiro?
Quase vai tudo pro ralo.
O jovem romântico querendo fazer bonito, parte para cima de sua cara metade:
— Seu pai é um tremendo de um ladrão!
— Que foi que disse?
— Que seu pai é um tremendo ladrão...
— Que história é essa? Pirou na batatinha? Fumou um cigarrinho do capeta? Se ele souber disso, nosso namoro já era... entendeu, seu imbecil?
— Fique fria, minha alma gêmea, relaxe, minha flor mais bonita de todo meu jardim. Sabia que ele, seu velho, quando lhe concebeu roubou o brilho das estrelas e colocou nos seus olhos?
Doidão de carteirinha.
— Não sei explicar. Mas toda vez que olho para você me lembro de uma coelhinha...
— Coelhinha?
— Foi o que eu disse. Por isso queria lhe fazer uma proposta.
— Proposta? Que proposta?
— Vamos lá em casa?
— E para que eu iria à sua casa?
— Pretendo lhe dar uma bela de uma cenoura.
No restaurante o cliente engraçadinho dando uma de mané:
— Você tem um garfo aí para me emprestar?
— Garfo? Eu lhe trouxe um prato de sopa. E sopa, até onde sei, se toma com colher...
— Eu sei. É que eu particularmente gosto de contrariar tudo o que parece ser difícil aos olhos das pessoas.
Momento poético.
Agora,
lá fora,
é tarde
é triste!
O tempo,
sem tempo,
persiste,
insiste,
ficar,
lembrando
VOCÊ!
Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, de Campinas, interior de São Paulo, 13-8-2024
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