Dentre os sinais de calor estão a procura por locais mais frescos ou deitar com a barriga diretamente no chão
Ana Fernanda Freire
Com o tempo seco, baixa umidade e altas temperaturas que atingem o estado do Rio de Janeiro, tutores de animais de estimação devem ficar em alerta para alguns cuidados especiais. Ao DIA, especialistas explicam os sintomas apresentados pelos pets em caso de muito calor e oferecem dicas de como ajudá-los.
Foto: Renan Areias/O Dia |
Para Diogo Alves, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro (CRMV), enquanto os responsáveis pelos pets sofrem com problemas relacionados ao pulmão, em cães e gatos, os problemas são respiratórios e oculares. "Assim como as pessoas, os pets apresentam sintomas como coceiras nos olhos, boca seca, cansaço, dificuldade para respirar e desidratação", disse.
Ainda segundo Diogo, gatos persas e cães da raça shih tzu, buldogue francês e pug, conhecidos pelo formato achatado do rosto e focinhos curtos, podem desenvolver com mais facilidade problemas respiratórios durante os dias mais secos.
Complementando o colega de profissão, a médica veterinária pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Fernanda Martins Gonçalves, reforçou que cães e gatos não suam, além de possuírem uma área de troca de calor muito inferior aos dos seres humanos, sofrendo ainda mais com as altas temperaturas.
"Nós conseguimos dissipar calor por toda extensão de pele. Já cães e gatos fazem a troca pelos coxins (pés) e pela respiração, então a probabilidade de sofrerem hipertermia (situação que acontece quando o corpo fica com uma temperatura mais elevada do que normal) é muito maior que a nossa. Eles aquecem muito mais rápido devido a essa condição fisiológica e esse aquecimento pode ser tão súbito e perigoso que se não observado e intervindo rapidamente pode resultar em morte", explicou.
Sinais de alerta
Os sintomas de uma hipertermia começam quando o animal acelera muito o padrão respiratório, fica ofegante, com a língua bem exposta, e boca bem aberta. Essa é uma tentativa compensatória do organismo em dissipar o calor e reduzir a temperatura corporal, porém, com o ar quente e seco, esse mecanismo não costuma se fazer suficiente para estabilizar o animal hiperaquecido.
Outros sinais em que os
animais estão tentando aliviar o calor são: tentar beber água e procurar locais
mais frescos ou deitar com a barriga diretamente no chão mais frio.
Em casos mais graves de hipertermia pode haver vômitos, urina com sangue, convulsões e petéquias pelo corpo. Esses são sinais de agravamento e podem levar a internação.
Dicas
Os especialistas ofereceram
dicas importantes que podem ajudar os pets durante o calor, dentre elas manter
sempre disponível sombra e uma fonte de ventilação/climatização adequada.
Confira abaixo:
- Conferir a alimentação, se o
pet está comendo bem, se continua ativo e brincando
- Levar sempre recipientes de água para os passeios.
- Em casa, trocar a água várias vezes ao dia.
- Deixar toalhas molhadas ou bacias com água próximas aos locais de descanso.
- Umidificadores de ar também
são recomendados.
- Evitar passeios nos horários mais quentes do dia, ou seja, preferir os horários mais frescos como até 8h ou depois das 16h, mas se certificando que o chão onde o animal esteja pisando esteja fresco.
- Evitar tosar na máquina curta animais de pelos longos, já que o pelo é uma proteção térmica.
- Para cães, ofertar
enriquecimentos ambientais gelados, como picolés de fruta naturais, pedrinhas
de gelo etc, de acordo com a indicação do médico veterinário.
- Para gatos, ofertar sachê
diariamente, água fresca, sombra, picolés de sachê.
Título e Texto: Ana
Fernanda Freire, O
Dia, 13-9-2024, 20h13
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