quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Câmara do Rio reconhece cachorro-quente da Geneal como bem cultural imaterial

População considera a marca como parte da identidade gastronômica carioca, assim como o Mate-Leão e o Biscoito Globo. Hot Dog é vendido na cidade desde 1963

Patricia Lima


Há 60 anos compondo a paisagem do Rio de Janeiro, o cachorro-quente da Geneal foi reconhecido pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro (CMRJ), nesta quarta-feira (30), como um Bem Cultural de Natureza Imaterial. De autoria do presidente da Casa, o vereador Carlo Caiado (PSD), o Projeto de Lei n° 3.203/2024 foi aprovado, em segunda discussão, e segue para ser sancionado ou vetado pelo prefeito Eduardo Paes (PSD).

“O cachorro-quente da Geneal está na memória afetiva dos cariocas. Junto com o Biscoito Globo e o Mate-Leão, faz parte da rotina da cidade. Experimentar esta carioquice é quase que uma tradição para turistas e amantes do Rio”, justificou o autor do PL, segundo a Tupi.

O cachorro-quente da Geneal começou a ser vendido nas ruas da Zona Sul, em 1963. O sucesso durou décadas. Vendido ao longo da orla, em inconfundíveis e coloridas carrocinhas, o hot dog passou a integrar a paisagem do Maracanã ao ser comercializado a tiracolo pelos ambulantes durante as partidas de futebol. Os frequentadores dos shows e eventos no Circo VoadorRock in Rio e o Rio Open de Tênis, também passaram a saborear o tradicional e assertivo sanduíche.

Bruxas e monstros estão à solta na Cidade Maravilhosa

Festas de Halloween crescem e ficam cada vez mais divertidas

Waleria de Carvalho

Nesta semana, um baile no Hotel Copacabana Palace reuniu centenas de bruxos, bruxinhas e monstros dos mais variados tipos que só queriam mesmo se divertir. Esse o caso do jornalista Acyr Méra Junior e seu marido, o produtor de eventos Vagner Marins Gomes, que adoram participar desse tipo de evento.

"Eu vejo o Halloween se popularizando cada vez mais no Brasil. Para mim qualquer oportunidade de celebrar, estar com pessoas queridas é válida. Temos o nosso carnaval que também é festejado em diversos outros países e acho essa unificação de culturas muito interessante. Vale ressaltar também que gera diretamente e indiretamente várias oportunidades de emprego para produtores, maquiadores, estilistas, garçons, bartender e outros profissionais", diz Vagner.

Acyr também é adepto da comemoração e agora pesquisa até as fantasias. "Apesar de muita gente implicar com a data, por achá-la americanizada demais, eu sou fã das festas de Halloween. Reparo que elas têm crescido muito por aqui, só nesse ano tive convite para quatro do gênero. Escolher a fantasia, se pintar...gosto de todo o processo que envolve a data. Antes botava uma máscara, roupa preta e estava pronto. Agora, não: pesquiso na Internet as fantasias que estão em alta, me preocupo e capricho nos looks", diverte-se Acyr Méra Junior.

Historiador já foi 'vampiro'

Assim como Acyr e Vagner, o historiador Milton Teixeira também acha os festejos sensacionais. "Trata-se de uma festa cristã. Comecei a promover festa de Halloween no cemitério da Penitência, no Caju, eu ia de vampiro e minha esposa de bruxa, mas Dom Orani Tempesta não gostou muito e parei. Isso tem uns quinze anos mais ou menos. Era um sucesso. Muita gente participava. Fiz dois e parei. Ainda tenho a fantasia. Até posso voltar com a festa desde que o cemitério não seja católico", brinca.

[Viagens & Destinos] De carro pelo subúrbio carioca


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Caminhos da História: Guimarães, Rio de Couros 
De Copacabana ao Parque Madureira 
Todos os Postos do Leme ao Leblon 
Um típico domingo carioca 
Aqui nasceu o samba carioca - Pedra do Sal 
Beco da Fome – Copacabana 
Mosteiro de São Bento no Rio de Janeiro

[Fotografando por aí] Ponte Vecchio

Ponte Vechio, Florença, outubro 2024

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Lotado 
Veículo de duas portas 
Douro a perder de vista... 
Restauradores 
Praça do Comércio, Lisboa, julho de 2024 

30-10-2024: Oeste sem filtro – Gilmar Mendes defende ‘regulação’ das redes sociais + Moraes cita uso de estilingue e bola de gude para condenar réu do 8 de janeiro por golpe de estado…


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A L E R T A!!

Se você possui bolas de gude em casa, poderá receber a visita da Polícia Federal a qualquer momento.

Segundo o iluministro Careca de Imoraes, estilingue e bola de gude são armas que atentam contra a democracia e poderão ser usadas numa tentativa de golpe de estado.

Título e Texto: Alfred NewmannX, 30-10-2024, 11h

[Daqui e Dali] Como nasceram as "palavras cruzadas"

Humberto Pinho da Silva

Encontrava-se Victor Orville encarcerado em escasso cubículo de prisão sul-africana.

Sentia-se depressivo, angustiado entre quatro paredes, em doentia ociosidade, contando dia a dia com amargura, os solitários meses de prisão.

Era preso educado, respeitador, bem diferente dos demais, que permaneciam no cárcere.

Aventurou-se certo dia solicitar papel e lápis. De pronto foi atendido. Estavam convencidos que desejava escrever suas tristes memórias.

Ficaram, todavia, estupefactos, ao verificar que o preso apenas formava pequenos quadrados, cruzando linhas horizontais com as verticais, enchendo-os com letras, que formavam palavras. 

Depois pediu dicionário, e como não havia motivo de o negar atenderam ao pedido.

Orville passava todo o santo dia a preencher quadradinhos e a consultar o dicionário.

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

O discurso da extrema-esquerda

Henrique Pereira dos Santos

“Nós temos é que matar o homem branco como sugeria o [Frantz] Fanon. O homem branco que nos trouxe até aqui tem de ser morto. Para evitarmos – como dizia Orlando Patterson – a morte social do sujeito político negro é preciso matar o homem branco, assassino, colonial e racista“.

Esta é uma famosa frase de Mamadou Ba [foto], que os polígrafos desta vida dizem que não pode ser descontextualizada e que o próprio Mamadou Ba considera desonestamente citada, se tirada do contexto, mas a frase é mesmo esta e Mamadou Ba está (evidentemente em sentido figurado) a reconhecer razão a Fanon (que tinha sido referido por alguém da assistência a quem Mamadou Ba está a responder).

Agora imaginemos que uma frase absolutamente simétrica (incluindo no contexto) era dita por alguém da "extrema-direita".

Lembrei-me disto porque um amigo meu ficou muito indignado por eu ter feito um post a perguntar qual era mesmo o perigo da extrema-direita, tendo esse meu amigo ficado à espera que eu escrevesse um post sobre as declarações de dirigentes e afins do Chega.

Como há milhares de pessoas a sinalizar a sua virtude assinando uma petição para criminalizar a liberdade de expressão, como eu não preciso de fazer essa sinalização e não tenho qualquer razão para andar a comentar as tolices de Ventura e afins (sendo as tolices auto-evidentes, para mim, não se ganha nada em andar a martelar na mesma tecla, excepto no caso de achar que a liberdade de expressão deve ser limitada à expressão da virtude), achei boa ideia passar antes os olhos pelo discurso da extrema-esquerda sobre a gestão dos subúrbios pobres das grandes cidades.

Como disse, e muito bem, Rui Moreira, o discurso de que a única face do Estado nesses subúrbios é a polícia é falso, a habitação, ou pelo menos os serviços urbanos de água, electricidade e tratamento de resíduos, é providenciada pelo Estado, as prestações sociais são uma das grandes fontes de rendimento desses bairros (não há, nesta afirmação, qualquer juízo de valor, também é a Segurança Social o principal financiador do mundo rural, atualmente), os transportes públicos servem esses bairros, as escolas e creches existem, a prestação de cuidados de saúde existe, etc.

Mendiga ataca pedestres em Copacabana

Fora de controle, população de rua do bairro ataca de forma inclemente pessoas de todas as idades a qualquer hora do dia ou da noite


Patricia Lima

Copacabana, o bairro da Zona Sul carioca que nunca dorme, está cada vez mais perigoso, apesar de todos os esforços para que a “Princesinha do Mar” volte aos templos gloriosos de outrora, com a inauguração da casa de espetáculos Roxy Dinner Show sendo a maior ação nesse sentido. Esta semana, aconteceu mais um episódio degradante envolvendo moradores de rua, em um dos pontos mais nobres do bairro.

No vídeo registrado por câmeras locais, uma mendiga, que parece estar sob efeito de drogas, mexe nas mãos, enquanto duas mulheres andam pela calçada tranquilamente. A mulher, visivelmente desorientada parte para cima da dupla, agarrando uma delas, que recebe um soco e cai na calçada. A amiga, assustada, presta-lhe socorro, erguendo-a do chão. Após agredir impiedosamente a mulher, a moradora de rua atravessa a rua como se nada tivesse acontecido.

O ataque criminoso aconteceu na Rua Barão de Ipanema, quase esquina com a Avenida Atlântica. Apesar de um ser um dos pontos nobres do bairro, perto de restaurantes e hotéis de qualificação internacional, quem passa, mora ou trabalha no local tem penado com as ações incontroláveis de moradores de rua e usuários de drogas.

Infelizmente, as cenas de ataques contra mulheres, senhoras e adolescentes são frequentes. Mas o descontrole local é diuturno e envolve xingamentos, atos obscenos, consumo de entorpecentes e furtos. Segundo Adriano Nascimento, gerente predial do Edifício Lellis, localizado muito próximo onde se deu o crime de agressão, a mendicância vem tomando conta da região:

“Todos os dias são cometidos crimes e ataques de mendigos aos pedestres, especialmente junto à esquina da Rua Domingos Ferreira com a Barão de Ipanema, onde uma verdadeira colônia de moradores de rua passou a existir. O grupo, além de atacar os passantes, faz gestos obscenos, abaixa as calças mostrando os órgãos genitais às crianças, entre outras ações que têm deixado moradores e trabalhadores do bairro reféns da violência”, contou Nascimento ao DIÁRIO DO RIO. 

Edifício Avenida Central celebra alta ocupação e retomada econômica no Centro do Rio

A taxa de ocupação do empreendimento é uma das mais altas dos últimos anos, especialmente no primeiro piso, onde apenas 10% dos espaços estão desocupados. A Galeria de Lojas está lotada e voltou a ser referência

Victor Serra

Com 63 anos de história, o Edifício Avenida Central, no Largo da Carioca, comemora o melhor momento do Centro do Rio no período pós-pandemia. Inaugurado em 1961, o edifício de 110 metros de altura tem uma torre comercial de mais de 30 andares — uma das mais altas do Centro — e uma galeria de três andares que funciona como minishopping, conectando a Avenida Rio Branco ao Largo da Carioca. A taxa de ocupação na galeria de lojas do empreendimento é uma a mais alta dos últimos anos, especialmente no primeiro piso, onde apenas 10% dos espaços estão desocupados – restando apenas três lojas sem atividade.

A famosa galeria que liga a Avenida Rio Branco ao Largo da Carioca, entre a estação do metrô da Carioca e a rua de mesmo nome volta à vida com uma grande ocupação de suas lojas. Conhecida no passado por sua praça de alimentação e pelos boxes e lojas de informática, volta agora a ser um importante centro comercial num Centro que ressurge com grande movimento aos sábados e florescente atividade cultural e de entretenimento, sem contar os lançamentos residenciais que devem trazer mais se 30.000 moradores para a região nos próximos poucos anos. 

Nos pisos superiores da galeria, onde predominam lojas de informática, a taxa de ocupação chega a 70%, refletindo o avanço de uma nova fase da área. Além disso, abriga restaurantes tradicionais do Rio que, diariamente, são tomados por clientes, especialmente no horário do almoço, muitas vezes com filas e movimento intenso. O cenário se contrasta com o período da pandemia, quando quase 90% das lojas ficaram vazias dentro do famoso Avenida Central, que desde os anos 50 até a pandemia sempre foi muito movimentado.

Invicta Jersey: camisola especial de Halloween já disponível

Edição exclusiva e limitada produzida em parceria com a New Balance

A edição é especial de Halloween, mas está longe, muito longe de assustar. Pelo contrário, a Invicta Jersey é um encanto! 

Trata-se de uma edição especial, exclusiva e limitada, produzida em parceria com a New Balance, e que já está disponível nas FC Porto Stores, bem a tempo de celebrar de uma forma especial a noite mais assustadora do ano. 

A Invicta Jersey é uma camisola única, desenhada para captar o espírito indomável e resiliente da cidade do Porto, que tem o cognome de "Invicta" pela sua resistência e coragem ao longo da história. 

Com cores escuras e sóbrias, carrega a essência de uma cidade que não se rende, sendo uma homenagem tanto ao passado como à garra atual dos portistas. 

Zózimo, entre a fromagerie e o catupiry, só queijo francês!

Roger Rocha Moreira

Na longínqua quarta-feira santa do ano de 1969, o jornalista carioca, Zózimo Barrozo do Amaral [foto], foi preso e levado para o Batalhão da Polícia do Exército, na Tijuca.

Foto: Joëlle Rouchou/Divulgação/Intrínseca

No segundo dia em que estava no local, sua esposa, Márcia Barrozo do Amaral, conseguiu visitá-lo e levou uma cesta da Lidador, fina loja de importados. A cestinha estava repleta de queijos camembert, brie, roquefort e outras estrelas da fromagerie francesa. Zózimo, morto de vergonha com a ostentação em pleno território dos que brigavam pela ascensão do proletariado faminto, colocou as iguarias no mesão socialista. Depois, cochichando, deu um toque em Márcia: "da próxima vez traz catupiry."

Dois dias depois daquele banquete lá estava novamente Márcia com outra cestinha de delicadezas. Dessa vez elas falavam o português mais carioca possível. Nada de importados. Tinha catupiry, queijo minas e mortadela. Tudo gostoso, e agora politicamente compatível com o cenário espartano do presídio. A turma comeu, agradeceu e foi dormir.

Bezze, "chefe" dos presos, um dos organizadores da célebre Passeata dos Cem Mil pela Avenida Rio Branco e membro do Centro Acadêmico Cândido Oliveira da Faculdade de Direito da UFRJ, percebeu a mudança de sotaque no cardápio.

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Mais um dia em Banânia…

José Dirceu, foto: Marcelo Camrgo/Agência Brasil

Rodrigo Constantino

Eu entendo. Muita gente não tem o que fazer, para onde fugir, então precisa de uma dose cavalar de esperança. Mas, como alertava Baltasar Grácian, a esperança pode ser a grande falsária da verdade. Não contem comigo para vender conforto ilusório.

Estou no "negócio" de falar a verdade desde sempre, fazendo análises independentes e realistas sobre o Brasil de acordo com aquilo que vejo e acredito. Até porque acho que o primeiro passo para sair de um buraco é constatar a situação e parar de cavar...

O Brasil segue indo rápido para a vala. O jogo é outro, turma. É ter uma direita capaz de enfrentar o arbítrio supremo. Quem acha mesmo que fazendo acenos aos donos do poder vai conseguir vitórias importantes para o povo não entendeu nada...

Digo isso com tristeza, pois o Brasil tem deprimido qualquer pessoa honesta. Os bandidos voltaram ao poder com apoio supremo. É uma cacetada por dia em quem nutre expectativas de reverter o quadro. Apenas hoje, eis algumas notícias:

O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), decidiu retirar o PL da anistia aos presos do 8 de janeiro (Projeto de Lei 2858/22) da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. O relatório do projeto seria discutido e votado nesta terça-feira (29). Em despacho, na segunda-feira (28), Lira determinou a criação de uma comissão especial para analisar a proposta. Na prática, a decisão faz com que a discussão do projeto volte ao início.

Enquanto isso...

[Língua Portuguesa] Intitulado ou entitulado


Flávia Neves
 

A forma correta de escrita da palavra é intitulado. Entitulado está errado. Intitulado é o particípio do verbo intitular, que se refere ao ato de dar título ou nome a alguém ou a alguma coisa, bem como ao ato de ter determinado nome ou título, ou seja: chamar, denominar, designar, nomear, apelidar e batizar. Assim, devemos utilizar o adjetivo intitulado sempre que quisermos referir alguma coisa que se intitulou, sendo sinônimo de nomeado, denominado, designado, chamado, apelidado, titulado, batizado, entre outros.

A palavra intitulado é o particípio do verbo intitular, que tem sua origem na palavra em latim intitulare. Assim, as palavras intitular e intitulado deverão ser escritas com i inicial, não com e. Também com i deverão ser escritas as palavras cognatas de intitular, bem como todas as formas conjugadas deste verbo.

Exemplos:
Palavras da mesma família: intitular, intitulado, intitulamento, intitulação, …
Verbo intitular – particípio: intitulado
Verbo intitular – Pretérito perfeito do indicativo:
(Eu) intitulei
(Tu) intitulaste
(Ele) intitulou
(Nós) intitulamos
(Vós) intitulastes
(Eles) intitularam

Exemplos:
Aquele funcionário foi intitulado chefe do grupo de trabalho.
Este livro será intitulado novamente, porque seu nome é ambíguo.
O morador do quinto andar foi intitulado síndico do prédio.

Texto: Flávia Neves, Dúvidas de Português 

Colunas anteriores: 
Discordar COM ou discordar DE? 
Parabéns pra você! 
Taquigrafia ou Estenografia? 
Caixa de Pandora

[Quadro da Quarta] Raposas

Bruno Liljefors, 1886, Museu de Arte de Gotemburgo, Suécia 


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L’adoration des mages 
A batalha de Lexington
Café Nicola, Lisboa
Madison Square Garden

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Será possível, por meios democráticos e pacíficos, vencer a pressão crescente dos diversos aspirantes ao domínio global – califado islâmico, eurasianismo e globalismo ocidental?


Walter Biancardine

Quiçá contarei meia dúzia de leitores que, como eu, examinem a atual geopolítica e concluam ser a melhor saída cavar abrigos subterrâneos ou refugiarem-se, via Space X, em alguma estação orbital da NASA. E explicarei as razões de tal desalento.

Nítida é, aos meus olhos, a pressão crescente – principalmente impulsionada pela mídia mainstream – das forças motoras dos diversos aspirantes ao domínio global: califado islâmico, eurasianismo e o comuno-globalismo ocidental. Diante de ações cada vez mais ousadas, incisivas e sem nenhuma reação das potências tradicionais do ocidente – concluir pela cumplicidade de seus governos é de uma obviedade primária, desnecessário discutir.

punctus dolens é exatamente este grau de ousadia e avanço, o qual nos deixa poucas ou nenhumas opções de reações políticas, pautadas pela civilidade diplomática. Em minha antiga ocupação na aviação, poderia chamá-lo “ponto de não-retorno” o qual, uma vez ultrapassado, já não existirão meios de se retornar ao aeródromo de partida.

Temos uma Europa despovoada de europeus e invadida por imigrantes árabes, africanos, ou seja lá quais mais forem suas origens, mas quase todos – quase todos – coincidentemente homens jovens, sem família, soldados perfeitos, em suma. Temos também uma avalanche cultural a prestigiar o lumpemproletariado – leia-se imigrantes e minorias – impondo sua (des)cultura, (falta de)valores e exaltando a destruição de nossos símbolos, heróis e história.

Do mesmo modo a mídia mainstream os louva e conduz o cidadão comum – pelas orelhas – a encará-los como “amigos precisando de ajuda”, apontando o dedo em nossas caras e expondo nossa suposta falta de empatia, compaixão e amor ao próximo. Esta mesma mídia os eleva a cargos políticos, os canoniza como ídolos populares e, no frigir dos ovos, faz-nos concluir que a minoria – privilegiada e desumana – somos nós.

Radar descalibrado em Olaria registra velocidades surreais

O equipamento chegou a registrar 155 km para um veículo e uma bicicleta passou, segundo o radar, a 72 km/h


Larissa Ventura

Chamou a atenção e causou preocupação a forma que um radar descalibrado na Zona Norte do Rio de Janeiro tem marcado velocidades surreais. O equipamento chegou a registrar 155 km para um veículo e já “multou” até ciclistas, segundo relatos. Uma bicicleta passou, segundo o radar, a 72 km/h.

O equipamento fica na Rua Leopoldina Rego, em Olaria, cujo limite é de 50 km/h. Funciona com sensores no asfalto e câmeras, e um visor metros à frente informa a quantas o motorista anda.

Moradores da região relataram ao portal de notícias “g1” que o aparelho também acende mesmo quando não tem carro algum. Não se sabe se os “flagrantes” de fato viraram multas.

A CET-Rio informou que já providenciou o conserto do equipamento

Título e Texto: Larissa Ventura, Diário do Rio, 28-10-2024 

Pouco a comemorar

Rodrigo Constantino

Comecemos pelo mais relevante: o comunista invasor de propriedades, adorado pelos artistas, "intelectuais" e "jornalistas", não é o futuro prefeito da cidade mais rica do país. Alívio imediato! Guilherme Boulos moderou a estética e o discurso, teve ajuda da Globo e dos artistas, gastou uma fortuna na campanha, e perdeu. 

Foto: Luís Blanco

O PT transferiu uma montanha do nosso dinheiro de impostos ao seu candidato, Lula foi seu garoto-propaganda, mas mesmo com 16 vezes mais recursos, o líder do MTST amargou o mesmo resultado, em torno de 40% dos votos. O PSOL não tem nenhuma prefeitura, e mesmo o PT levou só Fortaleza nesse segundo turno. 

A cegueira dos iludidos me preocupa bastante. Querem enxergar uma onda avassaladora da direita, um toque de Midas de Bolsonaro, mas a realidade é mais amarga 

O sentimento antipetista segue bem forte no Brasil, e isso é boa notícia. Também é algo positivo o fato de que a direita conseguiu crescer em eleição municipal, tradicionalmente dominada pelo centrão fisiológico. As pautas são menos nacionais e ideológicas, e vale o peso da máquina. Mas bolsonaristas como Nikolas Ferreira e o próprio Jair Bolsonaro foram cabos eleitorais importantes, ainda que não milagrosos. 

Após esse começo promissor, a ducha de água fria: o centrão fisiológico continua sendo a força mais poderosa na política local. O PSD do Kassab levou quase 900 prefeituras, e mostrou suas garras. Mesmo em SP, o vencedor, Ricardo Nunes, é mais kassabista do que bolsonarista. O discurso de Nunes é anticlímax para os bolsonaristas mais animados: 

Lula e o PT desistiram de fazer política através dos meios democráticos

J.R. Guzzo

Um partido político, sobretudo aquele se vê como o único autorizado a receber os votos da classe operária, está realmente na bacia das almas quando chega o dia das eleições para prefeito e a sua maior ambição é ganhar a eleição em Fortaleza. E o resto do Brasil? Uma migalha aqui e ali, entre 5.500 municípios. Nem nas 27 capitais, só nelas, onde deveria estar o eleitorado “progressista” e mais esclarecido?

Foto: Sebastião Moreira/EFE

Enfim: nem no Nordeste, onde o tal partido explora há 40 anos a miséria para arrecadar voto? Nem e nem. Tudo o que o PT de Lula conseguiu, nas eleições encerradas no domingo, foi ganhar em uma única capital, Fortaleza – e, assim mesmo, por miseráveis 0,7% de diferença. Foi a pior derrota que o partido já teve em toda a sua história. 

A calamidade fica ainda mais chocante levando-se em conta que o PT disputou essa eleição com Lula na Presidência da República e com o Tesouro Nacional sendo saqueado o tempo todo para financiar os candidatos do partido e seus aliados. Igualmente prodigioso é o fato de que o PT, que governa o país, nem sequer lançou candidato na maior cidade do país, São Paulo – nem na segunda, o Rio de Janeiro. Como seria possível uma coisa dessas? O partido que manda e tem o presidente não consegue ter candidato no maior colégio eleitoral do Brasil, com 9,5 milhões de eleitores? Está fazendo o que na política, então? 

A derrota de Lula, do PT e da esquerda em geral nas eleições municipais, é mais uma tradução, em números, da realidade mais óbvia da política brasileira – e talvez a mais detestada pela maioria dos comunicadores

A experiência mostra que as misérias da vida raramente deixam de vir em companhia de outras, e não foi diferente desta vez. Em São Paulo, além de não ter candidato, Lula e o PT – e acima de tudo Lula – foram capazes de escolher possivelmente o pior candidato existente do Oiapoque ao Chuí para dar o seu apoio. Justo na capital do capitalismo brasileiro, acharam uma boa ideia jogar tudo num cidadão que é contra a propriedade privada. É também, invasor de terreno dos outros, aliado dos terroristas do Hamas e você imagina o que mais. Socaram R$ 80 milhões na sua campanha – dez vezes mais que na última tentativa eleitoral do candidato. Só por um milagre chegou ao segundo turno, e aí levou uma surra com 1 milhão de votos de diferença. 

Vasco leva susto, mas vence o Bahia em São Januário

O Vasco da Gama levou um susto, mas conseguiu vencer o Bahia por 3x2 em São Januário, pela 31ª rodada do Brasileiro

França Fernandes

O Vasco levou um susto, mas conseguiu vencer o Bahia por 3 a 2 em São Januário, na noite desta segunda-feira (28), pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Cruzmaltino pisou no acelerador no primeiro tempo e abriu boa vantagem com Emerson Rodríguez e Payet (2). Diante do cenário, Rogério Ceni mexeu no time, e Luciano Rodríguez descontou antes do intervalo. Na etapa complementar, Ademir anotou o segundo do Esquadrão e botou fogo no jogo. O time de Salvador pressionou e quase conseguiu o empate nos acréscimos, porém Léo Jardim apareceu e salvou.

Foto: André Durão

Com o resultado, o Vasco chegou aos 43 pontos e aparece em nono. Agora, o foco é na 32ª rodada do Brasileirão. A equipe de Rafael Paiva volta a campo no dia 5 de novembro (terça-feira), às 21h30, para enfrentar o Botafogo no Estádio Nilton Santos.

O jogo

O Cruzmaltino foi amplamente superior ao Bahia no primeiro tempo. O adversário até teve a bola nos primeiros minutos, mas não incomodava. Já o Vasco conseguia assustar e aproveitou um vacilo do Esquadrão para abrir o placar logo aos 12 minutos. Puma Rodríguez finalizou bonito de perna esquerda, e o goleiro Marcos Felipe deu rebote. Emerson Rodríguez estava ligado no lance e correu para completar.

Esse não foi o único vacilo do Bahia na etapa inicial. Pouco depois, em um novo bom ataque do Vasco, Rayan foi derrubado dentro da área, e o árbitro assinalou a penalidade. Payet foi para a cobrança aos 18 minutos e balançou as redes.

Para aproveitar o bom momento, o Cruzmaltino pisou no acelerador e foi recompensado com o terceiro gol. Payet recebeu a bola no meio de campo, avançou e a marcação não chegou. Assim, o francês finalizou forte de perna esquerda no canto direito de Marcos Felipe, que nem se mexeu.

A pressão era grande, e o técnico Rogério Ceni decidiu mexer na equipe ainda no primeiro tempo. Ademir e Luciano Rodríguez entraram nas vagas de Jean Lucas e Everaldo.

Samu 'Mora' em onda demolidora. As notas do AVS-FC Porto

Dragões golearam na deslocação à Vila das Aves e mantêm-se na 'perseguição' ao Sporting

OFC Porto conseguiu 'embarcar' na onda de triunfos convincentes dos rivais Sporting e Benfica, esta segunda-feira, ao golear na deslocação ao reduto do AVS (0-5), com destaque para o hattrick supersónico de Samu Omorodion... e ainda a estreia a marcar de Rodrigo Mora. 

Foto: Getty Images

Com duas mexidas no onze, a equipa de Vítor Bruno entrou mais forte a, após duas bolas aos ferros em apenas três minutos, o primeiro golo chegaria sensivelmente a meio do primeiro tempo, com Nico González a aproveitar um passe de Fábio Vieira para abrir o ativo (22') na Vila das Aves.

Para lá da meia hora de jogo, Samu Omorodion deu início ao seu 'show' em três atos. Aos 32 minutos, na sequência de um passe de Martim Fernandes, ampliou a vantagem, repetindo o filme, apenas meia dúzia de minutos depois, para chegar ao bis.  O terceiro festejo apareceu já aos 45+1', com o avançado espanhol a voltar a fazer das suas após um passe açucarado de Pepê. São já 11 golos em nove jogos, numa verdadeira onda demolidora.

A segunda parte não teve muito para contar, mas Rodrigo Mora ainda foi a tempo de assinar a 'chapa 5', estreando-se a marcar pela equipa principal, naquele que foi o seu segundo jogo a contar para a I Liga. Dessa forma, o FC Porto leva cinco pontos de vantagem para o Benfica (com menos uma jornada) e mantém-se no segundo lugar a três do líder e campeão Sporting, tendo destronado a invencibilidade caseira do AVS, na 12.ª posição.

Vamos então às notas da partida:

Figura

Samu Omorodion assume-se, incontornavelmente, como a grande figura do jogo, sobretudo pelo hattrick que rubricou em apenas 14 (!) minutos. O avançado espanhol foi plenamente eficaz nas três ocasiões que teve no primeiro tempo (32', 38' e 45+1') e a euforia em cada um dos festejos parecia querer dizer tudo, sendo de realçar que, na segunda metade, ainda ameaçou o 'póquer', negado por Ochoa.

[Aparecido rasga o verbo] Descascando o abacaxi, sem saber o que é um abacaxi

Aparecido Raimundo de Souza

ME PERGUNTARAM o que eu acho da “trajetória de planejamento.” Não faço a menor ideia do que seja. Contudo, para não deixar as pessoas sem uma resposta, ainda que fora da órbita contextual, eu tomei fôlego e disse que “é um caminho dinâmico e estratégico que busca transformar uma visão ou um conjunto de objetivos em realidade.” Como? Simples! Através de ações bem definidas e coordenadas. Um percurso, meio que longo e penoso, muitas vezes complexo e multifacetado, todavia, essencial tanto para projetos pessoais quanto para iniciativas empresariais e institucionais. Verdade? Sim!

O ponto nevrálgico, da coisa, ou de partida, ou via igual, de qualquer caminho obscuro e tortuoso a ser seguido, carece antes de mais nada, de um planejamento adequado com uma visão clara e bem definida do objetivo a ser alcançado ou da visão em si. Essa visão não pode ser “capenga,” menos ainda sem conteúdo preciso. Dito de forma mais abrangente. Sem uma meta específica. O planejamento “capenga,” ao qual me refiro, pode se tornar um exercício vago e sem foco. A formulação de metas, no meu entender, envolve não apenas a identificação do que se deseja alcançar, mas também a compreensão dos porquês e dos impactos desses objetivos. Isso ajuda a criar um propósito sólido e uma motivação consistente. Indestrutível.

Uma vez que o objetivo esteja claro, a próxima etapa é a análise profunda do contexto e dos recursos disponíveis. Compreender o ambiente em que se está operando se faz fundamental para um planejamento de sucesso. Isso inclui avaliar forças e fraquezas internas, mensurar milimetricamente, bem como evitar oportunidades e ameaças externas. É o que mais tem e se vê. A análise “SWOT,” ou (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats) é uma ferramenta muito importante e útil para processar esse estágio. Ela ajuda a mapear o cenário e a identificar os principais fatores que podem ou poderão influenciar no sucesso do projeto.

Com base nessa análise, é possível começar a traçar o plano de ação. Isso envolve, obviamente, definir estágios concretos, alocar recursos e estabelecer prazos. O plano deve ser perfeito, como a tirada das virgindades das nossas urnas eletrônicas em tempos de votação, notadamente detalhando o suficiente para orientar a execução de quem vai manipula-las, a depois, mas também, lado outro, flexível para acomodar ajustes e propinas, conforme as circunstâncias mudam em face das “onrosas” apurações. Uma abordagem iterativa (entenda a palavra “iterativa” como aquela que expressa um ato repetitivo), ou seja, que permitam revisões e adaptações contínuas, ainda que para ingleses e franceses rirem até os colhões fazerem bicos.

28-10-2024: Oeste sem filtro – Esquerda sofre mais uma derrota no 2º turno + PSD é o partido com mais prefeitos eleitos + Boulos gasta 50 milhões de reais a mais do que em 2020


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[Livros & Leituras] Padeira de Aljubarrota – Mulher de armas e heroína de Portugal

Maria João Lopo de Carvalho, Oficina do Livro, 1ª edição: outubro de 2013; 9ª edição: março de 2023. 568 páginas.

Muitas histórias correram sobre a humilde mulher que, em 1385, numa aldeia perto de Alcobaça, pôs a sua extrema força e valentia ao serviço da causa nacional, ajudando assim a assegurar a independência do reino, então seriamente ameaçada por Castela. É nos seus lendários feitos e peripécias, contados e acrescentados ao longo dos tempos, que se baseia este romance, onde as intrigas da corte e os tímidos passos da rainha-infanta D. Beatriz de Portugal se cruzam com os caminhos da prodigiosa padeira de Aljubarrota, Brites de Almeida, símbolo máximo da resiliência e bravura de todo um povo.

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Benefícios da leitura para a saúde mental

Daisy Gouveia

O hábito de leitura pode ser adquirido em qualquer tempo e, se você ainda não tem, tenho a certeza que depois de ler esse artigo vai correndo atrás de um livro para chamar de seu.

Vamos lá... Benefícios da leitura diária para a saúde:

Brincadeiras à parte, trago aqui os benefícios que a leitura vai trazer para sua saúde mental e física.

Para envelhecer bem, tenha um livro como companheiro. A leitura além de ser uma atividade prazerosa é um grande exercício de memória e atenção, o que nos ajudará muito na idade avançada. Quem não quer suas capacidades mentais preservadas?

A leitura melhora a nossa capacidade cognitiva, ou seja, a função de aprender, raciocinar e prestar a atenção. Estar atualizado e ter fluência verbal trará uma maior sociabilidade, o que é importante para nossa saúde mental. Poder conversar de assuntos variados.

Ainda falando em saúde mental, a leitura reduz o estresse e a ansiedade o que leva a uma melhora de qualidade de vida. Ler antes de dormir, leva você ao sono reparador.

A companhia do livro afastará a possibilidade da depressão, você nunca está sozinho quando está lendo e a história se estenderá no espaço de uma leitura e outra.

Você não precisa iniciar esse costume com um livro extenso, pode começar por artigos de jornais, crónicas ou contos e, logo estará entrando em histórias envolventes e fazendo amizade com personagens que trarão saudade no término da leitura. É importante ler todo dia! Algumas páginas, alguns minutos, mas todo dia.

Zelensky’s Exclusive Interview With Indian Media Was A Lost Opportunity For Peace

Andrew Korybko

If he had a decent head on his shoulders and was being advised by truly patriotic forces, neither of which is the case, then he’d have used this opportunity to appeal to India as a mediator instead of arrogantly making unrealistic demands of it that risk offending that country’s leadership

The Times Of India’s exclusive interview withZelensky went exactly as expected after he made unrealistic demands of India instead of appealed to it as a mediator like he should have done. He praised Modi and his country in an attempt to sweeten them up before calling for the imposition of maximum sanctions. The Ukrainian leader said that Russia’s economy, energy, and military-industrial complex must be “blocked”, which India won’t as proven by it doubling down on ties with Russia in spite of US pressure.

Zelensky also said that while he’s in favor of India holding the next so-called “peace summit”, he’ll only agree to participate if it’s held according to his country’s demands in an allusion to its “peace formula” that Russia has already ruled out as completely unacceptable. Sensing that his unrealistic demands will offend India’s leadership, he tried guilting them by claiming that neutrality actually favors Russia and then asked them to at least secure the release of what he described as “kidnapped” Ukrainian children.

While India might help Ukrainian parents reunite with their children who were separated from them by the conflict and have since been under Russia’s care, for which the “International Criminal Court” issued a purely politicized warrant for Putin’s arrest in early 2023, that wouldn’t be a unique contribution. Qatar brokered such deals in the past, and including another mediator into the mix might not be the most efficient thing to do, but Zelensky probably perceives of it as a way for India to pressure Russia.

Odair e o elitismo sistêmico


Afonso Belisário

O que está a acontecer nos subúrbios de Lisboa não tem nada de original. Odair Moniz é o George Floyd da Cova da Moura – uma vítima do sistema e um caso paradigmático da violência policial, de raiz racista. E quem disser o contrário, é supremacista branco.

Acontece que não.

Com o devido respeito e considerando o luto dos seus familiares e amigos, Odair tinha um extenso cadastro criminal e as circunstâncias que levaram à sua morte não decorrem de racismo sistémico, mas dos seus próprios atos, de natureza recorrente. O registo criminal e essas trágicas ocorrências são públicas pelo que não vale a pena demorar o dedo na ferida.

O que vale a pena sublinhar é que este guião, já usado por diversas vezes por todo o Ocidente e com consequências devastadoras no tecido social, gerando, para além da destruição física de infraestruturas, a divisão, a polarização e a dramatização de trincheiras, que de metafóricas podem rapidamente passar ao concreto, não leva a lado nenhum que seja menos que infernal.

E, o que é mais, a narrativa de vitimização daqueles que dificilmente podem ser qualificados como vítimas, se não deles próprios, acaba por prejudicar os cidadãos cujas vidas são de facto negligenciadas pelas máquinas do poder. Aqueles que cumprem abnegadamente empregos mal pagos e extenuantes, aqueles que dependem da disfunção quotidiana dos transportes públicos para se deslocarem dos subúrbios para os centros urbanos, aqueles que vivem em complexos habitacionais degradados, assolados pela droga e por conflitos étnicos e controlados por ‘empresários’ como Odair Moniz.

O beco sem saída da esquerda brasileira

Leandro Ruschel

Nos últimos dias, após os resultados desastrosos para a esquerda nas eleições municipais, tenho observado várias tentativas da militância de redação e de outros setores esquerdistas para explicar por que perderam o apoio popular.

O professor Olavo de Carvalho já apontava a crise da esquerda em 2014, quando o entrevistei: a esquerda, liderada pelo PT, se fundiu ao estamento burocrático, tornando-se parte do problema, e não uma alternativa ao corrompido establishment brasileiro.

Todo brasileiro SABE que o sistema é corrupto até o osso. Algumas pessoas não se incomodam com o fato de o sistema ser corrupto, mas sim por não estarem participando da "festa". Outras simplesmente se resignam, encarando a corrupção como uma característica imutável do país.

Por outro lado, creio que a maioria da população almeja um país diferente, e apenas a direita oferece essa visão. É por isso que Bolsonaro, ou qualquer outro líder da direita, perde apoio quando sinaliza uma maior proximidade com o sistema. Ao mesmo tempo, figuras como Marçal ganham força ao se apresentarem como candidatos antissistema, mesmo que essa postura seja, em muitos casos, artificial.

A esquerda perdeu relevância porque deixou de oferecer uma alternativa viável. Lula, por exemplo, nada mais é do que um escudo para o sistema. Ele foi descondenado e elevado à presidência para cumprir esse papel, e muitos na própria esquerda já perceberam isso. Daí a desilusão.

Última semana de outubro será de tempo fechado e chuva no Rio

Previsão aponta para dias nublados com ventos de fracos a moderados nos próximos dias

Altair Alves

Outubro está chegando ao fim e o tempo na cidade do Rio de Janeiro permanecerá nublado, pelo menos, até o fim da próxima semana, segundo dados do Sistema Alerta Rio.

O domingo (27/10) começou com tempo fechado e chuvoso ao longo de todo o dia. Com ventos variando de fracos a moderados, as temperaturas vão apresentar queda em relação ao sábado (26/10), com máxima de 26ºC e mínima de 19ºC.

Na segunda-feira (28/10), ventos úmidos vindos do oceano vão influenciar o tempo na cidade. Com isso, a previsão é de nebulosidade com chuva fraca a qualquer momento. Os termômetros devem variar entre 16ºC e 26ºC.

Na terça (29/10) e na quarta-feira (30/10), o panorama segue o mesmo, com previsão de chuva em ambos os dias. No entanto, a tendência é que a temperatura se mantenha estável, com mínima de 16ºC e máxima de 28ºC.

Já quinta-feira (31/10), último dia do mês, a previsão aponta para chuva moderada ao longo do dia. Com ventos mais fortes em relação aos dias anteriores, as temperaturas devem variar entre 17ºC e 28ºC.

Título e Texto: Altair Alves, Diário do Rio, 27-10-2024 

Restaurante carioca é eleito melhor de Alta Gastronomia do Brasil pelo TripAdvisor

Três restaurantes do Rio de Janeiro se destacam no Travelers’ Choice Awards Best of the Best Restaurants

Quintino Gomes Freire


O Rio de Janeiro ganhou destaque na gastronomia nacional com a nova lista do Travelers’ Choice Awards Best of the Best Restaurants, divulgada na última quinta-feira (24). No ranking, o Oro, do chef carioca Felipe Bronze, foi eleito o melhor restaurante do Brasil na categoria fine dining, com um total de 955 avaliações positivas de viajantes.

Além do Oro, outros dois endereços cariocas se destacaram na lista: o Lasai, comandado pelo chef Rafa Costa e Silva, conquistou o sexto lugar, e o Térèze, do hotel MGallery Santa Teresa, ficou em sétimo, com 1.275 reviews.

Título e Texto: Quintino Gomes Freire, Diário do Rio, 28-10-2024 

Um Dragão a sobrevoar a Vila das Aves

AVS-FC Porto está marcado para as 20h15 no Estádio do CD Aves

A 9ª jornada da Liga marca uma estreia em confrontos diretos para o FC Porto. Os portistas vão à Vila das Aves defrontar o AVS (20h15, Sport TV1), emblema que nasceu da reestruturação da União Vilafranquense Futebol SAD, em 2023, e que subiu em 2024/25 ao principal escalão do futebol português após ter ficado no terceiro posto da anterior edição da segunda liga e somado dois triunfos frente ao Portimonense no play-off.

O 12º classificado (9 pontos) ainda não perdeu em casa. A um empate com o Nacional (1-1), seguiram-se triunfos por 1-0 frente a Vitória SC e a Rio Ave antes de uma igualdade a zero com o Farense. Nenê, jogador mais velho da Liga (41 anos), resolveu o duelo diante dos vimaranenses, mas tem sido uma ausência notada no ataque desde então. Para a baliza, chegou esta temporada o experiente Guillermo Ochoa, mexicano de 39 anos que é uma das maiores figuras da seleção azteca e foi recebido com a braçadeira de capitão em Santo Tirso.

O embate terá lugar no Estádio do CD Aves, onde os azuis e brancos já alinharam em sete ocasiões. Apesar do saldo positivo - cinco vitórias e dois empates -, a última deslocação terminou com um nulo no marcador em 2019/20.

Vindos de três vitórias em competições distintas, os Dragões (24 pontos) estão focados em garantir o oitavo triunfo no campeonato - prova em que têm o segundo melhor ataque (18 golos) e a segunda defesa menos batida (4 golos) -, que lhes permitiria reaproximarem-se do Sporting, líder com 27 pontos que saiu vencedor de Famalicão no sábado.

“É verdade esses biletes”

Leandro Ruschel

A Globo News e boa parte da militância de redação petista segue repetindo que o governador Tarcísio teria falado sobre apoio do PCC ao Boulos "sem provas", chegando ao ponto de acusar o governador de manipular a votação.

Dois veículos que não podem ser acusados de alinhamento com a direita publicaram os bilhetes com recomendação de voto em Boulos, que teriam sido interceptados pela Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo, e encaminhados ao serviço de inteligência da Polícia Militar do estado.

Por que a Globo segue fazendo de conta que esses bilhetes não existem?

Os bilhetes foram publicados por Paulo Cappelli do jornal Metrópoles, e pela Raquel Landim do UOL.

Boulos entrou com uma ação no TRE pedindo a cassação da chapa de Ricardo Nunes por conta da declaração do governador.

A chance da justiça eleitoral cassar a candidatura de Nunes por conta disso é ZERO.

Texto: Leandro Ruschel, X, 27-10-2024, 19h51





[Sétima Arte] Cantando na chuva


Lançado em 1952.

Singin' in the Rain (no Brasil, Cantando na Chuva e em Portugal, Serenata à Chuva) é um filme estadunidense do gênero comédia musical, dirigido e coreografado por Gene Kelly e Stanley Donen e estrelada por Kelly, Donald O'Connor e Debbie Reynolds. O filme se passa nos anos 20 em Hollywood na transição do cinema mudo para o cinema falado.

O filme ocupa a primeira colocação na Lista dos 25 Maiores Musicais Americanos detodos os tempos, idealizada pelo American Film Institute (AFI) e divulgada em 2006.

O filme foi um sucesso modesto quando lançado pela primeira vez, com a vitória de O'Connor como "melhor ator" no Globo de Ouro e de Comden e Green no Writers Guild of America, sendo os únicos grandes reconhecimentos.

No entanto, foi-lhe conferido o status legendário por críticos contemporâneos. Agora, é frequentemente descrito como um dos melhores musicais de todos os tempos, superando o 100 AFI Anos de lista Musicais, e ocupando a quinta posição em sua lista atualizada dos maiores filmes americanos em 2007.

(…)

Wikipédia

Don Lockwood e Lina Lamont são dois dos astros mais famosos da época do cinema mudo em Hollywood. Seus filmes são um verdadeiro sucesso e as revistas apostam num relacionamento mais íntimo entre os dois, o que não existe. Porém, o cinema falado chega para mudar totalmente a situação de ambos no mundo da fama.