Humberto Pinho da Silva
Ao folhear, ao acaso, o livro de Daniel Leslie, “Confúcio", Ed. Estudos Cor, deparei os curiosos "Diálogos de Confúcio".
Um atraiu a minha atenção
“O sábio Yeu disse: ‘Aquele que é respeitador de seu pai e da sua mãe e
do irmão mais velho, não decidirá, senão raramente, a desobedecer às
autoridades. Não se encontrará um homem que tendo respeito pelos grandes,
participe numa revolta. Um homem nobre estuda a raiz das coisas. Se ele a
encontrou, a sua torna-se florescente. O respeito pelo pai, pela mãe e pelos
mais velhos, é a raiz do bem’”.
Cresce de forma descomunal
na decadente sociedade o desrespeito pela autoridade: pais, professores e
governantes.
É frequentíssimo nas
últimas décadas, em manifestações populares, escutarem-se palavras
incongruentes, injuriosas e impróprias de gente educada.
E na escola – que devia
ser local de respeito – docentes são desfeiteados na própria sala de aula, e
são frequentes os abusos entre alunos.
Recordo – e com que saudade! – do longínquo tempo da minha mocidade, quando a via publica era segura e tranquila; e ninguém pensaria que fosse possível agredir o professor, de modo a ter de recorrer ao serviço hospitalar.
Quantas vezes fui ao
cinema da meia-noite, só e acompanhado, e nunca senti qualquer receio de ser
assaltado; e por motivos profissionais fui obrigado, durante anos, a deambular,
a pé, pelas artérias da minha cidade, a horas mortas, de madrugada, e jamais
fui incomodado, nem sentia qualquer temor. Confiava inteiramente na polícia.
Bons tempos!... Agora
todos andamos com o credo na boca, receando que em cada canto e recanto, em
cada esquina ou portal, surja perigoso malfeitor.
E por que acontece isso?
Porque há muito quem
ensine, mas não há quem eduque.
Educar não é ensinar, mas
inculcar: conceitos, valores e respeito. Poucos são, infelizmente, os que sabem
educar a alma, para que se torne temente a Deus e cidadã exemplar. A maioria,
quando o faz, limita-se a comportamentos e rudimentares regras de etiqueta.
Lamentam-se as mães que os
jovens andam transviados. Todavia, esquecem-se que em parte a culpa é delas,
porque não sabem ou não souberam incutir nos filhos, preceitos que os tornassem
honrados e honestos cidadãos.
Título e Texto: Humberto
Pinho da Silva, setembro de 2024
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