FC Porto X Manchester United: uma coisa é ser dominado num jogo, outra coisa é perder um jogo

FC Porto foi ao fundo buscar forças, mas o United salvou a pele de Ten Hag

“Dragões” reservaram noite vertiginosa para o 500º jogo, que levou os portistas do inferno ao céu para acabar com a primeira vitória na Liga Europa a esfumar-se nos descontos

Devia ter sido com uma reviravolta épica, com direito a bis de Samu Omorodion, que o FC Porto podia ter emendado, esta quinta-feira, a entrada em falso na Liga Europa - após derrota na Noruega - e o arranque comprometedor frente ao Manchester United. Mas um golo tardio de Maguire (90+1') estragou a noite do Dragão, que acabou com um empate (3-3) curto para o que os "dragões" conseguiram numa noite vertiginosa.

Foto: Pedro Nunes/Reuters

(…)

A entrada de Maguire, mais do que a dos avançados, acabaria por ser decisiva, com o central a cabecear para o 3-3 já no período de compensação, depois de o FC Porto ter estado por diversas vezes perto de marcar o quarto golo, negado por Onana.
Texto: Augusto Bernardino, Público, 3-10-2024, 22h

Bom dia, 

De casa

Muitos clubes ficariam satisfeitos ao salvarem um ponto contra o Manchester United depois de estarem a perder 0-2, mas o FC Porto não. Ontem, na segunda jornada da Liga Europa, Samu, Pepê e companhia ainda deram a volta ao resultado frente ao gigante inglês, só que um golo de Maguire ao cair do pano fixou o empate com sabor amargo.

“A pontinha de sorte que pode cair para qualquer lado hoje caiu para o lado de lá”, resumiu Vítor Bruno na análise ao encontro com “um resultado injusto pelo que aconteceu, pela forma como os jogadores foram bravos e corajosos” durante o qual “a equipa nunca desuniu e foi sempre inteira” perante “um adversário fortíssimo na Europa”.

“Fizemos o mais difícil. Virámos o jogo para 3-2, temos um lance claro para o 4-2 e as melhores oportunidades do jogo são nossas” constatou alguém “muito orgulhoso” por ver “o compromisso e a crença de quem não dá nada como perdido”. “Isto são dores que fazem parte do crescimento”, acrescentou o técnico seguro de que “o que interessa é a forma como os jogadores reagem”, porque “pouco importa quem comete erros”.

Em sintonia com o treinador, Samu mostrou-se “triste pelo empate”, mas “orgulhoso do trabalho da equipa”. Apesar de ter bisado, o número 9 ficou “muito chateado” ao ver os companheiros “castigados num lance de bola parada” e reforçou a certeza de que “é preciso continuar a trabalhar para vencer os próximos jogos”.

Para Nico González “o jogo foi muito equilibrado” e “o trabalho de todos foi muito bom”. “Ainda faltam seis jogos na Liga Europa e sabemos que só dependemos de nós”, relembrou o médio inabalável na convicção de que “é possível vencer qualquer equipa, portanto há que continuar atrabalhar para isso”.

Eustáquio deu voz ao “sentimento de frustração” de um plantel “fiel às ideias” que deixou “uma imagem forte contra uma equipa forte” e saiu com “boas sensações para o futuro”. “Não estamos contentes com o resultado”, esclareceu o internacional canadiano antes de dar o mote para os desafios que se avizinham: “Temos de ir atrás dos jogos que temos na Liga Europa. Serão difíceis, mas estou confiante de que vamos passar”.

Título: JP, 4-10-2024, 10h40

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