Fontes do DIÁRIO DO RIO revelaram que o memorial está enfrentando sérias dificuldades financeiras, incluindo atrasos nos repasses para terceirizados e contas de luz não pagas
Victor Serra
Inaugurado em janeiro de 2023, o Memorial do Holocausto, localizado no alto do Morro do Pasmado, em Botafogo, pode encerrar suas atividades ainda este mês devido a uma série de problemas financeiros e de manutenção. Com o objetivo de promover uma reflexão sobre direitos humanos, democracia e diversidade, o espaço agora se vê ameaçado pela falta de verbas, que comprometem seu funcionamento e ações educativas.
Fontes ligadas ao DIÁRIO
DO RIO afirmaram que o memorial está enfrentando dificuldades sérias,
como contas de luz atrasadas e a ausência de ar-condicionado durante mais de
dois meses, mesmo com as altas temperaturas do Rio. Além disso, os
terceirizados responsáveis pela segurança não estariam recebendo salários desde
agosto, colocando em risco a integridade do espaço e de seus frequentadores.
Atualmente, a área interna do Memorial conta com cerca de 1.600 metros
quadrados, com exposições permanentes e espaço para atividades culturais.
A situação é crítica: todos os funcionários estariam em regime de aviso prévio desde esta última sexta-feira (1/10), e sob iminente risco de demissão. A gestão do espaço, que opera por meio de uma parceria entre o Instituto Odeon e a Associação Cultural Memorial do Holocausto do Rio de Janeiro, seria a responsável pela recente decisão de encerrar as atividades do memorial, que será justificada publicamente como uma “grande obra estrutural de manutenção”, mas que na realidade reflete a falta de recursos financeiros.
A administração do memorial já havia atraído um bom número de visitantes, com uma programação diversificada que incluía clubes de leitura, sessões de cinema, visitas de grupos escolares e seminários. A localização privilegiada, que oferece vista para o Pão de Açúcar e a Baía de Guanabara, contribuiu para que o espaço se tornasse um ponto turístico relevante no Rio.
A construção do Memorial do
Holocausto no Rio foi idealizada há mais de 30 anos, tendo sido concretizada
apenas recentemente após um longo processo. A obra começou a ser erguida em
2019, com apoio da prefeitura, patrocínios de empresas privadas e parceria com
o Consulado da Alemanha.
Em nota, a Associação
Cultural Memorial do Holocausto classifica como inverídicas as informações e
declara que não há nenhuma dívida do Memorial, seja com terceirizados ou
concessionárias. Destacou ainda que o local passará em breve por um projeto de
revitalização cultural, capitaneada por uma equipe do setor cultural para
expandir o conteúdo e experiência dos visitantes.
Título e Texto: Victor Serra, Diário do Rio, 2-11-2024
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