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Do filme "The Hill" |
José Manuel
Estamos lutando há sete anos,
cercados, humilhados, aterrorizados, famintos, mas na semana de 1º a 5 de julho, com um esforço enorme para todos tomamos a colina do
aeroporto, ponto estratégico e dentro de suas linhas. Foi uma vitória digna de
um grande exército.
Nestes anos de cerco, estamos
sem suprimentos e provisões, vivendo à míngua, mas com a dignidade dos heróis
que não se submetem.
No dia 5 de julho, às 18
horas, horário covarde como sempre lhes convêm, cortaram também as nossas linhas
de água, achando que desistiríamos, com mais esse ato insano.
Enganaram-se mais uma vez,
pois agora já recuperados, estamos abrindo furiosamente os poços que vão nos preservar
para a luta que segue. A colina, agora nos trás a vantagem adicional de
estarmos por cima e ver a cavaleiro quais serão suas próximas atitudes.
Até então foram seis meses em
que os seus canhões ficaram calados. Nem um só tiro! Era para nos
desestabilizar. Um ritmo silencioso e mortífero em que vários de nossos
soldados pereceram, não por falta de luta, mas por perderem a esperança dentro
do silêncio da maldade.
Quando reagimos heroicamente,
e por isso não esperavam, perderam a sua colina para nós.
Como represália, nos cortaram
a água.
Agora dizem que o ataque já
estava pronto, e que não foi porque lhes tomamos uma área em seu território.
Mentira, pura mentira,e para
justificar a sua covardia qualquer coisa dita aos jornais, para eles vale a
pena.
Suas atitudes belicistas sem
sequer terem consultado os manuais de guerra, coisa básica a qualquer general
que se preza, é claro, fizeram com que se atropelassem, passando a soldadesca
por cima do estado-maior, mostrando claramente o caos que vai dentro de suas
linhas.
Isso, não deixa de ser bom
para nós, apesar do corte intempestivo da água, pois os torna vulneráveis às
nossas próximas investidas.
No momento estamos sem água,
mas calmos o suficiente para sabermos o que fazer.
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Generais Dwight D. “Ike” Eisenhower e George S. Patton |
A infantaria nos seduz demais,
chegando a ser um canto de sereia.
Porém, a infantaria como é de
praxe, costuma colocar o seu coração à frente da razão, sendo portanto,
vulnerável a uma derrota prematura.
Na tenda dos generais, a
guerra se torna mais técnica, mais elaborada, mais estratégica e usualmente
vencedora.
Lá se encontram os Patton, os
Rommel, os Montgomery da vida e com eles vamos analisar cada estratégia,
discutir cada ponto de vista, descobrindo onde estão os seus erros, seus
pontos fracos, e finalmente traçando nosso caminho rumo à vitória.
Só pedimos a todos os
guerreiros que nos acompanham, que não esmoreçam nunca, pois a tomada da colina
provou o quanto somos fortes, e um simples corte de água, não vai nos vencer.
Título e Texto: José Manuel (em pleno front), Rio de Janeiro, 08-07-2013
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