terça-feira, 9 de julho de 2013

A tomada da colina

Do filme "The Hill"

José Manuel
Estamos lutando há sete anos, cercados, humilhados, aterrorizados, famintos, mas na semana de 1º a 5 de julho, com um esforço enorme para todos tomamos a colina do aeroporto, ponto estratégico e dentro de suas linhas. Foi uma vitória digna de um grande exército.
Nestes anos de cerco, estamos sem suprimentos e provisões, vivendo à míngua, mas com a dignidade dos heróis que não se submetem.
No dia 5 de julho, às 18 horas, horário covarde como sempre lhes convêm, cortaram também as nossas linhas de água, achando que desistiríamos, com mais esse ato insano.
Enganaram-se mais uma vez, pois agora já recuperados, estamos abrindo furiosamente os poços que vão nos preservar para a luta que segue. A colina, agora nos trás a vantagem adicional de estarmos por cima e ver a cavaleiro quais serão suas próximas atitudes.
Até então foram seis meses em que os seus canhões ficaram calados. Nem um só tiro! Era para nos desestabilizar. Um ritmo silencioso e mortífero em que vários de nossos soldados pereceram, não por falta de luta, mas por perderem a esperança dentro do silêncio da maldade.
Quando reagimos heroicamente, e por isso não esperavam, perderam a sua colina para nós.
Como represália, nos cortaram a água.

Agora dizem que o ataque já estava pronto, e que não foi porque lhes tomamos uma área em seu território.
Mentira, pura mentira,e para justificar a sua covardia qualquer coisa dita aos jornais, para eles vale a pena.
Suas atitudes belicistas sem sequer terem consultado os manuais de guerra, coisa básica a qualquer general que se preza, é claro, fizeram com que se atropelassem, passando a soldadesca por cima do estado-maior, mostrando claramente o caos que vai dentro de suas linhas.
Isso, não deixa de ser bom para nós, apesar do corte intempestivo da água, pois os torna vulneráveis às nossas próximas investidas.
No momento estamos sem água, mas calmos o suficiente para sabermos o que fazer.

Generais Dwight D. “Ike” Eisenhower e George S. Patton
Dois caminhos nos seduzem: ou participar ativamente junto à infantaria ou ir para a tenda dos generais.
A infantaria nos seduz demais, chegando a ser um canto de sereia.
Porém, a infantaria como é de praxe, costuma colocar o seu coração à frente da razão, sendo portanto, vulnerável a uma derrota prematura.
Na tenda dos generais, a guerra se torna mais técnica, mais elaborada, mais estratégica e usualmente vencedora.
Lá se encontram os Patton, os Rommel, os Montgomery da vida e com eles vamos analisar cada estratégia, discutir cada ponto de vista, descobrindo onde estão os seus erros, seus pontos fracos, e finalmente traçando nosso caminho rumo à vitória.
Só pedimos a todos os guerreiros que nos acompanham, que não esmoreçam nunca, pois a tomada da colina provou o quanto somos fortes, e um simples corte de água, não vai nos vencer.
Título e Texto: José Manuel (em pleno front), Rio de Janeiro, 08-07-2013

Relacionados:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-