sexta-feira, 12 de julho de 2013

O dia da infâmia

José Manuel

Imagem retirada daqui
O dia 5 de julho passará a representar "O dia da infâmia da aviação civil Brasileira"
O dia em que milhares tiveram a sua cidadania cassada por um ato impensado e truculento, emanado da justiça, numa espécie AI-5 em flashback.
Doravante temos a obrigação moral, de todos os anos, nesta data fazer um ato público para que o fato não caia no esquecimento e para que sirva de lição às gerações futuras.
Um ano antes, ao contrário, o dia 13 de julho é um dia para comemorarmos com festa e manifestações, pois foi o dia em que um ilustre juiz, Dr. JAMIL JESUS, entrou para os nossos corações ao proferir uma sentença jurídico-humana, sem precedentes, nos concedendo a nossa alforria, a nossa dignidade perdida, escorraçada.
Agora um ano após, é bem verdade, continuamos a lutar por ela, porque setores dessa mesma justiça a que o nosso juiz pertence tentam nos abafar, calar nossos gritos, porém está lá, pétrea, e ninguém nos tira mais nada.
É por ela que vale a pena lutar.

Infelizmente este ano o dia 13 cairá em um sábado, dia consagrado à oração e ao descanso.
Descansaremos bastante das nossas últimas lidas e as nossas orações estarão voltadas para a resolução definitiva de nossa situação.
Mas, na segunda-feira, 15, temos que ir para as ruas comemorar um ano desta vitória e para mostrar que estamos vivos e ninguém, mas ninguém com uma caneta e um ato vai nos derrotar.
Temos que ir em massa, deixarmos as nossas convicções, as nossas tendências, as nossas simpatias em casa e para lá irmos desnudos de qualquer sentimento, bater palmas, gritar, mostrar nossos cartazes, mostrar a este povo sofrido, que em sofrimento estamos, mas continuamos em pé e seremos sempre baluartes de nossos direitos, de nossas certezas.

Nesta segunda, lá na Cinelândia às 14 horas, em São Paulo, Porto Alegre, Curitiba vamos mostrar que tudo o que ocorreu nos memoráveis dias no aeroporto Santos Dumont e continua a ocorrer com indiscutível sofrimento no AERUS, não está sendo em vão.
Não podemos permitir que todos os nossos esforços se diluam no esquecimento da sociedade, porque foi, é, e continuará a ser muito custoso para as nossas idades.

O meu cartaz já está pronto.
Lá nas noites insones do aeroporto,confirmei que a imensa força que nos impele a tomar decisões extremadas, são intrínsecas ao ser humano.
Cabe a nós dispará-las ou não.
Aguardo todos lá na Cinelândia no dia 15.
Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante Varig, 67 anos

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