Nuno Castelo-Branco
... o Público acordou ou
rendeu-se à evidência do dever da informação. Mesmo de forma hesitante e vaga, anuncia
com muito atraso aquilo que se está a passar em todo o Egipto. Quanto às
balsemónicas cigarras, nada, nem uma linha, a não ser para darem voz a um
indignado espanhol
que para não variar, aponta os morsistas como pobres vítimas indefesas.
Entretanto, mesmo relegando a
informação para uma demasiadamente discreta coluna, ElPaís indica a bonita soma de quarenta templos cristãos queimados,
sabendo-se que a destruição se estende a escolas, estabelecimentos comerciais,
hospitais, viaturas e residências de coptas. A explicação é linear,
atribuindo-se esta violência à reacção pelo apoio cristão às autoridades
militares. E porque tal apoio acontece? Todos o sabemos.
Como habitualmente, em alguns
países as notícias são dadas de uma forma bem diversa daquela que temos em
Portugal - sempre muito "à francesa" -, elucidando os leitores acerca
daquilo que se tem passado desde a já longínqua primavera da Praça
Tahrir.
Título e Texto: Nuno Castelo-Branco, no blogue “Estado Sentido”,
17-8-2013
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