sábado, 17 de agosto de 2013

Finalmente...


Nuno Castelo-Branco
... o Público acordou ou rendeu-se à evidência do dever da informação. Mesmo de forma hesitante e vaga, anuncia com muito atraso aquilo que se está a passar em todo o Egipto. Quanto às balsemónicas cigarras, nada, nem uma linha, a não ser para darem voz a um indignado espanhol que para não variar, aponta os morsistas como pobres vítimas indefesas.

Entretanto, mesmo relegando a informação para uma demasiadamente discreta coluna, ElPaís indica a bonita soma de quarenta templos cristãos queimados, sabendo-se que a destruição se estende a escolas, estabelecimentos comerciais, hospitais, viaturas e residências de coptas. A explicação é linear, atribuindo-se esta violência à reacção pelo apoio cristão às autoridades militares. E porque tal apoio acontece? Todos o sabemos.

Como habitualmente, em alguns países as notícias são dadas de uma forma bem diversa daquela que temos em Portugal - sempre muito "à francesa" -, elucidando os leitores acerca daquilo que se tem passado desde a já longínqua primavera da Praça Tahrir. 
Título e Texto: Nuno Castelo-Branco, no blogue “Estado Sentido”, 17-8-2013

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