domingo, 6 de abril de 2014

12 de abril de 2006 – Início de um holocausto preconcebido


José Manuel
Assim como o holocausto Judeu, não devemos jamais esquecer esta data.
Ela tem que ser lembrada a cada ano, para que as gerações futuras, filhos dos nossos filhos, nunca mais esqueçam o que foi feito a seus pais e avós.
Para que eles nunca mais caiam em contos do vigário, jamais coloquem suas economias em projetos do governo e, principalmente, que aprendam a votar, sabendo que o seu futuro depende daqueles que no governo forem colocados.

A esta altura, e com todos os escândalos a  que somos brindados a cada novo dia, não há mais dúvida de que este holocausto foi especialmente concebido pelo poder vigente.


Ao quebrar uma empresa do porte e tecnologia avançada, como a VARIG, em favor de suas ações corruptas, colocando em seu lugar empresas apadrinhadas por essa mesma corrupção, eles sabiam que estavam iniciando um processo de holocausto para mais de 20.000  seres humanos. Sabiam, mas  colocaram os seus bolsos e a sua sanha pelo dinheiro e poder, à frente de pessoas idosas e doentes.

O que não contavam era com a reação desses idosos e doentes. E perderam. E vão perder mais ainda, pois iremos até às últimas para mostrar ao povo deste país, o que nos fizeram, o que continuam fazendo, até não sobrar pedra sobre pedra, de seus castelos construídos com o dinheiro do povo, com o roubo explícito, e das suas mentes corruptas e endemoniadas.

Em 31-05-2013 escrevia eu para alertar de que estávamos vivendo condições similares ao holocausto:

Os assistidos do Aerus e aqueles que tiveram as suas esperanças surripiadas e nada receberam até hoje, vivem momentos dramáticos e situação análoga ao holocausto Judeu (1938/1945).

Análoga porque a extensão do tempo de duração é a mesma, 7 anos, (2006/2013), as perdas são as mesmas, a dignidade roubada é a mesma, a violência aos direitos humanos é a mesma, a indigência é a mesma e felizmente a única discrepância está no número de mortes e na falta dos pijamas.

A hipócrita diferença é que não nos colocaram em campos de concentração. Não foi necessário, foram espertos!

Estão fazendo com que vivenciemos os nossos campos de concentração particulares, sem responsabilidades terceiras. Isentos.

O fantasma cruel de Dachau, Treblinka, Auschwitz está cada dia que passa mais presente em nossas vidas, na forma das doenças que não podemos curar, na alimentação que não podemos usufruir, nas noites que não podemos dormir, na vida que não podemos desfrutar, nos entes queridos que se foram e na morte que nos ronda assustadoramente.

Nossos campos não têm câmaras de gás, até porque o descaso, a indiferença, as manobras sub-reptícias ao longo destes 7 anos, a injustiça flagrante, a irresponsabilidade cometida contra nós, se torna simbolicamente pior.

Pelo menos nas câmaras a morte é rápida e só se sofre uma vez.

Em nossos campos as nossas mortes são precedidas por um silêncio exasperante, um sofrimento homeopático, mórbido, desumano, horroroso!

É DEVER DE TODOS LEVAR ISTO AO CONHECIMENTO INTERNACIONAL, PARA QUE TODOS TOMEM CONHECIMENTO DE QUE HOLOCAUSTO NÃO EXISTIU APENAS NA ALEMANHA.
O BRASIL ATUAL O PROPORCIONA  A SEU BEL-PRAZER E CONTINUA A NÃO SER RESPONSABILIZADO POR UMA CORTE INTERNACIONAL.
PORTANTO, A RESPONSABILIDADE ESTÁ A NOSSO CARGO, EM ACABAR DE UMA VEZ POR TODAS COM ESTES CRIMES CONTRA SERES HUMANOS,  IDOSOS E INDEFESOS.
Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante Varig, 06-04-2014 

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