Estamos a "horas"
deste evento despropositado ao momento de uma nação como a nossa, como o que agora
ocorre e, cada vez mais que nos aproximamos do início deste evento, fica claro,
cristalino, que o oba-oba, atrasado e centenário, mais uma vez vai tomando
conta do povo deste imenso e pobre país.
Movimentos como os de junho de 2013, se esvanecem e caem no esquecimento, como tudo o que sempre
acontece por aqui.
Apenas alguns movimentos
grevistas, aproveitando a ocasião, continuam, mas nota-se que o clima do oba-oba,
começa a predominar, fazendo com que até esses movimentos percam a força
necessária.
No momento e a quatro dias do
início da copa do mundo de futebol, que só gera dividendos para a Fifa, para
multinacionais, para os jogadores e cartolas, começamos a notar pelas cidades,
um número exageradamente grande de portas comerciais fechadas, fruto dos
irremediáveis e anunciados "pibinhos", da evasão extraordinária e não
controlada de divisas nos gastos dos brasileiros no exterior, e na indústria
parada, seja por falta de compradores dos seus produtos, ou pela perda de
competitividade internacional que os assola.
Essas portas fechadas e as
indústrias paradas significam a perda de postos de trabalho que no momento já
estão em alguns milhares, levando a economia deste país cada vez a um caos
previsível.
Indiscutivelmente e não
precisa ser um "expert" em
economia, todos serão perdedores: o país, os trabalhadores, os empresários, os
industriais e, inclusive, nós do AERUS que não soubemos nos portar com o vigor
necessário frente a uma União que não protege seus cidadãos, e um Judiciário
altamente conivente com essa orientação.
Por falar em Judiciário,
existem hoje oficialmente 80 milhões de processos tramitando pelo judiciário
Brasileiro, mas entre o mês de junho e julho, esse mesmo judiciário já
comunicou recessos inúmeros e intercalados, causando a paralisação dessa
engrenagem e consequentemente um prejuízo enorme a vários setores, e obviamente
ao nosso do AERUS, em nome de uma simples bola de futebol.
A conta deverá ser amarga para
os brasileiros e a vitória da sua seleção, se houver, será efêmera, pois ser "hexa"
em oba-oba, não traz vantagem alguma aos seus cidadãos e ao desenvolvimento do
país que já está em último lugar em relação aos seus parceiros "Brics",
(Brasil, Rússia, India, China e África do Sul).
O ano de 2014, pode-se
considerar tecnicamente perdido no setor produtivo e a conta a ser paga, ou
não, independente de quem ganhar as eleições de outubro será altíssima para o
país anestesiado por falsas promessas, por um oba-oba claramente desnecessário
e um governo que insiste em manter uma alta parcela da população, subsidiada
por sonhos mirabolantes que sempre acabam morrendo na praia.
Nós do AERUS, mesmo com
sentenças a favor já divulgadas, estamos reféns da União e desse Judiciário,
covardes, nos mantendo em uma expectativa sórdida, mas ao mesmo tempo
coniventes neste oba-oba imperdoável.
É claro que somos desde já
duplamente perdedores, como cidadãos membros desta sociedade iludida, e como
vencedores na justiça.
No momento ainda nos arrastamos
pelos aeroportos como bois que não têm a menor noção da sua força.
Futuramente, talvez nos
arrastemos pelas calçadas, como sem tetos e com um pires nas mãos.
Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante Varig,
08-06-2014
Estou lendo várias mensagens ou troca de mensagens sobre a motivação dos (des) interessados nos protestos pelo "acordo"! Ora, colegas, eu cheguei a conclusão que protesto em SDU e AIRJ já era. No SDU todos já conhecem a nossa estória e, para as autoridades ficar ali é como deixar as crianças se divertindo no parquinho! Fazer protesto no AIRJ é trabalhoso devido a dificuldade para se deslocar em ida e volta, impossibilidade de estacionar carro, etc. O custo benefício é irrisório; é a causa de não aparecer número apreciável de candidatos. A minha particular opinião continua sendo que uma panfletagem em inglês junto aos hotéis irá causar uma má impressão ( do governo) junto aos visitantes estrangeiros e certamente será noticiado como um fato inusitado ao fazer queixa para os nossos hóspedes! É uma sugestão para ser avaliada sob a probabilidade estratégica. Abraço, Alberto José
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