terça-feira, 18 de novembro de 2014

Os 23 mil reais mensais de Marilena Chauí. Será uma iludida? Ou será que os bobos estão em outro lugar?

Luciano Henriques



Já vi alguns teóricos da direita, como Ludwig von Mises, teorizando sobre uma “falha psicológica” ou algo do tipo relacionado a acadêmicos abraçando as ideias da esquerda. Segundo ele, essas pessoas seriam muito egocêntricas, e, portanto, adotariam ideologias socialistas tão destrutivas para todos.

Vendo por esse lado, alguns até teriam pena destes acadêmicos marxistas, não? A meu ver, essa é a eterna mania liberal de achar que fraudadores intelectuais são “pessoas enganadas”. Acho que os bobos não são os acadêmicos esquerdistas, mas os que pensam que eles são bobos.

Agora veja esta imagem:



Agora preste atenção neste trecho de um ótimo texto de Rodrigo Constantino sobre o salário de Marilena Chauí:

Esses são os rendimentos mensais de Marilena Chaui na USP, obtidos pelo ranking de salários da universidade divulgado pela Folha. Quantos brasileiros ganham mais de R$ 20 mil por mês? Quantos da classe média poderiam ter esse luxo para dar aulas de filosofia e repetir para os alunos que a classe média é fascista?

A USP está quebrada. Deve ter um rombo de quase R$ 1 bilhão em 2015, sendo que R$ 845 milhões serão apenas com a folha de pagamento. A universidade vem perdendo lugar no ranking internacional, e não se encontra mais entre as 200 melhores do mundo. Mas os salários dos professores…

Agora entendem os motivos pelos quais esses “intelectuais” defendem tanto o modelo estatizante e esquerdista? Em que outro regime poderiam ganhar mais de R$ 20 mil mensais para criticar o capitalismo, a ganância, o lucro e a classe média?

No capitalismo de livre mercado, o mérito e as escolhas voluntárias são fundamentais. Marilena Chaui odeia isso. Ela quer elogiar a revolução marxista e encher a cabeça dos jovens com baboseira socialista, enquanto vai para casa com mais de R$ 20 mil por mês. Quem paga a conta? A classe média “fascista” e “reacionária”, claro!

Ao contrário de Mises, ele entendeu direitinho o motivo pelo qual os acadêmicos marxistas defendem essas ideias abjetas. Não é por que são iludidos, mas por que estão diante de um grande negócio.

Como eu sempre digo, a verdadeira consciência política passa pela aniquilação de boa parte de nossa ingenuidade política. Não temos estrutura mental para desmascarar essa gente enquanto os considerarmos “iludidos e enganados”, enquanto na verdade a conclusão nua e crua é uma só: os bobos da história com certeza não são eles.

O mero reconhecimento de que os bobos da história não são eles, mas, em muitos casos, você, implicará no esvaziamento completo da doutrina marxista e na forma como os encaramos. Isso, evidentemente, no caso dos intelectuais orgânicos, que geralmente estão diante de um ótimo negócio, não de uma “ilusão”. Iludidos não são apenas os marxistas funcionais, mas também muitos liberais que acham esses intelectuais orgânicos pessoas “iludidas”.

Mas para quem ainda está com “peninha” desses intelectuais, querendo viver na ilusão de que eles são “iludidos e enganados”, por que você não leva a Marilena Chauí para casa? De preferência, por favor, arcando com os custos do salário dela. Que tal? 
Título, Imagens e Texto: Luciano Henriques, Ceticismo Político, 18-11-2014

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