domingo, 2 de agosto de 2015

A realidade não é a das ‘notícias’, é bem diferente

Ontem estive com amigos comemorando o niver de uma amiga comum, brasileira, ex-comissária RG. Éramos mais de vinte.

Havia uma portuguesa nascida em Moçambique; um casal e o marido da homenageada, franceses; eu, luso-brasileiro; os demais presentes eram brasileiros. Todos, incluindo a portuguesa e os três franceses, imigrantes ou (re)imigrados em Portugal.

Com exceção dos franceses e da portuguesa, (os únicos que não residiram no Brasil), há meses em Portugal, os outros há muito tempo por cá, uns há mais de vinte anos.

Estes imigrantes estão bem estabelecidos e gozam de razoável padrão econômico.

Na animada conversa todos salientaram o gosto que têm por Portugal e, em contraponto, o desgosto que sentem pelo Brasil. Abordou-se a questão da segurança pública, comparando, cela va de soi, as duas realidades nacionais. Não preciso dizer qual a que teve a pior avaliação…

Sobre a economia, um dos presentes trouxe o exemplo de uma ladeira: o país menor, depois de despencar, lá vai subindo-a, mesmo que arfando; o outro, o maior, vai descendo-a, firmemente e com muitos a sambar.
E mais não se falou do Brasil pois fica feio falar dos ausentes.

Uma conclusão (cheguei a outras, claro): o pessoal vê e sente Portugal muito diferente do que se lê e assiste nas tevês, o que não me surpreende nem um poucochinho.

Outra coisa: se bem que não conviva com brasileiros imigrados, não, de todo, mas, não sei explicar, um passarinho ou uma pomba gira me sopra à orelha que as percepções e sentimentos dos brasileiros imigrados, quanto a Portugal e ao próprio Brasil, vão se diferenciando em conformidade às suas bagagem acadêmica e realização profissional. Isto é, mais realizado, menor (ou inexistente) a vontade de regressar ao Brasil. “Eu não volto para o Brasil, só de férias!”. Não fui eu que disse, mas assino embaixo, com convicção, embora nem de férias pretendo lá ir. Só se for para buscar o meu dinheiro da Previdência – tanto da pública como da privada – furtado pelo governo desse país 
Abraços e beijos./-
JP

Good times, well…


Um comentário:

  1. Tudo isso que você percebeu durante a festa a que compareceu, não é de estranhar porque segundo A Economist Intelligence Unit, Portugal cresceu em 2015, até agora 1,3%, à frente da Áustria com 1%, da Bélgica com 1,2 %, da Finlândia com 0,4 %, da França com 1,1%, da Itália com 0,6%, do Japão com 0,8 %, da Noruega 0,9 %, da Suíça com 0,8 %.
    Portanto cresceu mais do que 8 países e aproxima-se do total da Zona do Euro que ficou com 1,5 %
    Vocês , que apesar de serem " moita " em seus assuntos, tem que deixar claro isso de uma vez por todas e fazer um estardalhaço, para que " uns e outros " comecem finalmente a perceber até onde podem chegar e não só de viverem dos louros das grandes navegações, muito justo por sinal.
    E o Brasil ? bem o Brasiu já alcançou metade da ladeira abaixo com alarmantes - 1,2 % de crescimento negativo, e contando
    Se eu pudesse, meu amigo também já estava aí, há muito tempo
    José Manuel

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