Valmir Foneca Azevedo
Ao longo das últimas décadas, expressões como a “garra”, a “coragem”,
a “honra”, e outros grandiloquentes adjetivos foram devidamente
avacalhados por nossa sociedade.
Na verdade, o que já era ruim no aspecto fibra de um povo foi
desgastado e vilipendiado com o avanço do comunismo no País, triste ideologia
enfiada no crânio de intelectuais, mestres e professores, e de outras
categorias que lidam com a mambembe mentalidade das pessoas.
A nossa Pátria se destaca no mundo pelo maior número de acidentes
automobilísticos, de abortos, de cesarianas, de cirurgias plásticas, de uso de
Botox, de assassinatos, de corrupções e de uma infinidade de outras
qualificações (como o uso de drogas), sem esquecer a área de ensino, onde
sempre afundamos mais. Ah, esquecíamos da nossa carga de impostos, uma das mais
elevadas do planeta.
Infelizmente, é difícil para aqueles que conhecem a verdadeira fibra
nacional, esperar que o populacho assuma qualquer postura de grandeza para
acabar com os canalhas que nos gerenciam.
Recordamos que temeroso com a vitalidade da Força Expedicionária
Brasileira (FEB), que combatera ao lado dos aliados contra as tiranias de
Hitler e de Mussolini, Getúlio Vargas, após 15 anos de ditadura, temia que a
chegada da tropa trouxesse ideias esdrúxulas contra o seu governo.
Por isso, a FEB foi desfeita durante o seu retorno marítimo.
A desmobilização, tentativa política em esvaziar a sua importância, foi
rápida e causou perplexidade. Como por ocasião do retorno das tropas
brasileiras após a Guerra do Paraguai, os bravos combatentes foram banidos do
cenário nacional com precisão maquiavélica.
Para os pracinhas, excetuando - se as demonstrações de apreço do povo
ocorridas durante os desfiles, em vista de sua chegada ao Brasil, o que se viu
foram as manobras de esvaziamento daqueles feitos.
A gloriosa participação da FEB e as consequências positivas de seu
retorno, apesar das medidas para restringir a sua influência, mostraram - se
insuficientes para embotar o natural questionamento que a simples constituição
da força expedicionária trazia no seu âmago, ao lutar em prol do regime
democrático, de há muito inexistente no Brasil.
Assim, faleciam em berço esplêndido as manifestações daqueles militares.
Contudo, o embrião da democracia estava plantado.
Em sequência, ocorreu a deposição de Getúlio, em 29 de outubro de 1945,
para encerrar um período que havia esgotado a paciência do povo brasileiro,
exausto de viver à sombra de um estado ditatorial, e com perspectivas de
suportá-lo por mais alguns anos.
Em 1950, novas eleições presidências, e lá estavam o Getúlio como
candidato, e o seu oponente, o Brigadeiro Eduardo Gomes, homem corretíssimo,
que se empenhara para o fim da ditadura e, portanto, um forte candidato.
Para encerrar este melífluo papo, questionamos? Quem após mandar nesta
terrinha por 15 anos foi eleito pelo atento e esperto povo brasileiro? Adivinhe
quem quiser.
Se alguém perguntar, o que será de nós, após o final da atual crise
econômica, política e moral, respondemos:
- Se houver uma intervenção militar, só Deus sabe;
- Se não houver, continuaremos subordinados a um bando de
desclassificados.
Título e Texto: Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Brasília,
DF, 30 de agosto de 2015
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