PSD
O desemprego está a descer
desde 2014. Deve-se a um conjunto de reformas estruturantes implementadas entre
2011 e 2015. Mas o Governo está a criar uma sociedade de baixos
salários. Em 2014, cerca de 400 mil trabalhadores auferiam o salário
mínimo que, em 2016, já atingia um milhão de pessoas.
Promover o crescimento
económico e a criação permanente de emprego foi um dos grandes objetivos do
governo liderado por Pedro Passos Coelho. Entre 2011 e 2015, o executivo
dedicou-se a “quatro intensos anos de reformas estruturais”, recordou o
então primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. “Foi um período como nenhum
outro, em que, a par de uma estratégia para ultrapassar a emergência
financeira, pusemos em marcha o maior e mais ambicioso programa de reformas
para o País das últimas décadas”, explicava em maio de 2015.
No programa do XIX Governo
Constitucional, defendia-se que “o bem-estar das pessoas e a competitividade
das empresas e da economia portuguesa no atual contexto de globalização exige,
acima de tudo, uma legislação laboral que fomente a economia e a criação de
emprego, que diminua a precariedade laboral”. O executivo assumia assim
propósitos como “modernizar o mercado de trabalho e as relações laborais”
ou “dotar as empresas de instrumentos de resposta a situações de crise e
condições para o aumento da produtividade e competitividade”.
O governo reuniu esforços para
implementar a reforma do mercado de trabalho, tendo-se comprometido em, por
exemplo, “simplificar a legislação laboral”. Trabalhou questões
relacionadas com horários de trabalho, trabalho suplementar, subsídio de
desemprego ou mobilidade de trabalho. E teve muito presente o facto de ser
urgente o desenvolvimento de políticas ativas de emprego que passavam, por
exemplo, pela revisão e, consequente, adequação das ofertas formativas ao
mercado de trabalho, ou pela identificação de profissões em que as ofertas de
trabalho não eram colmatadas pela procura.
O XIX Governo Constitucional
apostou, assim, num mercado de trabalho dinâmico, capaz de se ajustar à
economia global e de gerar emprego. Os resultados destas reformas estruturantes
vieram a mostrar-se, ainda, em março de 2015, quando a taxa de desemprego se
situou nos 13,5%, depois de no primeiro trimestre de 2013 ser de 17,8%.
Resultados positivos de
reforma laboral são cada vez mais evidentes
Pedro Passos Coelho alertou,
recentemente (ver aqui), que o
atual Executivo se está a esforçar para criar a ilusão de que os bons
resultados obtidos, como a descida do desemprego que se tem vindo a verificar,
são “obra sua” quando são anteriores. Remontando a 2014, é possível
confirmar a tendência de descida do desemprego, assim como o crescimento da
economia e o aumento do emprego. Não se trata, portanto, de um fenómeno
recente.
Se, de acordo com Instituto
Nacional de Estatística, a população empregada aumentou e a taxa de desemprego
diminui, deve-se a uma reforma laboral cujos resultados positivos são cada vez
mais evidentes. Comprova-se, assim, que o regime laboral é, hoje, mais flexível
e oferece condições a empregadores e trabalhadores. Ceder às exigências dos
partidos que suportam o atual Governo poder significar a condenação de todas as
conquistas feitas no mercado do trabalho. Importa, pois, denunciar que o atual
Governo tem apostado, sim, em salários baixos, uma vez que, se em 2014,
auferiam o salário mínimo cerca de 400 mil trabalhadores, o número aumentou
para perto de um milhão, em finais de 2016.
OCDE: continuar o bom
trabalho do executivo anterior
Também a Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) destacou os resultados positivos
das reformas laborais realizadas em Portugal, entre 2011 e 2015. De acordo com
o relatório de avaliação às reformas do mercado de trabalho levadas a efeito
pelo governo PSD/CDS-PP, as medidas adotadas foram na direção acertada e
contribuíram para a recuperação do emprego. A OCDE defendia mesmo que as
reformas deviam ser aprofundadas. Segundo o secretário-geral da OCDE, Angel
Gurria, “o ímpeto reformista tem de continuar. Há muito trabalho de casa
para fazer”.
Deste modo, mais do que
vangloriar-se por um trabalho que o antecede, deveria o atual Governo
concentrar-se em criar mais riqueza e, por conseguinte, mais e melhor emprego.
Tal como preconizou, em maio
de 2015, Pedro Passos Coelho: “fazer reformas significa enfrentar esses
problemas de frente com coragem e ao serviço do interesse comum dos
Portugueses. Significa colocar o bem-estar e as aspirações de todos acima de
agendas partidárias míopes e estéreis”.
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