Nelson Teixeira
Quando estavam prontos para se
deitarem, o monge Liu-Pei meio que chateado, mostra ao sábio Kwan-Kun que está
aborrecido por não poder ajudar da forma que gostaria que fosse:
– Fico muito triste, pois não
consigo proporcionar algo de maravilhoso que me pudesse satisfazer.
Ao que o sábio respondeu:
– Caro Liu-Pei, acaso você não
se lembra da história dos dois vasos?
Conta-nos a história que certa
vez um camponês tinha dois vasos, que ele utilizava todos os dias para buscar
água a certa distância da sua moradia.
Quando retornava da mina com
os vasos cheios de água, pelo caminho, um dos vasos que estava rachado, deixava
escorrer quase que toda a água que havia pegado na mina.
Certo dia, procurou o camponês
e disse que andava chateado, pois enquanto o outro vaso chegava cheio, ele
chegava quase que vazio.
O camponês pediu a ele que o
acompanhasse e andando de sua casa até a mina, mostrou-lhe um belo jardim,
cheio de flores, que surgiu justamente pela água que foi derramando próximo da
trilha em que eles passavam.
Assim, querido monge, saiba
que todos nós, por mais insignificante que possa parecer o trabalho que estamos
fazendo, ele é de vital importância para nós e para os que estão ao nosso
redor, basta que façamos com amor.
Título e Texto: Nelson
Teixeira, Gotas de Paz, 20-5-2017
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