Aparecido Raimundo de Souza
Vivendo à beira de uma
convulsão social. O Brasil passa por momentos angustiantes de desequilíbrios e
inquietações. E não são poucos.
Não é necessário termos o
título de pós-graduação em sociologia, para identificarmos que a violência em
ascensão no país é o melhor reflexo da mais pura e gritante impunidade e da
falta de exemplo e dignidade dos nossos governantes.
Enquanto o senhor Michel
Jackson Temer e sua política de merda, perdão neoliberal usa critérios de
conchavos nebulosos (o conhecidíssimo toma-la, dá cá), se constituindo em
péssimo exemplo para os semialfabetizados, relegados “boias-frias” (lutando
desesperadamente para se ajustarem aos desafios da globalização), a coisa toda
degringola para o caos total.
Nossos parlamentares
congressistas (com raras exceções, ou seja, sem nenhuma, a nosso entender,
farinha do mesmo escroto) transformaram o Congresso Nacional e não só ele, a
Câmara também, em pocilgas de tramoias e negócios escusos e, no meio dessa
putaria, a sociedade em peso foi de roldão e se encontra exposta à sandice de
uma tropa de safados e vagabundos.
O país segue subdesenvolvido.
Não segue a linha de um crescimento ou de um progresso normal. É atrasado,
retrógrado, lento, ancestral, obsoleto, além de selvagem, amotinado e violento.
Navega, há tempos, em águas
procelosas, como uma nau sem rumo prestes a mergulhar num mar imenso e sem fim.
Exposto às variações do tempo, sobrevive por graça e misericórdia divina.
Fica no ar, senhoras e
senhores, esta indagação: quais as vantagens de se viver numa nação com
inflação galopante (juros altíssimos) sem pulso firme, alquebrado, vergonhoso,
se nem ao menos se dá ao luxo de promover o bem-estar de seus concidadãos?
Por tudo isso, precisamos
repensar o que fazer desse brasilzinho fodido. Resgata-lo sem mais demora das
mãos dos maus brasileiros, dos ladrões, dos pilantras, dos vagabundos, ou
deixá-lo como está, à sorte ingrata de vadios e larápios da pior espécie.
Se a resposta dos senhores
está voltada para o fato de não o deixar afundar ainda mais, se faz necessário
arranca-lo dos impatrióticos, dos vaidosos espertalhões e da súcia desenfreada
e sem escrúpulos.
O Brasil precisa mais: carece
de líderes lúcidos, de homens de peito e coragem. O Brasil precisa de criaturas
de ação. De cabras decididos. Com sangue fumegando nas ventas.
Não desses desnorteados e
fanfarrões, trapaceiros e erradios que estão aí, belos e formosos, nos
frontispícios de seus comandos.
Igualmente demandamos não de
meros perniciosos barganhadores capazes de vender a própria mãe, se é que esses
infames têm uma que os pariu.
O Brasil necessita, para
ontem, que seus filhos se quedem, sensíveis e manifestos aos seus clamores,
notadamente no quesito ordem e justiça.
Ordem e justiça, senhoras e
senhores. Ordem e justiça, a nosso ver, a nosso sentir, o fator fundamental
para o equilíbrio harmônico da balança que registra a igualdade de nossa plebe
sofrida (para que ela não penda os pratos para um só lado do mecanismo).
Mais que isso. Se não agirmos
rápido, e com destreza, estaremos desarmados.
Com as guardas abertas, prontos para tomarmos porradas no meio das
fuças. Se não acordarmos desse marasmo, vulgarmente nos veremos “no saco”, sem
caminhos a seguir, sem estradas a desmembrar.
Se não formos espertos o
suficiente com um bocadinho de visão de amanhã, de futuro, de porvir,
igualmente se não resgatarmos porra nenhuma, e “mais mau”, se não
reabilitarmos, a moral de nossas fodidas e quebradas instituições falidas, aí
sim, virá o desterro, o degredo, a mortificação. Veremos, então, o FIM.
Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza,
jornalista. Da cidade de Santo Eduardo, Rio de Janeiro, RJ. 16-5-2017
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