Edson Ferreira do Nascimento
Depois de 55 anos de vida, enquanto psiquiatra, parei para refletir sobre
o perfil psicológico da imensa maioria dos esquerdopatas.
Foram péssimos estudantes, a maioria com várias repetições de ano. Mas
são de família de classe média, onde sempre sofreram pressão para "ser
alguém na vida".
Como são preguiçosos, sem disciplina e folgados, precisam arrumar um
jeitinho para se dar bem e se fazerem passar por coisas que não são, pensam
ser! Fingir que é culto, "engajado", e "crítico", o que
rende pontos.
Assim, prestam vestibular sem concorrência, de preferência em um curso de
Geografia, Ciências Sociais e História.
Então, começam a sua carreira de charlatanismo. Alguns, pouquíssimos,
estão em cursos como Direito, Medicina, Engenharia, Administração, Economia,
mas, como não são chegados a estudar, terminam por trancar a matrícula ou mudam
de curso. E, muito dificilmente, se enturmam quando tentam esses cursos acima e
assemelhados.
Ali, na universidade, encontram todas as ferramentas: professores
barbudinhos, livros de esquerda, cigarros de maconha, palestras com
"doutores" no assunto; e até o assédio de políticos
"guerreiros" do PT, do PC do B et caterva.
É claro que não estudam nada! Vivem o tempo todo no DCE, ligam-se à UNE,
deitados no chão, passeando no campus com aquelas mochilas velhas, calças
cargo, sandálias de couro e cabelos ensebados.
Alguns começam a se infiltrar nos sindicatos e nas reuniões dos
Sem-terra. Já começam a se achar revolucionários e reserva intelectual das
massas proletárias exploradas; e também das causas revolucionárias. Assim, se
passam por intelectuais, cultos, moderninhos e diferentes.
Sentem-se mais seguros para atacar as mulheres, achando que elas são
doidas por esse tipo de gente. Começam a ver os amigos que estão trabalhando ou
cursando Engenharia, Direito, Medicina, Administração ou Economia como pobres
coitados que não tiveram a chance da "iluminação".
Como não trabalham e vivem apenas da mesada, estão sempre sem grana. Aí começa
a brotar a inveja, o ódio de quem se veste um pouco melhor ou tem um carrinho
popular. Estes, são os chamados "porcos capitalistas" ou
"burgueses reacionários"!
Começam uma fase ainda mais aloprada da vida quando passam a ouvir Chico
Buarque e músicas andinas. Nessa fase, já começam a pensar em se tornar
terroristas, lutar ao lado dos norte-coreanos, admiram Cuba, Venezuela e,
muitos deles, apoiam o Irã e não acreditam no holocausto judeu! Fingem esquecer
do episódio do muro de Berlim e da queda do comunismo na antiga União
Soviética. Não usam mais desodorante e a cada cinco minutos aparece nas suas
mentes a imagem de um McDonald's totalmente destruído.
São Paulo, 2013 |
Mas é claro que o que querem não é a revolução, isso é apenas uma
desculpa. Como são incompetentes para quase tudo, até mesmo para bater um prego
na parede, e como sentem vergonha de fazer trabalhos mais simples, por serem
arrogantes o suficiente para não começar por baixo, querem saltar etapas.
Querem, no fundo, a coisa que todo esquerdista (esquerdopata!) mais
deseja, mesmo que de forma sublimada: um emprego público! Mas, aí surge um
outro problema: é a coisa mais difícil passar em um concurso! É preciso estudar
(argh!).
Por isso, sonham com a "revolução" proletária, com a tomada do
poder por uma elite da esquerda, nas quais eles estão incluídos, obviamente,
afinal são da mesma tribo! Consequentemente, ocuparão, por indicação, um cargo
comissionado em alguma repartição qualquer, onde ganharão um bom salário para
poder aplicar seus "vastos e necessários conhecimentos" adquiridos
durante anos na luta pela derrubada do sistema capitalista imundo.
Nessa fase, mudam e se contradizem: cortarão o cabelo, usarão terno,
passarão a apreciar bons vinhos e restaurantes. E, dependendo do cargo que
ocuparão, até motorista particular terão!
E, sem dó, enfiarão a mão – e com muito tesão – no dinheiro dos cofres da
nação!!! Claro que pela nobre causa socialista e para o bem dos trabalhadores,
postura sem noção!
Tenho a certeza que após esta leitura você lembrou de vários vizinhos,
conhecidos, colegas, políticos etc....
Título e Texto: Edson Ferreira do Nascimento
– Médico Psiquiatra e Psicoterapeuta, Ribeirão Preto/SP, 23-1-2018
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