Alexandre Garcia
Esta semana, Sua Santidade, o
Papa, fez um apelo para que os líderes do mundo salvassem a Amazônia. Perdão,
Santidade, mas quando estouraram os escândalos do Banco do Vaticano ou da
pedofilia, não ouvi nenhum líder brasileiro pedindo que o mundo salvasse a
Santa Sé.
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Amazônia Brasileira:
Comunidade da Associação Jauari Baixo Rio Mojú, em Belém. Foto: Arquivo Gazeta
do Povo
|
Dois cardeais alemães
discordam de Roma a respeito desse Sínodo. O ex-prefeito emérito da Congregação
da Doutrina da Fé, Dom Gerhald Muller e o cardeal de 90 anos, Dom Walter
Brundenmuller alegam que a carta com princípios do Sínodo é herética, estúpida
e apóstasa. Não chega às 95 teses de Lutero nas portas da igreja de Wittenberg,
há mais de 500 anos, mas é um aviso.
Dinheiro para a Amazônia
Brasileira ou para ONGs?
Problemas internos na Igreja,
mas problemas maiores com o Brasil. Da Alemanha também nos chega a informação
de que o governo pode suspender 35 milhões de euros que seriam destinados a
projetos contra o desmatamento da Amazônia. O dinheiro alemão, como de outros
europeus, iria para ONGs que têm estabelecido territórios autônomos na Amazônia
Brasileira, onde já impediram a entrada de general brasileiro.
Como passou o tempo de
governos mais preocupados em garantir dinheiro para permanecer no poder,
estamos descobrindo agora de quem é a Amazônia Brasileira. A riqueza do solo e
do sub-solo é nossa e de mais ninguém. E a conquistamos a despeito do Tratado
de Tordesilhas, não é, Pedro Teixeira? E depois de Tordesilhas, não é Plácido
de Castro, não é José Maria da Silva Paranhos Jr? E agora vem um argentino nos
dizer que líderes do mundo precisam “salvar” a Amazônia Brasileira?
O General Villas Bôas,
consagrado esta semana no Senado como nosso herói contemporâneo, tuitou a
coincidência de a cobiça recrudescer depois de anunciado o acordo entre
Mercosul e União Europeia. Teria sido também coincidência o anúncio de suposto
desmatamento por parte do então diretor do INPE?
Na homenagem a Villas Bôas no
Senado, ocupou a tribuna o líder do MDB, Senador Márcio Bittar, do Acre que,
repetindo Plácido de Castro, lembrou que essa terra é nossa. Não temos que
receber lições de ninguém. E nem é preciso discutir o mérito, porque nossa Soberania
está acima de qualquer julgamento. Que toda essa cobiça insistente sirva para
que pensemos sobre o bordão “sabendo usar não vai faltar”. A Amazônia, porque é
nossa, é nossa responsabilidade. Significativamente, o Vice-Presidente da
República, General Mourão, encerrou seu discurso de saudação a Villas
Bôas com o grito de SELVA!
Título e Texto: Alexandre
Garcia, Gazeta do Povo, 13-8-2019
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