Comparar
o genocídio em massa promovida pelas famigeradas “Repúblicas Populares” contra
seu próprio povo é o maior absurdo ideológico e deve figurar no catálogo como a
maior infâmia contra a Humanidade.
O
Consenso de Washington
resume-se a prescrições de ordem macroeconômicas ou listas de bom e com senso;
teve várias denominações como ‘Programa das organizações internacionais de
Washington, em especial do FIM e do Banco Mundial, para os países que recorriam
a elas em busca de socorro, proposta ‘neoliberal’ ou de ‘fundamentalismo de
mercado.'
As
‘armas letais’ segundo certa sociopatologia criminosa, podem ser assim resumidas:
-
‘disciplina fiscal, gasto em educação e saúde, reforma tributária, juros
positivos determinados pelo mercado, tipos de câmbio competitivos, políticas
comerciais liberais, maior abertura aos investimentos estrangeiros,
privatização de empresas públicas, desregulamentação e proteção à propriedade
privada’.
Porém, os bordões de cunho ideológico extremado evidenciam que a
proposta é discutida sem sequer uma leitura, mesmo que superficial sobre os
pontos sugeridos. A sua análise apressada induz o leitor a uma caricatura da
realidade, em contradição aos fatos, ao invés de uma reflexão séria e
honesta sobre os fatos.
O Brasil foi ‘acusado’ de ter adotado a receita do ‘consenso’. Talvez se tivesse recebido o sugestivo nome de
‘Consensus of Bolivarianus’ tivesse merecido uma leitura mais atenta.
O certo e que observando a ‘receita’ verifica-se que em sua maioria não foram
implementadas e embora as reformas estruturais realizadas não tenham sido
suficientes, como a economia mundial enfrentou muitos choques adversos no
período, houve inevitáveis ‘vítimas’ na América Latina, cuja autoria imputa-se
ao Consenso de Washington ou seja, o bode expiatório da década, numa
atitude perversa para fazê-lo uma caricatura do que chamam ‘neoliberalismo’,
globalização, capitalismo, imperialismo.
O colapso da Argentina, por exemplo – supostamente fiel seguidora do
‘consensus’ nos anos 90 – decorreu do fato de o país ter deixado de ter uma
moeda competitiva, assim como o relaxamento do ‘aperto’ fiscal. Entretanto, em
oito anos 1991/1999 teve um superavit primário de apenas 0,5% do PIB e
de 3,0% em 2004, isso implica que em matéria de ajuste fiscal o atual governo
foi muito mais ortodoxo do que o anterior.
O México teve uma abertura maior e um desempenho superior ao da Argentina.
O Chile com a saída do Estado da atividade produtiva de forma mais radical
teve um desempenho melhor do que o Brasil.
Numa análise perfunctória da performance dos países pró e contra o Consenso temos, respectivamente os liderados pela Venezuela, e no segundo grupo os mais conhecidos Chile, Peru e México.
No período 1999/2003 o crescimento médio da Venezuela foi negativo, enquanto no período de 1991/2003 a média do Chile, Peru e México – onde as políticas do ‘Consenso’ haviam sido adotadas há mais tempo – tiveram um crescimento médio da ordem de 5%, 4% e 3%, respectivamente.
Numa análise perfunctória da performance dos países pró e contra o Consenso temos, respectivamente os liderados pela Venezuela, e no segundo grupo os mais conhecidos Chile, Peru e México.
No período 1999/2003 o crescimento médio da Venezuela foi negativo, enquanto no período de 1991/2003 a média do Chile, Peru e México – onde as políticas do ‘Consenso’ haviam sido adotadas há mais tempo – tiveram um crescimento médio da ordem de 5%, 4% e 3%, respectivamente.
Contudo, as limitações continuam como o maior acesso à educação, ao
financiamento popular, a abertura de negócios (excesso de burocracia), a
sobretaxação dos contribuintes, limitação da economia de mercado por
financiamento insuficiente, dificuldades de acesso à propriedade, juros
elevados (para ‘controlar’ economia), hostilidade ao capital/investidor
estrangeiro.
Mesmo assim, essa fase já está superada e quem não avançou – ficou na contramão
da história – com a nova agenda de reformas concebidas a partir de 2003,
que pretendeu ser um “escudo contra crises” para proteger as economias região
contra saques/ataques especulativos de capital estrangeiro. Com a conclusão
da “primeira geração” de reformas, a ‘segunda geração’ enfatiza
reformas institucionais e políticas de redução das desigualdades:
1) Prevenção contra crises: políticas fiscais anticíclicas (gastar mais
em momentos de crise e economizar na bonança); contenção de gastos em governos
regionais; formação de fundos de estabilização; taxas de câmbio flexíveis;
metas para a inflação; finalização da reforma fiscal com o objetivo de diminuir
a dependência da poupança externa;
2) completar a primeira geração de reformas: liberalização do mercado de
trabalho e adoção de programas de atualização e treinamento; reformas na área
comercial e busca de acesso aos mercados de países desenvolvidos; privatizar
estatais que sobraram;
3) realizar reformas institucionais: inclui principalmente o sistema
político, o judiciário e o setor financeiro;
4) distribuição de renda e agenda social: sistema tributário mais
progressivo com impostos sobre propriedades e focalização dos gastos em
programas básicos de educação e saúde. Aos mais pobres devem ser dados títulos
de terra e de moradias para poderem ter acesso a créditos. Objetivo é inseri-los
em uma economia de mercado.
O
que se verifica – em nosso rincão –
apesar de seu imenso potencial em termos de riquezas e recursos naturais
renováveis, atualmente valorizadas como comodities, paradoxalmente
continua com os flagelos da pobreza, exclusão/desigualdade social iníquas,
decorrentes da corrupção, da ineficiência e ineficácia de seus governos.
RESUMINDO – quem é contra o (neo) liberalismo – é a favor do
quê – se somente há dois sistemas econômicos no mundo – o CAPITALISMO LIBERAL e
o SOCIALISTA? Um fracassado que só trouxe a miséria e a servidão humana; outro
– mesmo com suas mazelas – trouxe o progresso e a riqueza e, sobretudo a LIBERDADE.
Texto e formatação: Rivadávia Rosa, 13-11-2011
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Os 10 mais cruéis matadores da História
Texto e formatação: Rivadávia Rosa, 13-11-2011
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