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Carlos Lupi, ministro do Trabalho e Emprego. Foto: DR |
Escudado atrás do “ninguém
encontrará provas de que faço ou fiz parte das maracutaias que campeiam no meu
Ministério”, o aborrecente ministro Lupi subiu nas tamancas.
Sim, será difícil encontrar
alguma gravação de vídeo ou de áudio em que o melífluo ministro esteja metendo
a mão no alheio. Viajar em avião pago por uma ONG atolada até o pescoço em
negociatas envolvendo o Ministério do Trabalho pode. Faz parte.
E o empombado disse mais, “se
os meus auxiliares estão metidos, não tenho nada com isto, se meus subordinados
de outros níveis estão compactuados, eu não sou culpado, eu sou puro, firme e
forte, e nem à bala vou sair do ministério, ainda mais que se eu sair todo o
meu partido deixará a base do governo”.
Passado o período de furor
explícito de apego ao vistoso cargo, por certo, foi alertado, “Lupi, você está
sendo babaca demais”.
Contudo, apesar da empáfia,
num de seus últimos encontros com a predestinada, imaginou-se diante da rainha
da Inglaterra, e servil, arqueou-se sobre a saliente pança, e beijou-lhe a
mão. Vai ser cavalheiro assim na Grã-Bretanha.
Ensimesmado, Lupi baixou a
bola e as calças, e em alto e bom som, e cercado de testemunhas, jurou amor
eterno à “Presidenta” que, segundo disse arrependido, “adorava desde
criancinha”.
Lupi é o retrato do poltrão
que atinge certo nível do poder, e a altura lhe sobe à cabeça. Conhecemos o
biótipo, grosseiro, falastrão, abusado, convencido, julga que chegou onde está
por seus méritos, quando na verdade, ali está por negociatas políticas, e
acertos na base do “é dando que se recebe”. O Partido dá, e em troca recebe um
feudo ministerial.
Na barganha, o Lupi estava por
perto, e foi o agraciado. Não foi fruto da meritocracia.
A defesa do Lupi, cria da
metamorfose, é grandiosa, irrebatível, apóia-se na peremptória e retumbante
negativa; desde que nos esqueçamos da velha e carcomida RESPONSABILIDADE.
No seu curral, todos mamaram
nas vacas, menos ele (?), logo ele não tem nada com isto. Não lhe cabe a menor
RESPONSABILIDADE, afinal é chefe apenas para as mordomias, as negociatas que o
cargo infere, e a proximidade ao poder supremo da atual tirania nacional.
Convenhamos, se o Lupi nada
viu, nada ouviu, nada escutou, logo, ele é apenas um monumental irresponsável,
condição “sine qua non” para o exercício dos cargos nomeados pelo Executivo.
“Sou irresponsável, mas quem
não é”, e confiante assevera, mas “sou imaculadamente inocente”.
Alguns podem alegar que ele
nada viu, nem escutou, porque sorrateiramente, na hora do vamos ver, ia ao
banheiro, ia telefonar para a senhora dele, ia assistir à novela, não sabemos;
ao final, será a palavra de uns inimigos do verborrágico Ministro, e as
negativas do impoluto, destemperado e despreparado fanfarrão.
Há controvérsias, se o maganão
será varrido ou não. Depende, se a mídia não cooptada e investigativa soltar
mais um míssil na abalada compostura do espaçoso Lupi, o lixo exposto não
caberá debaixo do tapete, e o seu partido, mesmo a contragosto, terá que
vasculhar no seu quadro mais um patife à altura do mandrião para substituí –
lo, com todas as honras e prerrogativas do cargo, é claro.
Título e Texto: Gen. Bda Rfm
Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Brasília, DF, 13 de novembro de 2011
Edição: JP
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