terça-feira, 22 de novembro de 2011

Nora Daisy era Magda Goebbels

Plínio Sgarbi
Recentemente foi lançado um livro, escrito por dois médicos, que afirmam que a esposa de Joseph Goebbels (Magda) e a sua filha mais nova, fruto de um relacionamento com Hitler, teriam vivido no Paraná.

Escrito pelos médicos Christiane Lopes Pereira e Luiz Monteiro Franco, a obra de quase 1,3 mil páginas divididas em quatro volumes é o resultado de uma pesquisa que já completa seis anos. Baseado no relato de Nora Daisy - figura intrigante que viveu na miséria em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, entre 1972 e 2006 - o livro traz depoimentos de historiadores e documentos que ajudam a esclarecer fatos que por muito tempo permaneceram apenas em relatórios sigilosos e na memória de testemunhas importantes.

Trabalhar com história oral é algo complicado, que requer um cuidado muito grande até dos historiadores mais experientes, quem dirá para médicos. Sem desmerecer a profissão, mas a diferenciação de história e memória deve ser muito bem observada.

Entrevistados no programa do Jô foram ridicularizados pelo entrevistador, estranhamente a gravação da entrevista não aparece nos arquivos do site oficial do programa.
Os entrevistados são visivelmente pessoas sérias e dedicadas a contar uma história controversa e cheia de contradições. Simplesmente Jô Soares colocou um trabalho sério de 5 anos em dúvida, aliás, em dúvida não, simplesmente diante do camalhaço apresentado pelos entrevistados disse que se tratava de uma mentira e tirou toda a competência e validade da pesquisa, afirmando toda a história como falsa.

Absurdo é Jô Soares dar enorme espaço em seu programa para inúmeras futilidades e besterol. Quando aparece algo como o instigante relato de Nora Daisy, simplesmente...
O caso é que a queda do Terceiro Reich ainda causa muita polêmica e muita especulação.
Por demasiado intrigante será possível tamanha articulação?
Será que a conjuntura momentânea permitia tamanha manobra?

Mais que uma biografia da condessa Nora Daisy Auguste Emilie Carlotte Friz Kirschner Von Kirschberg e de sua mãe, Nora Berthé Auguste Maria Friz, as revelações relatadas no livro, afirmam os autores, levam a uma conclusão inquietante. Nora Friz e Nora Daisy seriam, respectivamente, Magda Goebbels, esposa do então ministro da propaganda nazista Joseph Goebbels, e Holdine Kathrim, filha mais nova do casal e que seria fruto de um relacionamento com Hitler. No livro, o Führer aparece ora como Dom Franzisko, ora como Kurt Bruno Kirschner, cujas iniciais dão nome à coleção.

Encontro
Médica da família em Foz do Iguaçu, a doutora Christiane teve o primeiro contato com a condessa, como era conhecida no bairro, em 2005, no Posto de Saúde onde trabalhava. “Uma senhora idosa, com traje de mendiga, doente e sofrida”, conta a autora. Ao mesmo tempo em que o tratamento avançava, a confiança entre as duas se estreitava. Dramas, lembranças ruins, medos e tristezas permeavam as histórias de mãe e filha, que, na década de 1970, chegaram a ser apontadas por uma revista da região como sendo Eva Braun, esposa de Hitler, e a filha do casal.

“Se no primeiro momento ti­­vemos a sensação de estar diante de uma pessoa portadora de sério distúrbio psíquico, em pouco tempo percebemos que, apesar de toda a camuflagem e da tentativa de esconder a verdadeira história por trás daquilo tudo, estávamos diante de algo muito maior”, lembra Franco. Nora Daisy e sua mãe, defende, foram pessoas importantes na história do nazismo, conviveram com Hitler e conheceram intimamente muitos da­­queles personagens. “Por mais que estivéssemos convencidos, tínhamos que investigar mais seriamente tudo o que a condessa nos dizia. E ainda há muito a ser descoberto e comprovado.”

Memórias
As histórias detalhadamente retratadas em um livro autobiográfico todo desenhado trazem datas, lugares, tramas e coadjuvantes importantes para a compreensão dos episódios convenientemente sustentados e que mãe e filha garantem ter vivido. “Sem dúvida, um dos maiores mistérios embutidos na saga da condessa Nora Daisy está na figura da sua mãe. Sobre ela falamos quase todo o tempo. São informações sobre uma época em que Daisy ainda era menina, recontadas hoje com aparente naturalidade, mesmo que pouca informação seja fruto de vivência própria”, comentam.
Além do livro, a condessa guardava entre seus pertences fotos antigas, cópias de testamentos e registros de nascimento e de óbito. Na memória, datas continuamente decoradas, em especial as que ordenam a viagem de 17 anos que as duas fizeram a cavalo por países da América do Sul, logo após a morte de Kurt Bruno Kirschner, em 1954, na cidade de Encarnación, no Paraguai, onde plantava arroz e criava animais. Coincidência ou não, a saga teve no roteiro conhecidos redutos germânicos de forte apelo nazista.

Respostas
Nora Friz morreu em um misterioso incêndio em 1978 e Nora Daisy em 2006, de causas naturais. Várias, porém, são as interrogações. Os conspiradores estavam certos? Como se deu e quem estava por trás de toda a logística de fuga da Alemanha? Desde quando vinha sendo planejada? Quem foram as vítimas que deram nome aos fugitivos para que pudessem permanecer in­­cógnitos sob seus disfarces? Quem conseguiu escapar e para onde foram? Hitler passou os últimos anos de vida no Paraguai? O Führer teria deixado descendentes? Afinal, quem foram Nora Friz e Nora Daisy?

Magda Goebbels era uma linda mulher, que pela história oficial, matou os filhos envenenados pela ideologia nazista.


Enfim, como disse e repito:
Trabalhar com história oral é algo complicado, que requer um cuidado muito grande até dos historiadores mais experientes.
A diferenciação de história e memória deve ser muito bem observada.
Texto e pesquisa de vídeos: Plínio Sgarbi, 22-11-2011

2 comentários:

  1. Por mais que o Jô quisesse desmoralizar o trabalho de pesquisa e a veracidade da história, não conseguiu, pelo menos comigo. Acredito no resultado da pesquisa e no farto material comprobatório do que foi relatado em 4 volumes.
    Jô, como sempre que pode, quer polemizar, mas foi tão fraco o seu argumento que não conseguiu o seu intento. Viva!
    Taí uma história que eu adoraria ler.
    Teca D.

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  2. Eu não creio que Jô Soares quis demoralizar a pesquisa (livro)...apenas constata o que tos aprenderam a acreditar ou seja, que Magda Goobbels se matou junto com o marido após assassinar seus filhos. Mas a verdade é que nas fotos e filmes publicados é possível ver as crianças e o corpo de Goobbles nitidamente, mas o de Magada não..pode ser qualquer outra mulher até masmo Magda mas não se pode afirmar que é ela. Então essa história toda pode sim ser real.

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