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Escultura cerâmica, de Lucas Strey |
Os portugueses abriram a boca
de espanto quando viram os norte-coreanos a chorar pela morte do Querido Líder.
Não se percebe o espanto. Em Portugal, o Estado é o Querido Líder. Só assim se
explica a comoção com a transferência para a Holanda da participação de Soares
dos Santos na Jerónimo Martins. Segundo as carpideiras, o empresário devia ter
‘consciência social’.
Na cabeça desta gente, a
‘consciência social’ não passa, como diria Adam Smith, por procurar o seu
próprio interesse e, no processo, prestar serviços, gerar riqueza e garantir
emprego. A ‘consciência social’ significa sacrificar-se por um Estado
predatório, aceitando a extorsão fiscal em que somos únicos e um quadro
legislativo que tem a estabilidade de um pudim flan. Soares dos Santos é o
vilão da história; o Estado, pelos vistos, o grande injustiçado.
Eu, se fosse o governo,
aproveitava o fervor patriótico e capturava desde já o 12º mês. Os portugueses
têm ‘consciência social’.
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